– Absurdo! – Lovane bateu na mesa com raiva, a luz fraca no pátio da moradia deles iluminava seu rosto furioso.

Benício e Cibele baixaram a cabeça em silêncio diante de sua reprimenda.

– Como vocês têm coragem de me pedir para ir à Casa do Duque do Norte? Que cara eu tenho de ir lá? Devo ir dizer a ela que Renato se arrependeu, casou com uma mulher que bate no próprio pai, trazendo caos para casa, e pedir para ela voltar e arrumar a bagunça, continuar dando o enxoval dela para tratar a sogra e providenciar roupas para a cunhada? Como sua mãe consegue dizer isso? Quando queria que o Renato tomasse a inciativa de se divorciar dela, não mostraram um pingo de misericórdia, e estavam até armando para ficar com o enxoval dela. Se não fosse o decreto de divórcio pacífico do Imperador, não teriam devorado todas as lojas e propriedades dela? Se vocês têm coragem, vão pedir, eu não vou. Mesmo que a minha cara de pau seja tão espessa quanto uma árvore centenária, não é para vocês pisarem.

Lovane