A mãe de João já havia mencionado Madalena para Dalila.Embora o foco de Dalila estivesse em Aurora, tentando estabelecer uma boa relação com primeira nora da família Alves, ela com certeza prestava atenção em Madalena, afinal, Madalena era a irmã da Sra. Alves.- Aquela loja é minha, está alugada. - Explicou João, acrescentando uma informação para que Dalila não pensasse que ele estava defendendo o estabelecimento sem motivo.Dalila disse com um sorriso:- Não é à toa que você toma café da manhã lá, afinal, a loja é sua.- Já estou cheio, não consigo comer mais nada. Srta. Dalila, leve o café da manhã de volta, por favor, e obrigado pela gentileza. - Recusou João, diretamente.Ele não queria, de forma alguma, levar Dalila para o escritório.Dalila, no entanto, insistiu com um sorriso:- Vou levar mais tarde. Agora, gostaria de visitar a sua empresa. Além de resolver alguns assuntos na Cidade G, também estou aqui para discutir possíveis parcerias.A família Guedes tinha um grande negóc
- Mamãe, o Michel não me deixa brincar com o brinquedo dele. Mamãe, eu quero brincar, eu quero o brinquedo do Michel! - Bernardo correu de volta para a mãe, puxando a roupa de Carolina, exigindo que ela pegasse o brinquedo para ele.Carolina sempre via seu próprio filho como um tesouro e os filhos dos outros como nada mais do que isso. Ela estendeu a mão para Michel, dizendo com seriedade:- Michel, deixe o Bernardo brincar um pouco com o seu brinquedo.- Este é meu! - Michel abraçou a caixa com força, recusando-se a soltar.Carolina deu dois passos à frente, tentando pegar Michel, mas Madalena imediatamente interveio com uma colher batendo em sua mão, fazendo-a recuar de dor.- Madalena, o que você está fazendo? - Carolina exclamou, segurando o pulso dolorido.Madalena, com o rosto frio, respondeu:- A pergunta é o que você está fazendo? O brinquedo é do Michel. Se ele não quer emprestar para o Bernardo, ele não precisa. Você, como tia, ainda quer forçar?Carolina ficou sem palavras d
Aurora estava voltando para a livraria no carro luxuoso de seu marido. Ela tinha agendado uma entrega com suas trabalhadoras de artesanato, que acabavam de trazer as peças finalizadas. Após inspecionar a qualidade, que estava excelente, Aurora não conteve sua alegria e elogiou as colegas várias vezes antes de lhes pagar conforme combinado.- Aurora, nós que ficamos em casa cuidando dos filhos, ganhamos um bom dinheiro com esses artesanatos. Minha sogra até parou de me tratar mal. - Uma das mulheres comentou, com um sorriso aliviado, os olhos brilhando de gratidão. Ela segurava delicadamente uma das peças, admirando o trabalho detalhado.Aurora sorriu calorosamente, sentindo um profundo orgulho pelo impacto positivo que estava causando na vida dessas mulheres.- Comigo foi a mesma coisa. Minha sogra agora até me ajuda com as crianças. Aurora, pode aceitar mais pedidos. Não importa quantos, nós damos conta. - Outra colega acrescentou, o entusiasmo evidente em sua voz. Essas mulheres, q
Apesar de sua mãe ter apenas uma mecha de cabelo cortada, Juliana estava apavorada. Aquele gesto, aparentemente simples, carregava uma ameaça silenciosa e mortal. Se eles quisessem realmente a vida dos familiares dela, poderiam facilmente consegui-la. Embora Juliana tivesse brigado com sua família por causa do casamento, afinal de contas, eles ainda eram seus parentes. Ela não poderia deixar que sua família sofresse por causa de Michel, que, no fim, era um estranho.Aquele dia era o dia mais promissor para colocar o plano em ação. Cada detalhe estava meticulosamente planejado, mas a ansiedade de Juliana era palpável, como uma corda esticada prestes a arrebentar.Aurora perguntou a Michel: - Sua mãe também vai?Os olhos de Michel brilharam com entusiasmo infantil. - Sim, minha mãe vai. Tia, você vai também?Aurora pensou por um momento antes de responder:- A que horas vocês vão sair? Preciso ver se consigo organizar meu tempo.- Minha mãe disse que em cerca de meia hora podemos sair.
Letícia olhou para Madalena, tentando confirmar se as pessoas da família Francisco realmente tinham vindo convidar Madalena e Michel para um passeio. Só então o rosto rígido de Letícia suavizou um pouco, e seu sorriso, ainda que tênue, foi dirigido exclusivamente a Michel, e não as pessoas da família Francisco. A presença deles sempre a deixava irritada.- Michel, você quer ir ao zoológico, então eu vou com você. - Disse Letícia, aceitando o convite do garoto.Michel, ainda muito jovem para compreender os detalhes do divórcio dos pais, nunca ouviu Madalena falar mal de Daulo, apesar de todas as mágoas. Madalena, com seu coração bondoso, sabia que alimentar ressentimentos não seria bom para Michel. Afinal, Daulo era o pai do garoto, e encher a cabeça de Michel com sentimentos negativos só prejudicaria seu desenvolvimento emocional.Meia hora depois.Aurora e Madalena estavam prontas para sair. Aurora segurava Michel pela mão, enquanto Letícia ligava o carro. Bruno, sempre preocupado co
Aurora só podia continuar correndo atrás do pequeno travesso. O zoológico estava lotado, com muitas crianças como Michel correndo de um lado para o outro, cheias de energia e curiosidade.Aurora não tinha tempo para apreciar a beleza do zoológico. Seguir Michel já era o suficiente para deixá-la exausta. O garoto, que passava os dias ajudando a mãe na loja e descansando em casa, raramente tinha a chance de sair para brincar. Naquele dia, ele estava aproveitando ao máximo, sua alegria era contagiante.Aurora, graças aos seus anos de treinamento em artes marciais, tinha a resistência e agilidade necessárias para acompanhar o ritmo acelerado do sobrinho. Madalena, que corria regularmente para manter a forma, também estava se saindo bem. Letícia, por outro lado, não estava acostumada a caminhar tanto e já começava a sentir dores nos pés.Quanto à pessoas da família Francisco, já tinham sido deixados para trás há muito tempo. Eles não conseguiam acompanhar o ritmo frenético de Michel.Michel
O homem à sua frente, um estranho de aparência furtiva, murmurou um “desculpe” quase inaudível, enquanto rapidamente deslizava uma pequena nota para a mão de Juliana. Surpresa e desconfiada, ela apertou com firmeza a nota, sem coragem de abri-la ali mesmo, em público. O coração dela batia acelerado, sua mente era um turbilhão de perguntas e preocupações.Juliana olhou em volta, procurando um local mais privado. Notou a placa indicando a direção dos banheiros e seguiu rapidamente a sinalização, tentando parecer o mais natural possível. Ao entrar no banheiro, se certificou de que estava sozinha antes de abrir a nota com dedos trêmulos. A mensagem era clara e alarmante: “Durante o show no aquário, causaremos uma confusão. No meio do tumulto, levaremos a criança. Seu trabalho é garantir que eles estejam no aquário.”Ela ficou parada por um momento, absorvendo a informação. O pânico começou a tomar conta de seu ser. Rasgou a nota em pedaços minúsculos, jogando-os no vaso sanitário e puxa
Madalena segurava Michel com força, seu instinto materno entrando em ação. Seu corpo todo tremia enquanto sentia o calor do pequeno corpo de Michel contra o seu. O olhar dela vagava ansiosamente pela multidão em pânico, procurando qualquer sinal de ameaça. Os guarda-costas formavam um círculo protetor ao redor deles, olhos atentos a cada movimento suspeito. Juliana, ao ver o menino seguro nos braços da mãe e protegido pelos guarda-costas, percebeu que o plano dos sequestradores estava condenado ao fracasso.O ambiente ao redor era caótico. Gritos, choro de crianças, o som de passos apressados ecoando pelas paredes do aquário. O ar parecia mais denso, carregado de medo e confusão. Juliana tentava manter a calma, mas seu coração batia descontroladamente, sua respiração curta e rápida. Mas antes que pudesse relaxar, ouviu um grito desesperado. - Bebê! Bebê! - Era Carolina, em pânico, observando um homem alto levando Bernardo embora. Juliana ficou atônita. “Eles pegaram a criança errad