33. Flatline

Catarina Marchetti

Eu olhava através dos andaimes, admirando o esqueleto de concreto do prédio em obras. Meu pai, um sorriso radiante no rosto, colocou a mão carinhosamente em meu ombro e disse:

— Catarina, este será o seu restaurante. — Os meus olhos brilharam de animação.

— Para mim? Sério, pai? — Ele assentiu, revelando os planos de transformar aquele espaço em um pedaço do Brasil naquela cidade distante.

— Vamos fazer deste lugar um pedaço da sua casa, Catarina. Eu quero que as pessoas sintam a calorosa hospitalidade brasileira aqui.

Ao longo das semanas, nós trabalhamos juntos, escolhendo móveis e decidindo sobre a decoração. Eu contribuía com ideias animadas, e o lugar começou a ganhar vida com cores vibrantes e elementos que remetiam à cultura brasileira. Eu me sentia em casa mesmo antes da inauguração.

Durante uma tarde de planejamento do cardápio, meu pai sugeriu:

— E se tivermos feijoada aos sábados? E algumas caipirinhas especiais?

— Sim, pai! E vamos garantir que tenhamos
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