Isso significava que Gustavo foi gentil com ela porque se lembrou errado, e o que acontecerá uma vez que ele souber a verdade?Débora não se atreveu a pensar mais nisso. Ela ajustou sua respiração ofegante e olhou para Gustavo. Neste momento crítico, ela definitivamente não podia admitir a verdade.Ela cobriu os olhos:- Então, você estar comigo, ser gentil comigo, tudo é porque eu te salvei naquela vez?Gustavo não quer mais esconder:- Sim.Débora chorou ainda mais:- Eu entendi, então eu desejo a vocês felicidades para sempre.Dizendo isso, ela se virou para ir embora.Gustavo a chamou apressadamente:- Espere, Débora, para onde você vai?- Já que você não gosta de mim, por que se importa com o que eu faço! - Débora fungou. - Minha vida já não tem mais sentido. Eu deveria morrer!Ao ouvir que Débora queria morrer, Gustavo rapidamente saltou da cama e a segurou:- Você sabe o que está dizendo?Débora lutou para se libertar do aperto de Gustavo, chorando:- Gustavozito, já que você nã
Na manhã seguinte, bem cedo, Viviane acordou. Ela queria se levantar, mas Ricardo a segurava firmemente pela cintura, impossibilitando qualquer movimento.No entanto, esse pequeno movimento acabou despertando Ricardo.- Por que acordou tão cedo? - Ricardo perguntou, abrindo os olhos sonolentos.- Você esqueceu? Hoje tenho que ir à Mansão dos Barros.A mão de Ricardo se apertou um pouco mais:- Lembrei agora, não tem pressa, são só seis horas, durma mais um pouco.Dizendo isso, Ricardo colocou a perna sobre a coxa de Viviane.Viviane não sabia se ria ou chorava:- Você não quer que eu vá à família Barros, né?- Não é isso. - Ricardo encostou a cabeça no pescoço de Viviane, esfregando como um gato manhoso.O coração de Viviane amoleceu:- Tudo bem, fico mais um pouco com você.O canto dos lábios de Ricardo se curvou.Viviane não viu, mas sentiu a respiração dele ficando mais intensa em seu pescoço.E as mãos dele já estavam subindo da cintura dela.Ela riu:- Ricardo, pode não ser assim?
- Srta. Viviane. - Viviane perguntou. - Ouvi dizer que o Gustavo foi hospitalizado, o que aconteceu?João olhou para Viviane, cujo rosto não mostrava nenhum sinal de fingimento, e perguntou cautelosamente: - Você não sabe?Viviane achou a pergunta de João interessante: - Eu deveria saber?- Não é isso, só estou surpreso porque a notícia do Sr. Gustavo estar no hospital já é conhecida por todos, então fiquei curioso sobre como a Srta. Viviane não soube disso.Viviane respondeu: - Talvez seja porque meu avô faleceu recentemente e eu estive muito triste, então não tive tempo de me informar sobre essas coisas.João olhou para Viviane, sem saber o que dizer. Ele conheceu mais pessoas em sua vida do que as refeições que comeu. Viviane, que ele viu crescer desde pequena, ele acreditava conhecer bem. Ela não era alguém que mentiria. Ou seja, ela realmente não sabia o que aconteceu naquela noite.João queria continuar investigando, mas eles já haviam chegado ao caixão de David. Olhando para
Viviane olhava fixamente para o rosto de Gustavo:- Como o ferimento no seu rosto é exatamente igual ao do meu marido? Não estou falando do tamanho da ferida, mas da condição dela.Será porque ambos foram agredidos?Falando nisso, Ricardo e Gustavo foram agredidos ao mesmo tempo, que coincidência.- O que foi?Viviane de repente se aproximou tanto, e Gustavo não estava aguentando.Antes, ele via Viviane com preconceitos pessoais, então não a achava bonita. Embora tivesse se impressionado algumas vezes, nunca foi como agora, com esse impacto.Os olhos de Viviane eram muito bonitos e claros, como uma nascente de água.Seus traços faciais, embora não fossem marcantes ou impactantes, eram incrivelmente suaves, transmitindo uma sensação de tranquilidade e serenidade que acalmava o coração de quem os observava. A suavidade de sua expressão parecia ser capaz de apaziguar as tempestades interiores, trazendo uma calma reconfortante à alma.Até mesmo, quanto mais olhava, mais achava sua beleza i
- Sim. - Gustavo de repente se encheu de culpa. - Desculpe, nesses últimos dias no hospital, não fiz nada.Viviane olhou para Gustavo, chocada.- O que houve?- Nada, só achei estranho você dizer "desculpe", é surpreendente. - Viviane falou e depois perguntou. - Seu tio vai vir nesse dia?Gustavo permaneceu em silêncio.Viviane estranhou:- Ele não vem? Não pode ser, seu avô faleceu, é um evento tão importante, e ele simplesmente não aparece.- Não é isso, ele disse que ainda não está confirmado.Viviane comentou:- Por mais ocupado que esteja, ele deveria comparecer a uma ocasião tão importante.Gustavo, irritado, se levantou:- Você não entende, nosso relacionamento não é tão simples como você imagina.Viviane piscou.Ela realmente não entendia.Mas, como dizia o ditado: "os mortos têm prioridade."Por mais importantes que fossem os assuntos, deveriam comparecer ao funeral de David.- Na verdade, este ferimento no meu rosto foi meu tio quem fez. - Ele disse isso naturalmente, e após
Viviane saiu pela porta e só então atendeu o telefone:- Você já voltou para casa?- Sim.Viviane olhou por cima do ombro:- Eu acabei de chegar aqui.- Querida.- Alguma coisa aconteceu?- Estou com saudades de você.As bochechas de Viviane coraram levemente:- Eu vou voltar logo.- Você que disse isso. - A voz de Ricardo do outro lado da linha ficou séria de repente. - Não pode voltar atrás.Viviane, entre risos e lágrimas, respondeu:- O que houve com você? Parece que desde que cheguei aqui, você pensa que não vou mais voltar.Ricardo disse:- Tenho medo de que você vá e não volte mais.- Por que você pensaria assim? - Viviane estava confusa, e era a primeira vez que ouvia Ricardo expressar preocupação.Houve um breve silêncio do lado de Ricardo, que então riu suavemente:- Querida, você se lembra do caminho de volta, não é?- Claro. - O sorriso no rosto de Viviane desvaneceu um pouco, ela sentiu que Ricardo certamente sabia de algo. - Não se preocupe, assim que terminar aqui, volta
- João, você sabe de alguma coisa? - João rapidamente desviou o olhar de Gustavo:- Eu não sei de nada.- Você com certeza sabe de algo! - Gustavo afirmou categoricamente, agarrando a mão de João. - Me fale logo!João, sem saída:- Sr. Gustavo, eu realmente não sei de nada, talvez eles apenas tenham o mesmo nome e sobrenome.- Mesmo nome e sobrenome?- Sim. - Vendo que Gustavo relaxou um pouco o aperto, João continuou. - Sr. Gustavo, acho que você deveria se preocupar agora em lidar com o assunto do Sr. David, tem algo mais importante do que o funeral do Sr. David agora?Gustavo ficou completamente convencido:- Depois do funeral do meu avô, eu vou perguntar para ela.João hesitou em falar.Mas depois decidiu alertar:- Sr. Gustavo, talvez seja melhor não saber de algumas coisas.- Por quê? - Gustavo olhou para João, curioso. - Mesmo que eu saiba que Viviane e o tio Ricardo se conhecem, não tem problema.Embora ele dissesse isso, já estava muito nervoso por dentro.Esse sentimento era
Viviane caminhava a meio caminho quando sentiu que ainda estava muito irritada. Ela achava os pensamentos de Gustavo muito estranhos. "Quando eu queria me casar com ele antes, ele fazia de tudo para não querer. Agora que eu tenho uma nova família, ele quer se casar comigo a todo custo. Se Gustavo está fazendo isso por causa do testamento de seu avô, não há necessidade de agir assim. Eu não vou me divorciar do Ricardo." Depois de se acalmar, Viviane se ocupou com outras coisas.Até que, depois do jantar, Viviane não viu mais Gustavo. Ela estava feliz por ter algum tempo livre e, depois de falar com João, subiu para descansar. Chegando lá em cima, Viviane entrou no quarto de hóspedes. Ao abrir a porta, foi envolvida por uma sensação familiar. Antes da relação dela com Gustavo se romper completamente, ela ocasionalmente ficava lá. Para sua surpresa, depois de tanto tempo, o quarto ainda estava mantido como antes, como se a pessoa que vivia ali nunca tivesse partido. Sentada na cama, Vivi