Diante das palavras de Madalena, Arabela abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada.Afinal, foi ela quem sugeriu a divisão de despesas para o filho e a nora. E ela também sabia que, mesmo que não houvesse essa divisão de despesas, o dinheiro do filho nunca seria dado para a nora administrar.- Mãe, vamos embora.Insatisfeita com a atitude de Madalena, Carolina não deixou que a mãe falasse mais nada e a puxou, indo embora. Antes de sair, ela deu uma olhada a mais na direção das sacolas que Aurora e Stella haviam trazido.Quando desceram às escadas, Carolina disse à mãe:- Mãe, a senhora acha que aquele marido da Aurora, que trabalha em um grande grupo comercial, ganha um salário muito alto? Desde que Aurora se casou com ele, ela sempre vem com várias sacolas de compras. Dei uma olhada nelas agora há pouco, as comidas que ela comprou eram todas muito caras. Tinha filé mignon, lagosta e outras coisas. Um quilo de filé mignon custa mais de cem reais agora, e uma lagosta grande custa quase
- Também estou preocupado com mais uma coisa... Daulo virou um rabo de saia da Juliana, agora, e aquela garota é bem esperta, nunca foi para cama com ele. Quanto mais ele não pode ter, mais ele quer. Ou seja, ela elevou o desejo de Daulo de propósito. Se os dois se casarem e o cartão de pagamento do Daulo for entregue a ela, todos nós vamos ter dias difíceis.Carolina refletiu um pouco. Para cuidar de seus filhos e de sua casa, seus pais sempre gastavam todo o valor mensal que seu irmão lhes dava. Ela se beneficiava muito do dinheiro de seu irmão e não podia deixar que sua nova cunhada lhe tirasse uma coisa tão boa, então se apressou em dizer:- Deixa quieto, isso é assunto do Daulo e da Madalena, deixe o casal resolver isso por si.- Desde que Daulo consiga manter Madalena nas escuras, não me meterei mais nos seus problemas. Nenhum homem é confiável, e sempre que tem um pouco de capacidade, já sai flertando com qualquer mulher que vê por aí.Arabela achava que seu filho era bem capaz,
Aurora assentiu e disse:- Só estou te alertando disso. Quanto ao emprego, não tenha muita pressa, irmã.Stella também estava de acordo:- Procure com calma e encontre um emprego que seja adequado para você. Se realmente não conseguir encontrar um, pode vir ajudar na nossa livraria. Eu posso pagar o seu salário, ou talvez.... Madalena, você não pensa em abrir uma loja própria?Observando o filho brincar, havia desamparo nas palavras de Madalena ao responder:- Não tenho tanto capital inicial, e também não sei que tipo de loja abrir. Está difícil fazer negócios em lojas físicas hoje em dia.A livraria de sua irmã estava localizada em frente à Escola Secundária de Cidade G, por isso os negócios eram razoáveis. Se trocasse de lugar, talvez vinham a falir.As pequenas lojas, em frente à Escola Secundária de Cidade G, tinham aluguéis muito caros e nem todos teriam a capacidade para pagá-los. Era preciso ter alguns contatos. Por exemplo, a loja delas só foi garantida com a ajuda da família d
Já se passou um mês, então ainda faltavam cinco meses para que os dois voltassem a ser solteiros e pudessem se casar novamente com outras pessoas, sem mais nenhuma relação entre eles.Paulo e João se entreolharam.João disse:- Mas não dizem que vocês, os homens da família Alves, são proibidos de se divorciar?- Eu sou a exceção. - Bruno disse em voz baixa e fria. - Vocês também sabem como aconteceu o meu casamento com Aurora. Mesmo que eu me divorcie, minha avó não poderá dizer nada sobre mim, muito menos qualquer outra pessoa, porque todos sabem que estou... Magoado.Sim, ele estava magoado.Para ajudar a avó retribuir sua gratidão, ele se casou com Aurora, uma mulher que era uma completa estranha para ele. Depois do casamento, ele sempre foi generoso e compreensível com ela, mas como ela estava agindo em relação a ele?Ela disse que estava indo para casa da irmã, mas acabou sendo um encontro com Helder!Bruno, que era ciumento e se recusava a admitir, automaticamente ignorou a prese
Como não recebeu nenhuma resposta de Bruno, Aurora disse à irmã:- Bruno deve estar na farra com os amigos, mandei uma mensagem para ele, mas ele não me responde.- Mana, você não precisa vir amanhã, tire um tempo para fazer companhia a Bruno.O casamento de Madalena tinha ido por água abaixo, então ela esperava que o da irmã fosse melhor e durasse mais do que o dela.Ela gostava bastante de Bruno como seu cunhado, já que ele tratava de coração sua irmã e era muito mais generoso do que Daulo. Quanto a ela e Daulo, foi um processo natural, eles se conheceram, se apaixonaram e se casaram. Mas agora que ele tinha um pouco de dinheiro, ainda era tão mesquinho que se recusava a comprar para ela qualquer meio de transporte.A bicicleta elétrica ainda foi sua irmã quem comprou para ela.- Irmã, eu sei. A propósito, aquelas pessoas lá da aldeia ainda estão vindo atrás de você? Nem sei como eles estão. A vovó já deve ter feito a cirurgia a essa altura. - Madalena perguntou sobre aqueles parente
Bruno sibilou essas palavras com frieza.Aurora se engasgou, sentindo uma pontada de dor no coração.Será que Bruno achava que ela queria se importar com ele?Era só pelo fato de serem casados, que ela foi atenciosa em perguntar.Aurora deu meia-volta e saiu.Vendo que ela não fez mais questão de perguntar, e que não pretendia se importar com o estado dele, simplesmente indo embora, Bruno ficou ainda mais irritado.- No futuro, não pode atender a porta de pijama!Aurora foi em direção à cozinha, dizendo:- Estou de sutiã por dentro.Agora, ela só os tirava quando ia para a cama, para não se deparar com outra situação como a que acabara de passar, de ter que abrir a porta para ele.- Além disso, parece que a minha vestimenta não é da conta do Sr. Bruno. Eu me lembro muito bem que no acordo que o Sr. Bruno escreveu, dizia que não podíamos interferir na rotina um do outro.Bruno estava calado e rosto era sombrio.O acordo havia sido escrito, por assim dizer, de forma completamente favoráv
Bruno agarrou as duas mãos dela e as prendeu com força nas laterais de sua cabeça, depois entupiu a sua boca abruptamente.Este beijo não foi nada carinhoso.Era como se ele estivesse descarregando toda a sua raiva.Foi um beijo forçado, e com muitas mordidas.Aurora ficou tão enfurecida com o comportamento dele, que mordeu o lábio dele com raiva. A sua boca sangrou, e ele a soltou depois de sentir dor.Enquanto ele estava atordoado, Aurora o empurrou com urgência, fazendo Bruno cair de bunda no chão. Em seguida, ela levantou num pulo e se afastou alguns passos, olhando para ele na defensiva.Bruno se levantou lentamente e limpou o sangue dos lábios.Sua cara não estava nada boa.- Bruno, o que deu em você? Tomou umas e já está tendo um ataque de loucura?Bruno a encarou de forma sombria e disse com frieza:- Aurora, vou perguntar de novo. Você estava mesmo na casa da sua irmã hoje?- Óbvio, eu estava na casa da minha irm... - Aurora parou de repente.Bruno deu uma bufada e sorriu fria
Se ele queria quebrar as coisas, que quebrasse então. De qualquer forma, essa casa era dele, então tudo que ele quebrasse seria perda dele.Depois de derrubar o copo de água com mel, Bruno também voltou para seu quarto. Ele correu para o banheiro, encheu a banheira de água fria e mergulhou nela para ficar um pouco mais sóbrio.Ele havia bebido bastante, mas não estava completamente bêbado, tendo plena consciência de tudo que fazia. Porém, ele sempre foi propenso a atitudes impulsivas, quando bebia além da conta.A luz do corredor foi apagada por Aurora, que saiu mais tarde, para economizar algum dinheiro por ele na conta de luz.A noite foi agitada, ambos estavam tão irritados um com o outro, que reviraram à noite toda sem conseguir dormir.Aurora estava com raiva de Bruno por suspeitar dela.Bruno estava com raiva de Aurora por ela estar com Helder, e teimava em acreditar que o que tinha visto era a verdade.Ela disse que conhecia Helder havia mais de dez anos e o viu crescendo. Ela e