Viviane,Pego o celular e atendo. Não falo nada, apenas ouço uma respiração do outro lado da linha. Até que o Peter sai do banheiro, e eu peço para ele ficar em silêncio.— Não vai falar nada, Peter? — Uma voz de mulher, mas eu não faço a menor ideia de quem seja. — Precisamos conversar.— Sobre o quê? — pergunto e sinto a risada do outro lado da linha.— Bom dia, Viviane. O Peter está?— Sobre o quê é? — Peter se aproxima, encostando-se na mesa.— Assunto particular. — tiro o telefone do meu ouvido, coloco no viva-voz e passo para ele, levantando-me.— Alô? — Ele pega o telefone confuso, e quando a mulher fala, ele solta um suspiro de alívio. — Oh, doutora, pode falar.— Não conseguimos identificar quem fez a transação, porém, já sabemos para onde a conta foi.— Mas é só identificar o dono da conta, não é? — Ele fala olhando para mim, e pelo que parece é uma advogada. Tinha que ser mulher?— Deveria ser assim, se não tivesse um probleminha. O dono da conta está morto e vivia em uma c
Peter,Nossa vida estava perfeita até que, na madrugada, o telefone toca. Um hacker invadiu o sistema e levou tanto dinheiro que eu poderia ter comprado o mundo todo. Isso me revolta, pois foram anos trabalhando para conseguir esse dinheiro para esse filho da mãe vir e levar tudo assim.Esse desfalque pesará muito na empresa se não voltar para o cofre, mas não quero que a Viviane se preocupe com isso, pois como homem, sou o provedor da casa. Bom, pelo menos era para ser.Saio de casa às pressas, sem fazer barulho nenhum para poder entender melhor o que está acontecendo. Chego na empresa já mandando todo mundo subir para a sala de reunião, pois se acham que não vão fazer nada a respeito disso, estão muito enganados.Mas, para o meu azar, foi tudo feito através de robôs, o que complica uma investigação de quem roubou o dinheiro. Ainda cheguei a pensar que seria a Diaz tramando contra nós de novo, mas, até onde eu soube, ela está no Caribe fazendo tratamento e terapia.Com muito custo, d
Peter,Ela vai embora e eu fico parado, tentando entender o que está acontecendo comigo. Parece que voltei no tempo e estou sendo ameaçado por uma nova Viviane. Agora, a questão é: ou eu recupero os meus cinquenta milhões e minto para minha esposa, ou perco esse dinheiro e conto tudo para ela.Do jeito que ela é, se eu não contar, ela vai descobrir. Além disso, vai me encher de perguntas sobre como eu consegui o dinheiro. Eu amo a Viviane demais, mas também tenho que recuperar esse dinheiro, são cinquenta milhões de dólares. Droga, droga, droga.Me levanto e volto para a empresa com a cabeça a mil. É difícil para mim estar nessa situação. Viviane entra na minha sala, olha para mim e fica preocupada. Deve estar deixando transparecer o problema que me assola.— O que você tem, Peter?— Estou entre o amor e o dinheiro. Não sei o que fazer.— Do que você está falando? — Ela se senta na cadeira e me olha confusa.Fecho os meus olhos e olho para baixo. Preciso ter certeza de que ela me ama
Viviane,Eu queria saber o que se passa na cabeça do Peter, se eu não coloco pressão nele, ele ainda fica querendo guardar segredo de mim. Foi até o restaurante conversar com a mulher e não me contou nada. Será que algum dia ele vai entender que somos um só? E que não deve guardar nenhum segredo de mim, ou vai quebrar a cara?Depois do meu plano bem bolado, colocamos em prática. Quero ver a cara dela quando ver que passou a noite com um homem qualquer e não com o meu marido. Certeza que ela vai dar um jeito de eu descobrir que ele me traiu, por isso, vou mudar um pouco os planos quando a hora chegar.Chego primeiro que eles no salão, e me sento numa parte mais escura e reservada. Peço pro garçom uma taça de vinho, só para acompanhar tudo de camarote. Mas só de pensar que, mesmo que seria só aqui eles estarão juntos, já fico com ódio na alma.Alguns minutos depois os dois entram no salão com os braços entrelaçados, e isso faz meu sangue ferver. Se o Peter não fosse tão obcecado por din
Viviane,Subo para o banco do e olho ao redor da casa para ver como vou sair daqui sem ser notada. Tem dois seguranças, mas estão vigiando a entrada da casa, olhando para fora. Passo para o banco do motorista e abro a porta bem devagar. Não a fecho, apenas encosto ela para não fazer barulho e chamar atenção deles. Vou agachada e consigo entrar na casa.Solto um suspiro, e passo os olhos no cômodo. A casa é mais luxuosa por dentro, parede até que não mora ninguém, tipo casas de revistas, que parece que ninguém cozinha e não usa nada. As luzes estão meio apagadas, mas posso ouvir a voz dela vindo do andar de cima rosa cheia de putaria, rindo pelo álcool na cabeça, e por achar que ganhou esse prêmio.Subo as escadas devagar, e dou de cara com um corredor que tem 3 portas. O barulho vem da última porta, a que fica bem no meio. Entro no quarto ao lado, e fecho a porta devagar. Não vou presenciar o romance dos dois. Pego o meu celular e coloco no mudo, e o nome do Peter aparece na tela. Afi
Viviane,Ela olha para ele, que lhe dá o seu melhor sorriso. Ela coloca a mão para tirar a máscara dele, mas ele puxa a cabeça para trás. Tenta de novo e acaba subindo em cima dele e puxando a máscara.— Quem é você?— O homem que te fez gozar a noite toda, não gostou? — Ela puxa o lençol e se afasta, balançando a cabeça negando. Eu começo a rir e vou me aproximando dela.— Nunca mexa com um homem casado, você não sabe o quão louca ela pode ser.— Você me estuprou, e você mandou ele fazer isso... SOCORROOOO, ALGUÉM ME AJUDA.Olho para o segurança, que começa a se levantar e a colocar sua roupa. Ela continua gritando e vai até a porta, mas ele a segura.— Não segure ela, deixe ela ir.— Mas ela vai nos denunciar.— Deixe ir, eu tenho provas de que ela queria se deitar com o meu marido. Se ela se entregou, foi por livre e espontânea vontade.Ele a solta e ela sai correndo para fora. O segurança pega o celular dela em cima da cama e depois a câmera que ela deixou em cima da cômoda, que f
Peter.Não gostei nada de ela ter me enganado e entrado naquele carro. Depois que o segurança a levou embora, pensei que encontraria minha esposa na cadeira, que era o nosso combinado. Procurei por ela pelo salão todo, e só muito tempo depois descobri que ela foi com eles.Sério, às vezes a Viviane parece gostar de testar a minha paciência e o meu coração. Será que ela não percebe que isso pode me matar? Volto para casa e, graças a Deus, as crianças já estão dormindo, mas eu não consigo. Fico esperando alguma mensagem dela.Se eu soubesse que ela ia fazer isso, eu mesmo teria entrado no carro e não teria chamado o segurança. Passo a noite toda acordado olhando para o celular, até que o dia amanhece, e ela me liga para tirá-la da cadeia. Estou falando que ela vai me matar.Ao chegar na delegacia, a cara dela é impagável, cara de criança que aprontou e foi pega pela diretora da escola com o coleguinha. E os dois estarem sentados tão perto fez meu corpo arrepiar de ódio. Eu me sacrifique
Peter.Assim que entro no banheiro, ela para de tirar a roupa e me manda sair do banheiro. Fecho a porta e cruzo os braços, me encostando nela. Daqui eu não saio até descobrir que porcaria de farol é esse que se fechou para eu não avançar.— Peter, saia, estou falando sério.— Não saio, não até me explicar o porquê.Ela se aproxima de mim e fica bem de frente. Eu não entendo, ela me dá abertura, mas quando vou fazer algo, ela me afasta. Eu não fiz nada com aquela mulher, por que estou sendo punido agora?— Tá bom, vou falar o que está acontecendo, porque já tô vendo as veias da sua cabeça subindo e você pode ter um infarto. — Concordo com a cabeça com ironia. — Não podemos fazer nada porque estou nos meus dias de mulher, em outras palavras, estou menstruada.— E isso impede o quê? — Pergunto confuso, pois não sei se é proibido nos amarmos com ela sangrando.— Tudo, estou nos últimos dias, até lá, nada de gracinhas.— Por quê? Já ouviu falar que um bom soldado não tem nojo de sujar a s