- Ricardo, me mate, por favor, eu imploro, me mate! - Fernando estava contorcido como uma larva, suplicando.Ricardo olhou para ele com um sorriso frio.Nesse momento, soou um alarme de sirene do lado de fora.Uma faísca de esperança brilhou nos olhos de Fernando:- Deve ter sido Viviane quem chamou a polícia, bem feito, quem mandou você não contar a verdadeira identidade para ela? Ela não sabe que sou eu quem você capturou, agora chamou a polícia.Ricardo olhou para Fernando como se ele fosse um pobre coitado e destruiu sua última ilusão:- São meus homens.Fernando arregalou os olhos, incrédulo.Ele tinha até envolvido a polícia para fazer Viviane acreditar nessa história!- Você não tem medo... - Fernando cuspiu sangue.Ricardo falou calmamente:- Não tenho medo, então é melhor você pensar bem, se quer se comportar e morrer em alguns anos, ou esperar mais dez ou vinte anos e morrer junto com sua filha e esposa.Fernando gritou:- Isso é demais!Ricardo saiu sem olhar para trás.Quan
Após chegarem em casa, Viviane finalmente teve a chance de perguntar a Ricardo sobre o ferimento em seu rosto.- Entrei numa briga.- Com quem? - Viviane perguntou, ansiosa.Ricardo sorriu, passando um copo de água para Viviane:- Não se preocupe, foi só com um colega de trabalho.- Por que eles te bateram? - Viviane franziu a testa. "Os colegas de Ricardo estão realmente fora de controle."- Por causa de um projeto, além disso, todos estamos na idade de sangue quente, brigas são comuns.- Nunca vi vocês brigarem antes. - Quanto mais Viviane ouvia, mais franzia a testa.- Os projetos recentes têm sido complicados, é inevitável ficar irritado.- Isso não está certo. - Viviane achou isso perigoso demais. - Acho melhor você deixar esse emprego logo, ele já não é mais simples. Primeiro você precisou registrar o casamento do seu chefe, agora está sendo agredido sem motivo. Você precisa pedir demissão! Isso é absurdo.- Tudo bem. - Ricardo sempre atendia aos pedidos de Viviane. - Mas posso
Numa adega de vinhos sofisticada, Ricardo acabava de entrar quando um homem com aparência de gerente se aproximou, perguntando entusiasmado:- Por acaso o senhor é quem o Sr. Manuel está esperando?Ricardo respondeu:- Sim, sou eu.O gerente disse:- Por aqui, por favor.Ricardo seguiu o gerente até uma sala privada e logo viu Manuel saboreando um vinho tinto.Ao ver Ricardo, Manuel se levantou imediatamente:- Você chegou.Ricardo assentiu com a cabeça.Manuel acenou com a mão, esperando o gerente sair, antes de falar:- Eu sei que você não quer que muitas pessoas conheçam sua identidade, então escolhi especialmente este lugar. Está satisfeito?Ricardo se sentou:- Primo, você não me chamaria só para bater um papo, não é?Manuel respondeu:- Rick, você é tão inteligente, não vou enrolar. É o seguinte: daqui a alguns dias, será o funeral do David. Você vai comparecer?Ricardo hesitou por um momento:- Ainda não sei, depende do meu cronograma.Manuel continuou:- Rick. - Ele hesitou por
João estava suando frio.O Sr. Gustavo, normalmente despretensioso, tinha se tornado mais perspicaz após ter sido espancado.- Sr. Gustavo.João ainda estava pensando em como responder à pergunta de Gustavo quando, de repente, se ouviu um choro.- Gustavozito, como você acabou assim, apanhando?Ao ver Débora chorando e correndo para seus braços, Gustavo olhou para João com uma expressão de dor de cabeça.João aproveitou a oportunidade para dizer:- Sr. Gustavo, já que a Srta. Débora chegou, vou sair agora. Se precisar de algo, pode tocar a campainha.Gustavo queria dizer mais alguma coisa, mas João já tinha saído astutamente.Assim que João saiu, Débora abraçou Gustavo ainda mais desinibida.- Gustavozito, quem fez isso com você? Onde está a lei agora?- Realmente, parece que não há lei hoje em dia. - Gustavo disse, irritado, afastando Débora. - Eu já disse que, de agora em diante, seremos apenas amigos.Ao ouvir Gustavo dizer isso, Débora começou a chorar ainda mais:- Gustavozito, co
Isso significava que Gustavo foi gentil com ela porque se lembrou errado, e o que acontecerá uma vez que ele souber a verdade?Débora não se atreveu a pensar mais nisso. Ela ajustou sua respiração ofegante e olhou para Gustavo. Neste momento crítico, ela definitivamente não podia admitir a verdade.Ela cobriu os olhos:- Então, você estar comigo, ser gentil comigo, tudo é porque eu te salvei naquela vez?Gustavo não quer mais esconder:- Sim.Débora chorou ainda mais:- Eu entendi, então eu desejo a vocês felicidades para sempre.Dizendo isso, ela se virou para ir embora.Gustavo a chamou apressadamente:- Espere, Débora, para onde você vai?- Já que você não gosta de mim, por que se importa com o que eu faço! - Débora fungou. - Minha vida já não tem mais sentido. Eu deveria morrer!Ao ouvir que Débora queria morrer, Gustavo rapidamente saltou da cama e a segurou:- Você sabe o que está dizendo?Débora lutou para se libertar do aperto de Gustavo, chorando:- Gustavozito, já que você nã
Na manhã seguinte, bem cedo, Viviane acordou. Ela queria se levantar, mas Ricardo a segurava firmemente pela cintura, impossibilitando qualquer movimento.No entanto, esse pequeno movimento acabou despertando Ricardo.- Por que acordou tão cedo? - Ricardo perguntou, abrindo os olhos sonolentos.- Você esqueceu? Hoje tenho que ir à Mansão dos Barros.A mão de Ricardo se apertou um pouco mais:- Lembrei agora, não tem pressa, são só seis horas, durma mais um pouco.Dizendo isso, Ricardo colocou a perna sobre a coxa de Viviane.Viviane não sabia se ria ou chorava:- Você não quer que eu vá à família Barros, né?- Não é isso. - Ricardo encostou a cabeça no pescoço de Viviane, esfregando como um gato manhoso.O coração de Viviane amoleceu:- Tudo bem, fico mais um pouco com você.O canto dos lábios de Ricardo se curvou.Viviane não viu, mas sentiu a respiração dele ficando mais intensa em seu pescoço.E as mãos dele já estavam subindo da cintura dela.Ela riu:- Ricardo, pode não ser assim?
- Srta. Viviane. - Viviane perguntou. - Ouvi dizer que o Gustavo foi hospitalizado, o que aconteceu?João olhou para Viviane, cujo rosto não mostrava nenhum sinal de fingimento, e perguntou cautelosamente: - Você não sabe?Viviane achou a pergunta de João interessante: - Eu deveria saber?- Não é isso, só estou surpreso porque a notícia do Sr. Gustavo estar no hospital já é conhecida por todos, então fiquei curioso sobre como a Srta. Viviane não soube disso.Viviane respondeu: - Talvez seja porque meu avô faleceu recentemente e eu estive muito triste, então não tive tempo de me informar sobre essas coisas.João olhou para Viviane, sem saber o que dizer. Ele conheceu mais pessoas em sua vida do que as refeições que comeu. Viviane, que ele viu crescer desde pequena, ele acreditava conhecer bem. Ela não era alguém que mentiria. Ou seja, ela realmente não sabia o que aconteceu naquela noite.João queria continuar investigando, mas eles já haviam chegado ao caixão de David. Olhando para
Viviane olhava fixamente para o rosto de Gustavo:- Como o ferimento no seu rosto é exatamente igual ao do meu marido? Não estou falando do tamanho da ferida, mas da condição dela.Será porque ambos foram agredidos?Falando nisso, Ricardo e Gustavo foram agredidos ao mesmo tempo, que coincidência.- O que foi?Viviane de repente se aproximou tanto, e Gustavo não estava aguentando.Antes, ele via Viviane com preconceitos pessoais, então não a achava bonita. Embora tivesse se impressionado algumas vezes, nunca foi como agora, com esse impacto.Os olhos de Viviane eram muito bonitos e claros, como uma nascente de água.Seus traços faciais, embora não fossem marcantes ou impactantes, eram incrivelmente suaves, transmitindo uma sensação de tranquilidade e serenidade que acalmava o coração de quem os observava. A suavidade de sua expressão parecia ser capaz de apaziguar as tempestades interiores, trazendo uma calma reconfortante à alma.Até mesmo, quanto mais olhava, mais achava sua beleza i