Entro na cozinha como se não tivesse ouvido nada e logo jantamos, minha mãe preparou um bolo com cobertura e tudo pra comemorar a minha volta, como uma enorme fatia já que amo os bolos que minha mãe faz, e aqui em casa é raridade ter essas coisas por causa do dinheiro que é curto, lavo a louça do jantar para que minha mãe se recolha mais cedo, e sigo pro meu quarto dormir.
Ouço alguns estrondos de coisas quebrando na sala, olho para o celular e são 02h45 da madrugada, me levanto assustada, minha mãe grita para que alguém pare de bater em meu pai, corro para a sala e a cena é horrível, o homem dá vários socos no rosto do meu pai que já esta tonto de tanto apanhar, grito colocando a mão na boca quando vejo como ele está machucado, o homem rapidamente para, e o deixa cair no chão desorientado, minha mãe me abraça, e o homem me encara de cima a baixo alisando sua barba, ele dá um sorriso macabro e pergunta“_ Quem é a bela moça?”Meu pai tenta se levantar, mesmo com seu rosto todo desfigurado e diz: “_ Está é minha filha Emília”O homem continua alisando sua barba, e me olhando, me causando arrepios por todo o meu corpo“_ Interessante” ele diz por fim “_Prazer, meu nome é Marcelus, e agora, você virou o pagamento do seu pai”.Minha mãe se desespera ajoelha em frente a Marcelus e implora: “_Por favor não leve minha única filha, nós iremos dar um jeito de te pagar tudo o que Emanuel lhe deve, mas por favor, em nome da Deusa, não leve minha filha”.Minha mãe chora que soluça, mas, Marcelus já esta decidido, ele diz“_ Não se preocupe dona Ester, cuidarei muito bem da sua filha, e ela me dará o dinheiro que o seu marido me deve, e então, estaremos quites” ele fala, mas minha mãe só faz chorar mais. “_Anda garota, pegue suas coisas, ou matarei seus pais aqui, e agora, se você se recusar a vir comigo”.Com lágrimas nos olhos, abraço minha mãe e faço o que ele me pede.“_Farei o que quer” eu digo. “_Mas deixe meus pais em paz, por favor” ele acena e diz: “_Desde que se comporte, e faça exatamente o que eu disser, não farei nada com seus pais” Marcelus me garante, saio da sala tentando engolir o choro e pego minha mala que nem havia desfeito ainda e volto para a sala.Marcelus pega em meu braço e diz: “_ Diga Adeus a mamãe, agora você é minha propriedade” ele fala em tom zombeteiro. Abraço minha mãe mais uma vez, e ele logo agarra meu braço me tirando de perto da minha mãe que está chorando inconsolável, entro no carro, e ele sai cantando pneu pela mata, após longos minutos, chegamos a um acampamento, Marcelus me manda descer do carro, e logo, vários homens se aproximam, Marcelus grita: “_Fiquem longe! Eu tenho planos para ela, não ousem toca-la”.E todos logo se afastam, ele me leva a uma tenda, onde vejo mais outras duas garotas amarradas a troncos dentro da tenda, Marcelus pega minha bolsa e diz: “_ Estenda as mãos”.Ele prende minhas mãos com algemas de prata e me prende em outro tronco e diz: “_ É só para garantir que não sairão daqui”.Me sento e agora sei o que me espera.As outras garotas me olham assustadas e quando ele sai nos deixando sozinhas, ouço uma delas me perguntar “_ Como foi que ele pegou você?” A encaro e digo “_Meu pai devia dinheiro a ele, então ele me pegou como forma de pagamento. E vocês como vieram parar aqui?” pergunto a elas, uma abaixa a cabeça e diz “_Estava voltando do trabalho quando fui sequestrada, ele me vendeu para um velho rico e irá me entregar logo, é o que ele diz” fico horrorizada com o que ouço ela dizer a outra chora e diz “_Meu pai me trocou por drogas” ela diz chorando, meu coração se aperta de dor, ela parece ter seus 17 anos muito nova, ai a ficha cai, Marcelus trafica mulheres, meu coração dispara e meus pensamentos voam para longe tentando saber o que ele irá fazer comigo agora. A noite logo passa e nenhuma de nós três consegue dormir, já é metade do dia, o sol está forte lá fora vejo pelas brechas da tenda mas, ninguém entrou aqui desde ontem a noite. No fim da tarde Marcelus entra com duas mulheres ao seu lad
Entramos pelas grandes portas de madeira e seguimos pelo corredor até uma sala com uma porta de madeira preta, Marcelus segura firme meu braço o tempo todo, assim que paramos em frente a porta Marcelus b**e e logo ouvimos um “_Entrem!” Tento me conter e manter a calma, entramos na sala e logo vejo um homem na casa dos 40 anos já sentado em uma grande poltrona de couro preta com dois seguranças ao seu lado, e um homem em uma cadeira de rodas, dificil ver um lobo deficiente, já que nos curamos rápido, Marcelus os cumprimenta e logo faz as apresentações “_Alfa Renan, Beta Rafael, apresento a vocês Emília, seus pais me deram sua guarda para que lhe arrumasse um marido já que não encontrou seu par destinado e fiquei sabendo que procurava uma esposa para seu irmão Alfa, então achei que seria do seu interesse fecharmos um acordo com essa bela moça” ele diz ao alfa e me sinto um objeto sendo vendido, mantenho minha cabeça baixa e ouço Alfa Renan dizer “_ Realmente Marcelus, procuro uma esposa
Na manhã seguinte ouço batidas na porta e uma senhora entra “_ Senhorita, suas roupas e o café da manhã já está servido” pego a mala e coloco na cama sigo para o banheiro tomar um banho e me trocar, ponho um vestido florido até o joelho e sigo tomar meu café, me sento e logo pergunto a senhora na cozinha “_ Rafael já tomou o seu café?”, “_Sim senhorita, ele acorda cedo e daqui a pouco chegará a moça que trará seu vestido e irá te ajudar com cabelo e maquiagem para mais tarde” aceno enquanto como, estava faminta, acho que agora tudo irá entrar nos eixos novamente, minha vida teve uma reviravolta mas, espero que meu futuro marido um dia me ame. Volto para o meu quarto e logo a moça entra com um vestido e a mala para me arrumar, conversamos um pouco, ela faz meu penteado um coque com algumas mechas soltas e uma maquiagem leve, me olho no espelho e me sinto linda, hora do vestido, ela me ajuda a por e me admiro no espelho, ele é lindo de renda nas alças com decote em v nas costas decote e
Acordo às 05h da manhã, faço minha higiene, troco de roupa e sigo para a cozinha, preparo tudo e coloco na mesa, pão, bolo, frutas, suco e o café, monto a mesa e espero Rafael sair para tomarmos nosso café. Assim que a porta se abre Rafael sai sério já arrumado para sair, ele olha para a mesa e se aproxima com a cadeira, me sento na outra extremidade lhe dando bom dia mas ele me corta logo dizendo “_ O que pensa que está fazendo?” eu o olho confusa e digo “_ Não iremos tomar café? Estava te esperando” eu digo confusa e ele ri “_ Acha mesmo que vou tomar café junto com você? Qual a parte que eu disse que você irá me servir você não entendeu? Se ainda não tomou seu café espere eu tomar o meu, não vou dividir a mesa com você.” Olho tudo triste, achei que ele fosse ser bom comigo mas, percebo que as coisas não estão tomando esse rumo, me levanto e vou para o quarto, arrumo minhas coisas e depois de uns 30 minutos volto para a cozinha para ver que Rafael já não está mais em casa. Me sento o
Na manhã seguinte faço o café, e apenas espero ele sair para perguntar:" posso sair para ir ao mercado?" ele diz sem olhar para mim:" faça uma lista do que precisa e entregue ao segurança que ele trará tudo o que precisa, você está proibida de sair do apartamento sem ser na minha companhia", não entendo, não me suporta e só posso sair se for com ele, quer deixar tudo nas aparências, casal só lá fora para as pessoas, aqui dentro somos dois estranhos.Me retiro e deixo ele tomar seu café e assim faço todos os dias, nas últimas semanas tem sido assim, fazendo comida e me recolhendo para não incomodar Rafael.Numa noite ele b**e na porta e diz para me arrumar que vamos sair, me animo porque parece que ele finalmente irá me levar para algum lugar e já faz muito tempo que não saio. Coloco um vestido simples longo e deixo os cabelos soltos e saio, ele já espera impaciente na sala, seguimos pelo corredor até o refeitório, hoje vamos jantar com a matilha, finalmente vou conhecer as pessoas dess
Rafael começa a falar “_ Eu te disse para se comportar e na primeira oportunidade você se enfia no meio de um monte de gente e fica sorrindo fazendo graça pra outros caras, entenda que você agora é minha propriedade e de mais ninguém, nunca irão toca-la, nunca sairá de perto de mim, eu serei seu mestre e seu senhor e a partir de agora, meu amigo aqui irá te mostrar seu devido lugar, o homem se aproxima de mim e me afasto por extinto, ele amarra minhas mãos na cama e sinto um arrepio percorrer minha espinha.Rafael dá a ele um chicote com várias garras de prata nas pontas e acena para ele que pega e começa a me chicotear, solto um grito de dor e Rafael diz “_ Quanto mais você gritar mais vai apanhar” e o homem solta outra chicotada rasgando meu vestido deixando minhas costas nuas, seguro meus gritos de dor apertando meu maxilar para não apanhar mais, as lágrimas escorrem pelo meu rosto, olho para Rafael que parece satisfeito pela primeira vez em me ver daquele jeito, e mais uma vez o ch
Na manhã seguinte as feridas ainda estão abertas mas, o aconito já diminuiu mais no meu organismo, faço o café e volto para tentar fazer um curativo nas costas, pego algumas gases e limpo onde alcanço, quando termino, olho para o relógio e sei que Rafael já deve ter saído, vou para a cozinha preparo o almoço e o jantar logo e volto para o quarto, mais tarde é só esquentar e pronto. Me deito para me curar mais rápido, levanto perto da hora do almoço para deixar tudo pronto e depois para desfazer a mesa, perto da hora do jantar faço a mesma coisa e é quando me dou conta que não comi nada nem ontem, nem hoje, faço um esforço, como um pouco e volto para o quarto, volto já tarde para tirar a mesa e guardar as coisas, ainda com muita dor pelas feridas me deito e volto a dormir.2 Semanas DepoisEmíliaJá me sinto bem melhor dos ferimentos a maior parte das cicatrizes já fechou agora está apenas umas linhas rosas grossas onde havia as feridas, olho minhas costas através do espelho, coloco min
Escolho alguns vestidos que cobrem bem as costas e não são muito colados e sigo para o provador, a atendente pergunta _ precisa de ajuda para fechar? Fico nervosa dela ver minhas costas e digo _ Não tudo bem, consigo me virar, obrigada. Provo os vestidos e escolho um azul royal simples de ziper nas costas que vai até o joelho, um pouco colado ao corpo mas cobre bem as costas e não mostra os seios, com um leve gola no pescoço, escolho ele e saio do provador vou para a recepção e logo o capanga de Rafael tira um cartão do bolso e paga o vestido, ele pega a sacola e apenas sorrio sem graça para a moça do caixa agradecendo e seguindo o de volta ao carro. Voltamos para o apartamento guardo o vestido no guarda roupas e corro para a cozinha fazer o almoço, termino tudo e já almoço e retorno para o quarto. Os dias passam rapidamente e hoje será o festival de primavera, várias matilhas irão estar presentes, fico ansiosa e nervosa para tentar não aborrecer Rafael, termino os afazeres após o a