Viviane não tinha dúvidas, se Ricardo estivesse diante dela agora, certamente ele a convenceria com poucas palavras, fazendo-a perder completamente a postura. Ele possuía um tipo de magia especial. Um poder mágico que fazia as pessoas ficarem ao seu lado. Até Helena, que antes achava que homens como Gustavo não eram dignos dela, agora também estava do lado de Ricardo. Viviane precisava manter a razão!Ela pressionou firmemente as têmporas, até que a dor aguda a fez respirar mais calmamente, e só então soltou as mãos. Pegando o celular, ela abriu novamente a conversa do WhatsApp da Priscila, querendo que ela encontrasse a resposta rapidamente. Porém, pensando que haviam perdido contato por tantos anos, pressioná-la assim parecia indelicado. Viviane conteve seu desejo urgente de saber a resposta.Deslizando o dedo pelo celular, ela logo viu a notificação do banco. Ricardo realmente havia transferido dois milhões para ela. Viviane olhava para os muitos zeros, e seu coração batia irregular
Ao chegar na concessionária, Viviane foi prontamente recebida por um vendedor entusiasmado. Ao ouvir que Viviane pretendia comprar um carro na faixa de um a dois milhões, o vendedor apresentou animadamente:- Acabamos de receber um modelo de carro elétrico, que está exatamente nesta faixa de preço, senhorita. Se gostar, pode fazer um test-drive.Viviane assentiu levemente e seguiu o vendedor até o veículo recém-chegado. Mal tinham caminhado alguns passos, quando ela avistou Jéssica. Inicialmente, Viviane não a tinha notado, mas era impossível ignorar a cena que Jéssica causava.Cercada por mais de uma dezena de seguranças, Jéssica e outra pessoa estavam completamente isoladas, como se estivessem protegidas de fãs invisíveis ou do próprio ar. O vendedor, seguindo o olhar de Viviane, comentou com certo embaraço:- Aquela é a tia do Sr. Gustavo.Esta concessionária pertencia à família Barros. Como funcionária da família Barros, a vendedora achava vergonhoso ter uma tia como Jéssica no neg
Após um momento, Viviane finalmente se lembrou: a irmã de Vitor, Fabíola Cabral. Viviane conseguiu se recordar de Fabíola tão rapidamente porque ela já a havia ajudado várias vezes. Naquela época, ela estava com Gustavo, mas todos sabiam que Gustavo não gostava dela. Às vezes, em eventos que Gustavo não comparecia, aqueles com mais audácia procuravam problemas com Viviane. Em muitas dessas ocasiões, se Fabíola estava presente, ela intervinha para ajudá-la. Uma irmã mais velha gentil e prestativa. Já que era alguém que havia ajudado Viviane no passado, ela certamente não poderia ignorar a situação.Viviane olhou inocentemente para Jéssica, piscando:- Srta. Jéssica, o que está acontecendo aqui?Jéssica, contendo sua raiva, lançou um olhar feroz para Fabíola:- Srta. Viviane, não acredite nela, este carro é meu.- Seu? - Fabíola nunca tinha encontrado alguém tão descarado. - Eu paguei um sinal por ele!No segundo andar.O gerente, com uma expressão preocupada, observava as duas mulheres
O rosto de Jéssica tornou-se extremamente pálido, e ela olhou para Fabíola com um sorriso forçado:- Nunca imaginei que você fosse a herdeira da família Cabral. Peço desculpas, peço desculpas.Diante da mudança drástica de atitude de Jéssica, Fabíola soltou um riso frio:- Você não queria este carro? Então, é seu.- Não, não, não. - Jéssica acenou rapidamente com as mãos. - Já que é o seu pedido, o carro é seu. Vou procurar em outra loja.Dizendo isso, Jéssica apressou-se em chamar seus seguranças para ir embora.Antes de sair, Jéssica fez questão de agradecer a Viviane.- Srta. Viviane, muito obrigada. Se não fosse por você hoje, eu teria ofendido a família Cabral. - Jéssica entregou a Viviane um convite. - Daqui a alguns dias, vamos dar uma festa em casa. Por favor, não falte. Quero agradecer-lhe devidamente. Ah, e talvez meu marido também esteja lá. Você definitivamente deve ir.Depois de falar rapidamente, Jéssica saiu correndo da concessionária.Vendo Jéssica fugindo, Viviane e Fa
Viviane soube que a concessionária ia entregar a ela o outro, e também o último, carro esportivo e ficou atônita por vários segundos.- Este é o nosso agradecimento. - Disse o gerente, nem ele mesmo acreditando em suas palavras.Naturalmente, Viviane também não acreditava:- Não posso aceitar um presente tão valioso.- Você merece. - De repente, uma voz ecoou do segundo andar.Viviane olhou para cima e viu Gustavo, altivo, olhando para baixo em sua direção.As sobrancelhas de Viviane se franziram imediatamente.O tom quase condescendente de Gustavo a deixou desconfortável.- Não é necessário.Embora ela gostasse daquele carro esportivo, se fosse um presente de Gustavo, ela preferiria recusar.Viviane então disse ao vendedor:- Voltarei em outra ocasião. - Após falar, ela se dirigiu à porta.O vendedor e o gerente trocaram olhares confusos.Eles sabiam do casamento de Viviane, mas suas lembranças ainda estavam na época em que Viviane cuidava humildemente de Gustavo, enquanto ele clarame
O gerente, sem ousar tomar uma decisão sozinho, olhou novamente para Gustavo. O olhar de Gustavo se esfriou:- Vá.Somente então o gerente correu para fazer o necessário. Depois que tudo estava resolvido, Viviane, segurando a chave do carro, se aproximou de Gustavo:- Obrigada, Sr. Gustavo.Gustavo agarrou o pulso de Viviane:- Viviane, eu posso te dar qualquer compensação que você quiser, exceto Débora. Débora é muito importante para mim, eu não posso...Viviane interrompeu friamente:- Isso é problema seu. - Dizendo isso, ela se soltou de Gustavo, abriu a porta, sentou-se ao volante e, dirigindo, se afastou com estilo.Gustavo olhou Viviane se afastando, com as sobrancelhas cada vez mais franzidas. Ele finalmente entendeu a tristeza nos olhos de Viviane. Foi porque ele não lidou com Débora, fazendo com que ela se desapontasse, não foi? Mas ele realmente não podia lidar com Débora. Embora agora ele não a amasse como antes, ela ainda significava muito para ele. Mesmo que um dia ele não
Ricardo tirou um charuto da caixa sobre a mesa, colocando-o entre os lábios e acendendo-o. A fumaça ondulante subia, escondendo seu rosto inteiro no nevoeiro, tornando impossível discernir sua expressão. Perto de Viviane, ele raramente fumava. Primeiro, para não expô-la à fumaça do charuto; segundo, temia que o charuto caro revelasse sua identidade. E charutos baratos, ele simplesmente não conseguia fumar. Pensando que não teria mais essas preocupações, os olhos de Ricardo escureceram ainda mais, gerando ondas que quase sufocavam Amadeu.Amadeu, com pena, se defendeu:- Sr. Ricardo, não pode ser eu, pense bem. Eu sigo o senhor todos os dias, raramente encontro a Sra. Barros. Como eu poderia revelar sua identidade?Ricardo olhou para cima, seus olhos estreitando:- Certo, não foi você. Então, quem foi?Ao ouvir isso, Amadeu soube que Ricardo não suspeitava dele. Ele respirou aliviado e enxugou o suor da testa:- Não sei disso, mas... - Seus olhos brilharam. - Vou investigar imediatament
Viviane avançou com discrição:- O que aconteceu?Assim que ela falou, Rosa, que estava confrontando Débora, rapidamente se juntou a Viviane:- Viviane, a Srta. Débora lá em cima quer distribuir presentes para nós, dizendo que é o primeiro dia de abertura e quer dar alguns presentes, eu disse que não era necessário, mas eles insistiram em entrar.Rosa não era tola, ela sabia que Débora e Viviane não se davam bem.Essa história de dar presentes no dia de abertura era apenas uma desculpa para desestabilizar o moral do Grupo Ribeiro.Atrás de Débora estava Raquel, que, após convencer mais de cem pessoas a deixar o Grupo Ribeiro, juntou-se à empresa de Débora.Raquel, achando que tinha agarrado uma grande oportunidade, retomou sua arrogância assim que viu Viviane.- É só um presente, vocês precisam agir como se estivessem se protegendo contra ladrões? Será que estão com medo de que o tratamento na nossa empresa seja melhor e todos os seus funcionários fujam?Viviane se aproximou dos presen