Peter,Chamo pelo seu nome, dando leves tapas no rosto. Como ela não acorda, a pego no colo e a levo até a cama. Assim que pego uma roupa, ela se levanta, colocando a mão na cabeça.— Você me deu um susto, o que você está sentindo?— Foi só uma tontura, Peter. Acho que estou grávida, de novo.— Vamos ao médico para ter certeza?— Não, vá à farmácia e compre o teste, e eu faço aqui. Se der positivo, vamos ao hospital.— Se der negativo também, porque ninguém desmaia à toa. — Me levanto e coloco uma roupa.Saio do quarto mandando ela ficar deitada até eu voltar. Vou à farmácia, compro três testes de gravidez diferentes para não dar nenhum erro. Levo de volta para casa e a encontro ainda sentada na cama.Entrego os testes para ela, e ela me manda esperar no quarto enquanto ela faz o teste no banheiro. A espera é um tormento, parece que ela nunca vai sair do banheiro. E se ela desmaiar de novo? Me levanto e abro a porta, e ela está debruçada na pia.— Deu positivo? — Ela nega com a cabeça
Viviane,Apesar dos sintomas parecerem com os de gravidez, os testes deram negativos, o que me deixa preocupada, pois foram três. Faço o exame de sangue rezando para não dar nada grave, afinal, eu não quero morrer agora. Depois da coleta, o médico manda todos os exames para o laboratório e diz que amanhã de manhã já estarão prontos.Seguimos para casa e o desconforto no meu estômago continua. Apesar do remédio que o médico prescreveu, parece que tem um buraco enorme dentro de mim. Peter me deixa no quarto e sai. Deito-me na cama e passo a mão bem em cima do meu estômago; ele parece estar inchado.Peter volta alguns minutos depois com uma bandeja e uma sopa. Olho para ele e balanço a cabeça, indicando que não quero.– Por favor, você tem que comer. Pedi para a cozinheira fazer enquanto estávamos no hospital; você não pode ficar sem se alimentar.– Tá bom, vou tentar. Meu estômago parece que está vazio por dentro, mas parece que está cheio por fora, olha. – Pego a mão dele e coloco em m
Viviane,— Eu não posso beber, o médico pediu para não beber nada ácido.— A senhora foi só ao hospital? — ela pergunta e eu confirmo com a cabeça. — Mas o café não é ácido, tem gente que diz ser uma terapia.Ela estica mais uma vez o café, e está com o cheiro tão bom que acabo caindo na tentação. Tomo praticamente tudo, já que está bem adocicado, do jeito que eu gosto.— Quer mais, senhora?Nego com a cabeça e digo para ela que tenho que ir embora. Volto para o elevador e começo a sentir uma falta de ar. Aperto o botão do andar do Peter e me apoio nas paredes do elevador. Busco o ar onde não tem, parece que estou sendo asfixiada.As portas se abrem e, para minha sorte, Peter está bem na porta e me segura para que eu não caia. Ele me leva para sua sala no colo e fica me abanando com uma pasta. Lena entra correndo com um copo de água e entrega ao Peter, que me faz beber na hora.— Senhor, é melhor levá-la ao hospital.— Estamos vindo de lá, mas vou levá-la novamente. Falei para você qu
Viviane,Ela fica pálida com o que eu mandei ela Ela fica pálida com o que eu mandei ela fazer, pálida e petrificada, já que não se mexe. Repito o mandando e ela diz que está com azia. Típico, azia uma hora dessas não soa nada clichê, não é mesmo?— Engraçado, não estava quando era com essa xícara que agora está em minhas mãos. Por que está relutante em beber esse seu café? Não foi você mesma que fez ele? Está com nojo porque eu bebi um golinho ou porque colocou veneno para mim? Me envenenar seria loucura, não é mesmo?— Eu... eu jamais faria isso com a senhora. Eu não fiz nada disso. Eu só...— Que pena que eu sei que é mentira. — interrompo ela e me levanto. Vou até a porta da minha sala e tranco, para que ela não tente fugir até que eu descubra tudo. — Sabe, te pago o dobro do que estão te pagando, para você me contar por que está me envenenando e quem mandou você fazer isso. Você foi tão burra que usou cianeto, e num simples exame de sangue foi constatado. E como eu sei que foi vo
Viviane,"Sei que posso parecer criança fazendo isso, mas não posso olhar nos seus olhos e falar que tenho que me afastar de você para sua segurança. Além de você não me deixar ir, ainda vai gritar comigo e me deixar de castigo. Mas, quase te perder, e por culpa minha, me fez pensar em tudo com mais calma. Eu vou juntar provas que eu tiver contra a Diana e vou colocá-la na cadeia, e só assim voltarei para você. Por enquanto, ela só quer que nós dois nos separemos, e assim, ela vai te deixar em paz. De verdade, inimiga da paz, eu quero que dessa vez você entenda e deixe as coisas assim como estão.Assinado: O amor da sua vida, Peter."Eu vou matar esse desgraçado quando eu vê-lo, isso sim. Amasso a carta e jogo no lixo. Como ele pode fazer isso comigo assim? É um covarde mesmo, e eu tenho que mostrar para ele que não se deve ceder às chantagens dos inimigos, ou sempre vamos viver preso nas mãos dele.— Ah, Peter você é um tremendo de um babaca. Quando eu penso seu virou homem, você me
Peter,A pior coisa deste mundo é ver quem mais amamos à beira da morte por culpa nossa. Não sou eu que estou causando a morte dela, eu sei, mas é minha culpa por ter me envolvido com as mulheres erradas no meu passado.Depois de ver seu coração parar e o médico ter que trazê-la de volta, percebi que ela e eu não podemos ficar juntos, não até aquela praga estar andando por aí livre. Mesmo contra a minha vontade, depois que o médico diz que ela está bem, saio do hospital.Vou à empresa primeiro, entro na minha sala e escrevo uma carta para ela, pois sei que se eu falar pessoalmente ela vai acabar com a minha vida, e este é o meio mais seguro para me manter vivo.Depois entrego para Lena e peço para ela cancelar todas as minhas reuniões durante a semana. Não sei quanto tempo vou levar para conseguir provas para prender a Diana, mas uma semana deve ser o bastante. Mas se não for, cancelo da semana que vem também.Passo em casa, só para dar um beijo nos meus filhos. Não queria me separar
Peter,Seguro em seu braço, impedindo que ela continue a subir as escadas. Ela olha para mim com desdém, como se não tivesse nem aí por estar me pedindo o divórcio.— Você está louca, Viviane? — pergunto, cerrando os meus olhos, e ela dá um sorriso de lado.— Não estou, acho que nunca fui tão sensata na minha vida como agora. Mas, levando em consideração os perfis de mulheres com que você se envolveu, eu estou entre as psicopatas com quem você se deitou, não é?— Olhe o que eu faço com o seu pedido de divórcio. — solto do seu braço, tiro a certidão de divórcio da pasta e rasgo ele todinho. Só não faço ela comer porque tem muitas testemunhas na rua, e eu vou acabar sendo preso. — Não vai se livrar de mim assim tão fácil.— Não tem problema nenhum você rasgar, meu advogado tem a cópia. Além disso, vou pedir para o juiz assinar, ou seja, vou me livrar de você sim.— Não, você não vai. — pego na sua mão novamente, puxo com tudo para perto de mim e me agacho, para colocá-la em meus ombros.
Viviane,Depois que a Diana soube que a sua comparsa foi presa, ela fugiu. Não sei se esse investigador é fraco demais, ou se ela realmente foi engolida. Mas uma coisa eu garanto, não vou descansar enquanto não vê-la sendo pisoteada por mim. Peter entra na sala e se senta no sofá, solto um suspiro e me sento ao seu lado.— Eu posso ser uma isca, caso você queira. — Olho para ele com raiva, mas parando para pensar, essa é a única solução que eu tenho, já que ela está obcecada por ele. — Tá bom, eu não digo mais nada. Mas ela não vai sair do esconderijo dela. Esses dias todos eu fiquei em um hotel que não precisei me identificar, e não fui encontrada por ninguém.— Ligou para ela esses dias? — Ele balança a cabeça negando, e eu busco algum indício de mentira em seu olhar.— Não, de verdade, eu não liguei para ninguém e nem atendi as ligações.— Então vamos voltar para o hotel que você estava e de lá você liga para ela. Vamos deixar as crianças em segurança máxima para que ela não tente