Aurora só podia continuar correndo atrás do pequeno travesso. O zoológico estava lotado, com muitas crianças como Michel correndo de um lado para o outro, cheias de energia e curiosidade.Aurora não tinha tempo para apreciar a beleza do zoológico. Seguir Michel já era o suficiente para deixá-la exausta. O garoto, que passava os dias ajudando a mãe na loja e descansando em casa, raramente tinha a chance de sair para brincar. Naquele dia, ele estava aproveitando ao máximo, sua alegria era contagiante.Aurora, graças aos seus anos de treinamento em artes marciais, tinha a resistência e agilidade necessárias para acompanhar o ritmo acelerado do sobrinho. Madalena, que corria regularmente para manter a forma, também estava se saindo bem. Letícia, por outro lado, não estava acostumada a caminhar tanto e já começava a sentir dores nos pés.Quanto à pessoas da família Francisco, já tinham sido deixados para trás há muito tempo. Eles não conseguiam acompanhar o ritmo frenético de Michel.Michel
O homem à sua frente, um estranho de aparência furtiva, murmurou um “desculpe” quase inaudível, enquanto rapidamente deslizava uma pequena nota para a mão de Juliana. Surpresa e desconfiada, ela apertou com firmeza a nota, sem coragem de abri-la ali mesmo, em público. O coração dela batia acelerado, sua mente era um turbilhão de perguntas e preocupações.Juliana olhou em volta, procurando um local mais privado. Notou a placa indicando a direção dos banheiros e seguiu rapidamente a sinalização, tentando parecer o mais natural possível. Ao entrar no banheiro, se certificou de que estava sozinha antes de abrir a nota com dedos trêmulos. A mensagem era clara e alarmante: “Durante o show no aquário, causaremos uma confusão. No meio do tumulto, levaremos a criança. Seu trabalho é garantir que eles estejam no aquário.”Ela ficou parada por um momento, absorvendo a informação. O pânico começou a tomar conta de seu ser. Rasgou a nota em pedaços minúsculos, jogando-os no vaso sanitário e puxa
Madalena segurava Michel com força, seu instinto materno entrando em ação. Seu corpo todo tremia enquanto sentia o calor do pequeno corpo de Michel contra o seu. O olhar dela vagava ansiosamente pela multidão em pânico, procurando qualquer sinal de ameaça. Os guarda-costas formavam um círculo protetor ao redor deles, olhos atentos a cada movimento suspeito. Juliana, ao ver o menino seguro nos braços da mãe e protegido pelos guarda-costas, percebeu que o plano dos sequestradores estava condenado ao fracasso.O ambiente ao redor era caótico. Gritos, choro de crianças, o som de passos apressados ecoando pelas paredes do aquário. O ar parecia mais denso, carregado de medo e confusão. Juliana tentava manter a calma, mas seu coração batia descontroladamente, sua respiração curta e rápida. Mas antes que pudesse relaxar, ouviu um grito desesperado. - Bebê! Bebê! - Era Carolina, em pânico, observando um homem alto levando Bernardo embora. Juliana ficou atônita. “Eles pegaram a criança errad
Se ela tivesse relaxado um pouco, seu filho teria sido levado naquele tumulto.Ao entrar no carro de Letícia, Madalena não ousou afrouxar o aperto, segurando Michel com tanta força que seus braços doíam. Seu rosto estava pálido como cera, e seus olhos refletiam o pânico que ainda não conseguia dissipar. O menino, sentindo a tensão da mãe, estava calmo, mas claramente confuso. Seus grandes olhos curiosos olhavam ao redor, tentando entender o que estava acontecendo.Aurora se sentou ao lado deles, seus próprios nervos em frangalhos, tentando manter a calma. Ela passou a mão nas costas do sobrinho, tentando transmitir alguma sensação de segurança. Letícia, com as mãos trêmulas, pegou o celular e ligou para o irmão. Quando ele atendeu, ela disse com a voz embargada de medo: - Pedro, chame todos os nossos seguranças para virem ao Zoológico da Cidade G imediatamente. Aconteceu algo terrível, alguém tentou sequestrar Michel. Quase o levaram! Ela olhou pela janela, seus olhos vasculhando a
O clima de outubro na Cidade G era extremamente quente e somente nas manhãs e noites se podia sentir um pouco de frescor do final do outono.Depois de se levantar cedo e preparar o café da manhã para a família de sua irmã mais velha, Aurora Garcia pegou sua carteira de identidade e saiu em silêncio.- De agora em diante, temos que dividir as despesas igualmente. Sejam despesas diárias, empréstimo imobiliário ou financiamento de carro, devemos dividi-las justamente! A sua irmã está morando em nossa casa, então temos que pedir a ela que pague a metade também! De que adianta pagar mil reais por mês? Qual a diferença de comer e viver de graça? - Foi o que Aurora ouviu seu cunhado dizer na noite anterior durante a discussão com sua irmã.Ela tinha que se mudar da casa da sua irmã, Madalena Garcia.No entanto, só havia uma saída para tranquilizá-la, que era se casar.Aurora queria se casar em pouco tempo, mas sequer tinha um namorado, então teve que concordar com o pedido da vovó Erica, a ve
- Já que prometi, não vou recuar.Aurora também pensou nisso por alguns dias antes de tomar essa decisão. Agora que havia se decidido, não voltaria atrás.Ao ouvir isso, Bruno não a persuadiuinsistiu mais. Ele rapidamente pegou seus próprios documentos e os colocou na frente dos funcionários.Aurora fez o mesmo.O casamento dos dois foi concluído em menos de dez minutos.Quando Aurora recebeu a certidão de casamento dos funcionários, Bruno tirou do bolso da calça um molho de chaves que havia preparado anteriormente e o entregou a Aurora, dizendo: - A casa que eu comprei fica no Condomínio Rosa. Ouvi dizer da minhaA vovó disse que você abriu uma livraria em frente à Escola Secundária da Cidade G, que não fica longe da minha casa. São cerca de dez minutos de ônibus. Você tem carteira de motorista? Se tiver, posso ajudá-la a pagar a entrada de um carro e você só precisará pagar as prestações do carro todos os meses. Será mais conveniente para você ir e voltar do trabalho. – Bruno continu
- Vovó, não se preocupe. - Aurora estava simplesmente respondendo por gentileza.Embora a vovó Erica fosse muito boa para ela, Bruno era seu próprio neto e ela era apenas sua nora. Se houvesse realmente um conflito entre o casal, a família Alves iria ajudá-la?Aurora acreditava que não.Aurora lembrava de como os sogros de sua irmã eram gentis com ela antes do casamento, tão bons que até a própria filha deles ficava com ciúmes. No entanto, depois do casamento, eles mudaram de atitude em relação à sua irmã. Toda vez que ela e o marido tinham um conflito, a sogra a acusava de ser uma esposa ruim. Isso mostrava que as pessoas sempre favoreciamem seus próprios filhos em detrimento de suas noras.- Você tem que ir trabalhar, certo? NEntão não vou mais incomodá-la. Vou pedir ao Bruno para buscá-la mais tarde e vamos jantar juntos em casa hoje.- Vovó, fecho a loja tarde da noite e talvez não seja muito conveniente voltar para jantar. Pode ser no fim de semana?Os negócios dessa livraria depe
- Irmã, você mesma disse que a propriedade já pertencia a ele antes do casamento, e eu não paguei nada por ela. Como posso pedir a ele para colocar meu nome na certidão doe imóvel? Não fale mais sobre isso.Assim que receberam a certidão de casamento, Bruno deu a chave da casa para Aurora e ela pôde se mudar imediatamente, o que resolvia seu problema de moradia, e isso já era o suficiente.Ela não iria propor a Bruno que adicionasse seu nome à certidão doe imóvel, mas se ele tomasse a iniciativa de adicionar seu nome nela, ela não iria recusar, pois eles eram um casal determinados a viver juntos para sempre.Madalena também estava apenas fazendo um comentário casual, ela sabia bem que sua irmã não era ambiciosa e que sempre foi uma pessoa independente, então não continuou falando sobre oesse assunto.Após muitos questionamentos de Madalena, Aurora conseguiu convencê-la sobre a mudança.Enquanto sua irmã ainda estava sugerindo levá-la para Condomínio Rosa, seu sobrinho Michel acordou de