- Eu pensei que fosse uma pegadinha, imaginei que não teria nada a perder em dar uma olhada, então vim. Só não esperava encontrar vocês aqui. Como vocês souberam deste lugar?- Ainda tem a cara de pau de falar da gente. - Disse Helena. - Você claramente veio aqui atrás do Fernando, por que não contou para a Vivi, ainda mentiu dizendo que ia a uma viagem de negócios, nos fazendo pensar que você ia aprontar alguma.Ricardo olhou para Viviane, pedindo desculpas:- Me desculpa, esposa, não é que eu não quisesse te contar, é que eu tinha medo de você se lembrar do passado.Foi então que Helena percebeu que tinha julgado Ricardo injustamente.Fernando foi o principal culpado pela morte de David.E Viviane presenciou tudo.Ela ainda não tinha superado a sombra de Fernando.Fazer com que ela tivesse contato com Fernando novamente seria como levá-la de volta à cena do crime.Ela se arrependeu agora.Se soubesse, não teria deixado Viviane sair.E também não teria encontrado Ricardo.Viviane lanç
- É porque você nunca o viu. - Helena contava nos dedos para Viviane. - Vivi, pense bem. Além daquela vez com o Fernando, o tio do Gustavo te ajudou, e antes, na festa do seu avô, e teve aquela crise de relações públicas, também foi ele quem ajudou. Se ele não gostasse de você, por que se importaria tanto?Viviane franzia a testa.O que Helena dizia fazia sentido.Neste mundo, não havia bondade sem motivo.Helena continuava:- Mas não se preocupe tanto, Vivi. Daqui a alguns dias será o funeral do David, você não vai ajudar? Então, com certeza você verá o tio do Gustavo. Você pode sondar discretamente o que ele realmente pensa. Se for um mal-entendido, ótimo, só precisamos evitar isso no futuro. Mas se ele realmente gostar de você, você tem que fazer o Ricardo pedir demissão logo.Viviane acenava com a cabeça:- Eu sei.Helena dava um tapinha no ombro de Viviane.Elas não falaram mais nada.Enquanto isso, no porão, Ricardo, sem hesitar, arrancava a fita adesiva do rosto de Fernando.Fer
- Ricardo, me mate, por favor, eu imploro, me mate! - Fernando estava contorcido como uma larva, suplicando.Ricardo olhou para ele com um sorriso frio.Nesse momento, soou um alarme de sirene do lado de fora.Uma faísca de esperança brilhou nos olhos de Fernando:- Deve ter sido Viviane quem chamou a polícia, bem feito, quem mandou você não contar a verdadeira identidade para ela? Ela não sabe que sou eu quem você capturou, agora chamou a polícia.Ricardo olhou para Fernando como se ele fosse um pobre coitado e destruiu sua última ilusão:- São meus homens.Fernando arregalou os olhos, incrédulo.Ele tinha até envolvido a polícia para fazer Viviane acreditar nessa história!- Você não tem medo... - Fernando cuspiu sangue.Ricardo falou calmamente:- Não tenho medo, então é melhor você pensar bem, se quer se comportar e morrer em alguns anos, ou esperar mais dez ou vinte anos e morrer junto com sua filha e esposa.Fernando gritou:- Isso é demais!Ricardo saiu sem olhar para trás.Quan
Após chegarem em casa, Viviane finalmente teve a chance de perguntar a Ricardo sobre o ferimento em seu rosto.- Entrei numa briga.- Com quem? - Viviane perguntou, ansiosa.Ricardo sorriu, passando um copo de água para Viviane:- Não se preocupe, foi só com um colega de trabalho.- Por que eles te bateram? - Viviane franziu a testa. "Os colegas de Ricardo estão realmente fora de controle."- Por causa de um projeto, além disso, todos estamos na idade de sangue quente, brigas são comuns.- Nunca vi vocês brigarem antes. - Quanto mais Viviane ouvia, mais franzia a testa.- Os projetos recentes têm sido complicados, é inevitável ficar irritado.- Isso não está certo. - Viviane achou isso perigoso demais. - Acho melhor você deixar esse emprego logo, ele já não é mais simples. Primeiro você precisou registrar o casamento do seu chefe, agora está sendo agredido sem motivo. Você precisa pedir demissão! Isso é absurdo.- Tudo bem. - Ricardo sempre atendia aos pedidos de Viviane. - Mas posso
Numa adega de vinhos sofisticada, Ricardo acabava de entrar quando um homem com aparência de gerente se aproximou, perguntando entusiasmado:- Por acaso o senhor é quem o Sr. Manuel está esperando?Ricardo respondeu:- Sim, sou eu.O gerente disse:- Por aqui, por favor.Ricardo seguiu o gerente até uma sala privada e logo viu Manuel saboreando um vinho tinto.Ao ver Ricardo, Manuel se levantou imediatamente:- Você chegou.Ricardo assentiu com a cabeça.Manuel acenou com a mão, esperando o gerente sair, antes de falar:- Eu sei que você não quer que muitas pessoas conheçam sua identidade, então escolhi especialmente este lugar. Está satisfeito?Ricardo se sentou:- Primo, você não me chamaria só para bater um papo, não é?Manuel respondeu:- Rick, você é tão inteligente, não vou enrolar. É o seguinte: daqui a alguns dias, será o funeral do David. Você vai comparecer?Ricardo hesitou por um momento:- Ainda não sei, depende do meu cronograma.Manuel continuou:- Rick. - Ele hesitou por
João estava suando frio.O Sr. Gustavo, normalmente despretensioso, tinha se tornado mais perspicaz após ter sido espancado.- Sr. Gustavo.João ainda estava pensando em como responder à pergunta de Gustavo quando, de repente, se ouviu um choro.- Gustavozito, como você acabou assim, apanhando?Ao ver Débora chorando e correndo para seus braços, Gustavo olhou para João com uma expressão de dor de cabeça.João aproveitou a oportunidade para dizer:- Sr. Gustavo, já que a Srta. Débora chegou, vou sair agora. Se precisar de algo, pode tocar a campainha.Gustavo queria dizer mais alguma coisa, mas João já tinha saído astutamente.Assim que João saiu, Débora abraçou Gustavo ainda mais desinibida.- Gustavozito, quem fez isso com você? Onde está a lei agora?- Realmente, parece que não há lei hoje em dia. - Gustavo disse, irritado, afastando Débora. - Eu já disse que, de agora em diante, seremos apenas amigos.Ao ouvir Gustavo dizer isso, Débora começou a chorar ainda mais:- Gustavozito, co
Isso significava que Gustavo foi gentil com ela porque se lembrou errado, e o que acontecerá uma vez que ele souber a verdade?Débora não se atreveu a pensar mais nisso. Ela ajustou sua respiração ofegante e olhou para Gustavo. Neste momento crítico, ela definitivamente não podia admitir a verdade.Ela cobriu os olhos:- Então, você estar comigo, ser gentil comigo, tudo é porque eu te salvei naquela vez?Gustavo não quer mais esconder:- Sim.Débora chorou ainda mais:- Eu entendi, então eu desejo a vocês felicidades para sempre.Dizendo isso, ela se virou para ir embora.Gustavo a chamou apressadamente:- Espere, Débora, para onde você vai?- Já que você não gosta de mim, por que se importa com o que eu faço! - Débora fungou. - Minha vida já não tem mais sentido. Eu deveria morrer!Ao ouvir que Débora queria morrer, Gustavo rapidamente saltou da cama e a segurou:- Você sabe o que está dizendo?Débora lutou para se libertar do aperto de Gustavo, chorando:- Gustavozito, já que você nã
Na manhã seguinte, bem cedo, Viviane acordou. Ela queria se levantar, mas Ricardo a segurava firmemente pela cintura, impossibilitando qualquer movimento.No entanto, esse pequeno movimento acabou despertando Ricardo.- Por que acordou tão cedo? - Ricardo perguntou, abrindo os olhos sonolentos.- Você esqueceu? Hoje tenho que ir à Mansão dos Barros.A mão de Ricardo se apertou um pouco mais:- Lembrei agora, não tem pressa, são só seis horas, durma mais um pouco.Dizendo isso, Ricardo colocou a perna sobre a coxa de Viviane.Viviane não sabia se ria ou chorava:- Você não quer que eu vá à família Barros, né?- Não é isso. - Ricardo encostou a cabeça no pescoço de Viviane, esfregando como um gato manhoso.O coração de Viviane amoleceu:- Tudo bem, fico mais um pouco com você.O canto dos lábios de Ricardo se curvou.Viviane não viu, mas sentiu a respiração dele ficando mais intensa em seu pescoço.E as mãos dele já estavam subindo da cintura dela.Ela riu:- Ricardo, pode não ser assim?