2 - Vendida

Entro na cozinha como se não tivesse ouvido nada e logo jantamos, minha mãe preparou um bolo com cobertura e tudo pra comemorar a minha volta, como uma enorme fatia já que amo os bolos que minha mãe faz, e aqui em casa é raridade ter essas coisas por causa do dinheiro que é curto, lavo a louça do jantar para que minha mãe se recolha mais cedo, e sigo pro meu quarto dormir.

Ouço alguns estrondos de coisas quebrando na sala, olho para o celular e são 02h45 da madrugada, me levanto assustada, minha mãe grita para que alguém pare de bater em meu pai, corro para a sala e a cena é horrível, o homem dá vários socos no rosto do meu pai que já esta tonto de tanto apanhar, grito colocando a mão na boca quando vejo como ele está machucado, o homem rapidamente para, e o deixa cair no chão desorientado, minha mãe me abraça, e o homem me encara de cima a baixo alisando sua barba, ele dá um sorriso macabro e pergunta

“_ Quem é a bela moça?”

Meu pai tenta se levantar, mesmo com seu rosto todo desfigurado e diz:

“_ Está é minha filha Emília”

O homem continua alisando sua barba, e me olhando, me causando arrepios por todo o meu corpo

“_ Interessante” ele diz por fim “_Prazer, meu nome é Marcelus, e agora, você virou o pagamento do seu pai”.

Minha mãe se desespera ajoelha em frente a Marcelus e implora:

“_Por favor não leve minha única filha, nós iremos dar um jeito de te pagar tudo o que Emanuel lhe deve, mas por favor, em nome da Deusa, não leve minha filha”.

Minha mãe chora que soluça, mas, Marcelus já esta decidido, ele diz

“_ Não se preocupe dona Ester, cuidarei muito bem da sua filha, e ela me dará o dinheiro que o seu marido me deve, e então, estaremos quites” ele fala, mas minha mãe só faz chorar mais. “_Anda garota, pegue suas coisas, ou matarei seus pais aqui, e agora, se você se recusar a vir comigo”.

Com lágrimas nos olhos, abraço minha mãe e faço o que ele me pede.

“_Farei o que quer” eu digo.

“_Mas deixe meus pais em paz, por favor” ele acena e diz:

“_Desde que se comporte, e faça exatamente o que eu disser, não farei nada com seus pais” Marcelus me garante, saio da sala tentando engolir o choro e pego minha mala que nem havia desfeito ainda e volto para a sala.

Marcelus pega em meu braço e diz:

“_ Diga Adeus a mamãe, agora você é minha propriedade” ele fala em tom zombeteiro. Abraço minha mãe mais uma vez, e ele logo agarra meu braço me tirando de perto da minha mãe que está chorando inconsolável, entro no carro, e ele sai cantando pneu pela mata, após longos minutos, chegamos a um acampamento, Marcelus me manda descer do carro, e logo, vários homens se aproximam, Marcelus grita: “_Fiquem longe! Eu tenho planos para ela, não ousem toca-la”.

E todos logo se afastam, ele me leva a uma tenda, onde vejo mais outras duas garotas amarradas a troncos dentro da tenda, Marcelus pega minha bolsa e diz:

“_ Estenda as mãos”.

Ele prende minhas mãos com algemas de prata e me prende em outro tronco e diz:

“_ É só para garantir que não sairão daqui”.

Me sento e agora sei o que me espera.

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