- Bruno, deixe eu me acalmar primeiro, quando eu pensar em uma boa solução, vou entrar em contato com você. Mas por favor, não faça mais nada que machuque a Aurora, caso contrário, vocês realmente não vão mais conseguir recuperar o seu coração nunca mais.Paulo ficou tão irritado com Bruno que só queria desligar o telefone rapidamente, para se acalmar e não soltar palavrões na frente da Stella. Ele tinha que se esforçar para manter sua boa imagem na frente dela.Com o exemplo de Bruno em mente, Paulo decidiu tratar Stella com sinceridade total, nunca mentindo ou enganando como Bruno costumava fazer com Aurora.Paulo não esperou pela resposta de Bruno e simplesmente encerrou a ligação.- Por que você desligou o telefone? Eu ainda queria tentar convencer o Sr. Alves. Se ele continuar fazendo daquele jeito, a Aurora só vai ficar cada vez mais irritada, e talvez até desenvolva ódio por ele.Paulo disse:- Você não ouviu direito o que ele disse, estou totalmente sem palavras e muito irritad
- E não é que ele não tem mais medo de perder, ele só decidiu enfrentar todas as consequências da mentira e encarar a realidade. E agora, ele só teve um momento de medo e agiu de forma impulsiva, cometendo alguns erros.Stella suspirou:- Podemos entender, porque isso não está acontecendo conosco, não conseguimos sentir a angústia e raiva que a Aurora está passando. De qualquer forma, eu não vou aconselhar a Aurora. Mesmo que eu queira aconselhar, será mais tarde. Agora ela está extremamente magoada, então por que eu ajudaria o Bruno? Isso só faria a Aurora se sentir pior. Ela foi enganada por alguém tão próximo, e se não nos solidarizarmos com ela, e ainda tentarmos convencê-la a perdoar o Bruno... Eu simplesmente não consigo fazer isso. Se eu tivesse a capacidade, eu mesma daria uma surra no Bruno em nome da Aurora. Eu me pergunto se o Sr. Pedro está ciente disso. Deixar o primo de Aurora dar uma surra em Bruno seria satisfatório.Paulo ficou em silêncio.Realmente, após muito esforç
O que Aurora, trancada sozinha no quarto, estava fazendo naquele momento?Dentro do quarto, ela encontrou uma caneta e papel, se sentou no sofá e colocou o papel na mesa de centro. Em seguida, ela se deitou de bruços e começou a escrever o acordo de divórcio.Após o casamento, o casal não comprou outra propriedade, não havia muitos bens para dividir. Ele havia dito que, após o divórcio, deixaria o apartamento do Condomínio Rosa e o Toyota para ela.Aurora não queria. Aquela era a casa que ele usou para enganá-la, ela não queria!E o carro, ela também não queria.O carro que ela estava dirigindo agora foi comprado por Bruno. No divórcio, ela pagaria a ele todo o dinheiro gasto na compra do carro, sem dever nada.Sem divisão de bens, sem compensação por perda de juventude ou algo do tipo. Qualquer propriedade que estivesse em nome de cada um deles ficaria com o respectivo dono, sem dívidas nem enrolações, apenas pedindo a ele que assinasse o divórcio.Se ele viesse exigir compensação por
Naquela época, ela ainda não estava apaixonada por ele, então não se importava.Agora que estava apaixonada e descobriu a verdade, ela estava se importando, e seu coração doía muito.Especialmente ao pensar nos últimos tempos, em sua companhia, em seu carinho... Doía ainda mais, ficava ainda mais irritada.Será que o carinho dele também era falso, também era para enganá-la?O pescoço ainda doía um pouco.Aquele idiota!Bruno era um grande idiota!Dona Olinda e os outros não souberam como responder.O Sr. Alves enganou a Sra. Alves desde o início, eles todos sabiam disso.- Quem de vocês tem um carregador de iPhone? Meu celular está descarregado, emprestem o carregador para eu usar um pouco.Dona Olinda estava prestes a responder quando seu colega ao lado a cutucou de leve, ela entendeu o recado e rapidamente disse:- O Sr. Alves também tem um iPhone, a Sra. Alves pode pedir emprestado o carregador dele.Aurora não deixou passar o gesto discreto entre elas.Ela sabia que, sem a permissã
Aurora lutou com todas as suas forças e finalmente conseguiu empurrá-lo para longe. Ele ainda queria continuar, e isso deixou Aurora tão irritada que ela lhe deu um tapa na cara.O som alto do tapa assustou o tio Camilo e os empregados.Bruno também ficou paralisado.Ele olhava para o rosto vermelho de Aurora, inflamado de raiva, enquanto ela o encarava, com os olhos ficando gradualmente vermelhos e lágrimas brilhando neles.Ele... Havia feito algo que a deixou zangada e magoada novamente.Bruno sentiu culpa.Ele achava que seu gesto de afeto poderia acalmar Aurora...O tio Camilo recuperou a compostura e rapidamente enviou uma mensagem para Nuno, pois Nuno era o verdadeiro mordomo dessa mansão, e tio Camilo estava apenas substituindo-o em sua ausência. Ele sentia que não conseguia mais lidar com a situação e precisava que Nuno voltasse.Que susto, a Sra. Alves realmente bateu no Sr. Alves!Era uma cena que eles, que trabalhavam na Mansão dos Alves havia muitos anos, nunca tinham prese
Tio Camilo e os empregados mal ousavam respirar.Após um momento, Bruno elevou a voz e ordenou a tio Camilo:- Vá pegar meu carregador para que a Sra. Alves possa usar!- Sim, senhor.Tio Camilo correu para ajudar Aurora a pegar o carregador.Ele não sabia se permitir que a Sra. Alves carregasse o celular indicava que o Sr. Alves a deixaria partir.Na verdade, tio Camilo também achava que o Sr. Alves não deveria manter a Sra. Alves em prisão domiciliar, deveria deixá-la ir embora e acalmar os ânimos entre eles.No entanto, tio Camilo não se atrevia a dizer tais palavras.O Sr. Alves valorizava demais a Sra. Alves e tinha medo de que, se ela fosse embora, não voltasse mais.Por isso, ele insistia em mantê-la ao seu lado, mas isso só aprofundava os conflitos do casal.Logo, tio Camilo trouxe o carregador.Ele entregou o carregador para Bruno.Bruno, por sua vez, passou o carregador para Aurora e, ao entregá-lo, segurou a mão dela, suplicando:- Aurora, por favor, não mencione mais o divó
Bruno também suspirou aliviado.Depois de um momento de silêncio, ele decidiu se aproximar e sentou em frente a Aurora.Ele pegou o garfo e tentou pegar comida para Aurora, mas ela levantou o prato e evitou receber a comida que ele oferecia.Bruno recuou, frustrado, e a comida que ele pegou com o garfo caiu em seu próprio prato.- Aurora, são todos pratos que você gosta, coma um pouco mais. - Disse Bruno gentilmente.Aurora não disse nada nem olhou para ele, apenas continuou a comer.- Eu vou descascar os camarões que você mais gosta. - Disse Bruno, colocando luvas descartáveis e começando a descascar os camarões para ela. No entanto, Aurora pegou um camarão com casca e começou a comê-lo, com casca e tudo.Bruno ficou amuado.Sua esposa nem lhe dava a chance de agradá-la.Nessa hora, a campainha tocou.Já estava escuro lá fora, e o tempo estava frio, quem viria visitar a essa hora?- Vou atender a porta. - Disse tio Camilo, saindo para abrir pessoalmente.Havia um carro estacionado em
Aurora viu sua irmã entrando e ficou surpresa. Imediatamente, ela largou os talheres e se levantou para se aproximar da irmã.Porém, um certo Alves instintivamente segurou seu pulso.Aurora o encarou friamente.- Aurora...Bruno se sentiu angustiado ao ser encarado assim por ela, sentindo que o relacionamento do casal voltou a ser tão frio e tenso como antes, ou até pior do que no início do casamento relâmpago.Ele finalmente soltou sua mão e a deixou ir em direção à irmã.- Aurora. - Disse Madalena rapidamente ao se aproximar.Quando as duas irmãs ficaram frente a frente, Aurora chamou a irmã com uma expressão de mágoa e se jogou em seus braços.- Oh, Aurora... - Madalena a abraçou com carinho. - Se quiser chorar, chore, a irmã está aqui.- Mana...Nos braços da irmã, Aurora finalmente liberou as emoções que estava segurando, chorando alto com muita tristeza.Bruno ficou parado a uma certa distância, observando sua esposa chorar. Ele estava morrendo de dó dela, mas não conseguia conso