Parte 2...** ** ** ** *** CarinaMeu Deus, quando Luca voltou do quarto eu até tremi um pouco ao ver como estava bonito. E cheiroso.Eu nunca percebi que ele era charmoso assim. Bonito eu já tinha notado, é claro, não sou cega. E nem sou hipócrita.Apesar dele ser chato e exigente no trabalho, ainda assim eu consigo ser honesta e dizer que ele é sim um homem bonito, mas chato pra caramba.Ele parou em frente a mim e girou o corpo, se mostrando. Eu levantei.— E então? - ele abriu os braços.— Então o que, Luca?— Não vai dizer que estou bonito, elegante? - mexeu o ombro sorrindo.— Nossa, você se acha, não é?— Não... Não... Eu só gosto de ser elogiado, só isso. Sou um homem vaidoso.— Tá bom... Você está bonito. Podemos ir agora? - dei um passo para o lado.— Não, senhora santa - ele segurou meu braço — Eu preciso fazer uma coisa.Eu ia perguntar o que era, mas não tive tempo. Luca colocou a mão em meu pescoço e me puxou, me dando um beijo. Fiquei sem ação. Ou quase, porque corresp
Parte 3...— Vamos pegar uma mesa perto dos jardins - ele me disse — É melhor porque todo mundo que sair ou entrar, vai acabar nos vendo e é isso que eu quero.Ele agradeceu ao garçom que nos indicou uma mesa, bem ao lado de outras que estavam todas ocupadas e vi os rostos se virando para nos olhar. Estou tão nervosa agora que estremeci e para minha surpresa, Luca me deu um beijo leve na boca e sorriu.Foi até cavalheiro e puxou a cadeira para que eu sentasse. Depois apertou meus ombros e se inclinou sobre mim.— Somos apaixonados, não esqueça - ele disse baixinho.Tão logo ele sentou ao meu lado, duas pessoas vieram até nós para conversar e a mulher não parava de me encarar.Ele me apresentou e beijou minha mão. Eu respondi a eles com um sorriso e um aceno de cabeça. Luca os convidou para sentar e a mulher ficou ao meu lado.— Nossa, eu não fazia ideia de que o Luca estava noivo - a mulher disse me olhando por inteira — É quase um milagre - sorriu tocando minha mão.— Ora, não exager
Parte 4...— É, você tem razão - ela disse olhando para Luca — Eu só fiquei curiosa e surpresa de ver meu primo com uma noiva.— Podemos falar sobre isso outro dia - eu disse me inclinando para ele — Agora queremos aproveitar um pouco.— Está certa. Que tal se vocês fossem lá em casa no domingo?Eu belisquei a perna de Luca por baixo da mesa, mas ele fez o contrário do que eu queria.— Ótima ideia, vamos sim, não é...Senti que ele ficou pensando em algo para me chamar, um apelido carinhoso qualquer e a cara da prima dele era de curiosidade.— Podemos ir sim... “Mô” - foi o que me veio tão de repente. Só abreviei.Vi que ele ficou surpreso com o que eu o chamei, mas não tinha outra palavra na mente. Ele também tem que entrar na minha. Sorri e apertei sua mão, enfiando as unhas.Diana ficou com a gente mais um pouco e depois saiu para ir falar com outra amiga. Luca me puxou e encostou o rosto no meu.— Que conversa é essa de “mô” - ele riu.— Ah... Foi o que me veio - dei de ombro e el
* LucaEu não sei o que me deu, mas soltei essa de levar Carina para dormir em minha casa. Não fazia sentido eu dirigir até o outro lado da cidade, em um bairro que não conheço e depois atravessar tudo novamente para chegar na minha casa. É mais prático assim, afinal, nós vamos ter que morar um tempo juntos mesmo, então é melhor que seja logo. E isso só vai ajudar a manter o plano funcionando bem, já que vamos começar a saber mais um do outro.Carina está cochilando no banco com o balanço do carro. Olho suas mãos em cima do colo. Ela parece tranquila e ao mesmo tempo cansada.Eu não quis encher a bola dela, mas foi muito esperta quando minha prima tentou insinuar que era tudo mentira. Conseguiu levar o assunto de boa e sempre com uma calma que eu sei que deixou Diana na dúvida. E o tal apelido carinhoso que ela soltou de repente foi engraçado. E meio cafona também.Balanço a cabeça rindo. Quem diria que Roberto estava mais ligado do que eu e que Carina era alguém tão esperta assim.P
Parte 2...— Até puxa sim, às vezes, mas não foi por isso - suspirei fundo e abri o jogo — É que... Bom, eu já estou fazendo planos com esse dinheiro que você vai me pagar.— Eu já paguei, tonta - ele deu uma risadinha — Você não conferiu sua conta no banco? Roberto já fez o pagamento.Ela nem tinha lembrado de fazer isso por causa da correia. Ficou ligada só na ideia de poder pagar a clínica para Gorete e depois de procurar uma casa para as duas morarem quando chegasse a hora deles se separarem.— Não pode ser lenta assim, sabe... Se você assinou um contrato, tem que ficar ligada se está sendo cumprido.— Não pode falar comigo sem me chamar de tonta e lerda?— Eu disse lenta - ele riu.Me deu vontade de dar um tapa nele. E agora eu posso, não sou mais sua secretária. Lhe dei um tapa com força.— Aiii... Que violência é essa? - ele esfregou o braço onde bati.— Pare de me chamar assim ou vou começar a te chamar pelos nomes que o pessoal do escritório chama.— Vocês falam de mim pelas
Parte 3...— Eu vou lavar o rosto... Por acaso tem creme dental aí, quero escovar os dentes.— Tem sim... Por acaso em sua bolsa você carrega uma escova de dentes?— Não, mas até que é uma boa ideia.— Então não vai usar o dedo - fez uma careta — Eu vou te dar uma. Vem - me puxou pelo braço.— É impressão minha ou você acorda cheio de energia?— Não é impressão. Eu sempre fui assim.— Ah, que bom - balancei a cabeça — É, ser rico sempre tem vantagens.— Nossa, que fala mais cheia de preconceito - ele parou.— Foi sem querer... Escapou.— Você não é tão santinha assim. Aos poucos eu vou pegando mais coisas suas.— Olha quem fala.Ele me puxou e me mostrou o banheiro, que era maior do que o pequeno apartamento onde moro, sem falar que é muito bonito.Me deu uma toalha, creme dental e uma escova novinha. Depois me disse para ir até a cozinha quando terminasse.Eu não devia, mas dei uma olhada na bunda dele quando saiu do banheiro. Até me deu uma coisa. Não sei o que acontece comigo, mas
Parte 1...* LucaSó meu velho para me colocar em uma situação como essa. Eu ter que pedir ajuda a uma pessoa que não tem nada a ver comigo para conseguir segurar o que já é meu.Tudo bem que essa ajuda está recheada com uma quantia em dinheiro bem gorda e que vai mudar a vida dela, mas se não fosse a ideia do Roberto, talvez eu estivesse arrancando os cabelos de ódio ou brigando na justiça contra minha prima.E agora eu estava quase que implorando para que ela aceitasse fazer sexo comigo, justo comigo, que nunca tive que fazer esforço para ficar com mulher nenhuma.Ao contrário, elas é que corriam atrás de mim, querendo minha atenção. Eram tantas que eu nem precisava me preocupar e agora eu teria que colocar em um contrato que poderia ter relações sexuais com ela. Era até engraçado de certa forma. Mas, tudo bem. O importante era ter minha vida normal como sempre foi.Eu ainda fiquei um tempinho acordado olhando-a dormir ao meu lado. Ela dorme tão profundo que até parece que morreu. E
Parte 2...Eu só penso em ajeitar logo tudo e não ter dívidas mais com nada, só que dinheiro acaba, então mesmo sendo muito, eu tenho que ter cuidado. Depois vou pedir um conselho a Roberto do que fazer para não sair perdendo dinheiro, principalmente para o banco.Peguei um carnê com um ano de pagamento da clínica. Como sei que o tratamento de Gorete é longo e o tempo passa depressa, é melhor prevenir agora que posso e já ir pagando o que for possível. O dia de amanhã é imprevisível.Encontro Gorete distraída vendo um programa na televisão. Quando ela me vê abre um sorriso pequeno. Realmente ela está com a expressão de cansada.— Eu soube que você não dormiu bem.— Que nada, filha - abanou a mão — Me virei na cama a noite inteirinha e quando consegui cochilar um pouco, o sol já estava raiando - pegou o controle e abaixou o volume.— Então aproveite mais tarde, depois do almoço. Dá um tempinho e depois vai deitar. Se você dormir pelo menos meia hora já vai ajudar.— Ah, mas eu estou ru