O rosto de Jéssica tornou-se extremamente pálido, e ela olhou para Fabíola com um sorriso forçado:- Nunca imaginei que você fosse a herdeira da família Cabral. Peço desculpas, peço desculpas.Diante da mudança drástica de atitude de Jéssica, Fabíola soltou um riso frio:- Você não queria este carro? Então, é seu.- Não, não, não. - Jéssica acenou rapidamente com as mãos. - Já que é o seu pedido, o carro é seu. Vou procurar em outra loja.Dizendo isso, Jéssica apressou-se em chamar seus seguranças para ir embora.Antes de sair, Jéssica fez questão de agradecer a Viviane.- Srta. Viviane, muito obrigada. Se não fosse por você hoje, eu teria ofendido a família Cabral. - Jéssica entregou a Viviane um convite. - Daqui a alguns dias, vamos dar uma festa em casa. Por favor, não falte. Quero agradecer-lhe devidamente. Ah, e talvez meu marido também esteja lá. Você definitivamente deve ir.Depois de falar rapidamente, Jéssica saiu correndo da concessionária.Vendo Jéssica fugindo, Viviane e Fa
Viviane soube que a concessionária ia entregar a ela o outro, e também o último, carro esportivo e ficou atônita por vários segundos.- Este é o nosso agradecimento. - Disse o gerente, nem ele mesmo acreditando em suas palavras.Naturalmente, Viviane também não acreditava:- Não posso aceitar um presente tão valioso.- Você merece. - De repente, uma voz ecoou do segundo andar.Viviane olhou para cima e viu Gustavo, altivo, olhando para baixo em sua direção.As sobrancelhas de Viviane se franziram imediatamente.O tom quase condescendente de Gustavo a deixou desconfortável.- Não é necessário.Embora ela gostasse daquele carro esportivo, se fosse um presente de Gustavo, ela preferiria recusar.Viviane então disse ao vendedor:- Voltarei em outra ocasião. - Após falar, ela se dirigiu à porta.O vendedor e o gerente trocaram olhares confusos.Eles sabiam do casamento de Viviane, mas suas lembranças ainda estavam na época em que Viviane cuidava humildemente de Gustavo, enquanto ele clarame
O gerente, sem ousar tomar uma decisão sozinho, olhou novamente para Gustavo. O olhar de Gustavo se esfriou:- Vá.Somente então o gerente correu para fazer o necessário. Depois que tudo estava resolvido, Viviane, segurando a chave do carro, se aproximou de Gustavo:- Obrigada, Sr. Gustavo.Gustavo agarrou o pulso de Viviane:- Viviane, eu posso te dar qualquer compensação que você quiser, exceto Débora. Débora é muito importante para mim, eu não posso...Viviane interrompeu friamente:- Isso é problema seu. - Dizendo isso, ela se soltou de Gustavo, abriu a porta, sentou-se ao volante e, dirigindo, se afastou com estilo.Gustavo olhou Viviane se afastando, com as sobrancelhas cada vez mais franzidas. Ele finalmente entendeu a tristeza nos olhos de Viviane. Foi porque ele não lidou com Débora, fazendo com que ela se desapontasse, não foi? Mas ele realmente não podia lidar com Débora. Embora agora ele não a amasse como antes, ela ainda significava muito para ele. Mesmo que um dia ele não
Ricardo tirou um charuto da caixa sobre a mesa, colocando-o entre os lábios e acendendo-o. A fumaça ondulante subia, escondendo seu rosto inteiro no nevoeiro, tornando impossível discernir sua expressão. Perto de Viviane, ele raramente fumava. Primeiro, para não expô-la à fumaça do charuto; segundo, temia que o charuto caro revelasse sua identidade. E charutos baratos, ele simplesmente não conseguia fumar. Pensando que não teria mais essas preocupações, os olhos de Ricardo escureceram ainda mais, gerando ondas que quase sufocavam Amadeu.Amadeu, com pena, se defendeu:- Sr. Ricardo, não pode ser eu, pense bem. Eu sigo o senhor todos os dias, raramente encontro a Sra. Barros. Como eu poderia revelar sua identidade?Ricardo olhou para cima, seus olhos estreitando:- Certo, não foi você. Então, quem foi?Ao ouvir isso, Amadeu soube que Ricardo não suspeitava dele. Ele respirou aliviado e enxugou o suor da testa:- Não sei disso, mas... - Seus olhos brilharam. - Vou investigar imediatament
Viviane avançou com discrição:- O que aconteceu?Assim que ela falou, Rosa, que estava confrontando Débora, rapidamente se juntou a Viviane:- Viviane, a Srta. Débora lá em cima quer distribuir presentes para nós, dizendo que é o primeiro dia de abertura e quer dar alguns presentes, eu disse que não era necessário, mas eles insistiram em entrar.Rosa não era tola, ela sabia que Débora e Viviane não se davam bem.Essa história de dar presentes no dia de abertura era apenas uma desculpa para desestabilizar o moral do Grupo Ribeiro.Atrás de Débora estava Raquel, que, após convencer mais de cem pessoas a deixar o Grupo Ribeiro, juntou-se à empresa de Débora.Raquel, achando que tinha agarrado uma grande oportunidade, retomou sua arrogância assim que viu Viviane.- É só um presente, vocês precisam agir como se estivessem se protegendo contra ladrões? Será que estão com medo de que o tratamento na nossa empresa seja melhor e todos os seus funcionários fujam?Viviane se aproximou dos presen
Raquel ficou atônita por alguns segundos antes de reagir, puxando um sorriso irônico:- Isso é falso, por que eu deveria acreditar?Viviane respondeu:- Parece que você não desiste, mas tudo bem, agora eu tenho tempo, vamos lá.Dizendo isso, Viviane pegou as chaves do carro e caminhou em direção ao elevador.Raquel, confusa, olhou para Débora.Débora também não sabia o que Viviane estava planejando.Ela olhou para Raquel, sugerindo que a seguisse para descobrir.Raquel não teve escolha senão seguir os passos de Viviane.Depois de andar um pouco, Viviane viu que Rosa ainda estava parada no mesmo lugar e falou:- Rosa, venha também, como testemunha.Rosa apressadamente seguiu Viviane.Observando o perfil sereno de Viviane, o coração de Rosa estava na boca.Ela podia não entender muito de carros de luxo, mas sabia que aquele carro esportivo era um modelo clássico, não acessível a qualquer um.Mas vendo a calma de Viviane, ela não pôde deixar de acreditar que Viviane realmente tinha um car
Raquel olhou com desprezo e disse:- Isso é seu? Você deve ter pegado emprestado de alguém, não é?Enquanto isso, do outro lado da linha, Gustavo, irritado, arrancava a gravata:- O que foi agora?Débora falou:- Gustavozito, ouvi dizer que na sua concessionária 4s tem um carro esportivo, e que esse modelo é muito difícil de encontrar. Você pode reservá-lo para mim?Enquanto Débora falava ao telefone com Gustavo, Raquel avaliava o carro de luxo, criticando sem parar:- Se não é emprestado, então é falso. Viviane, para manter as aparências, você realmente não mede esforços. Olhe para a Débora, ela encontrou um homem de verdade, tudo o que quer, ela consegue. Agora olhe para o seu homem...Duas vozes afiadas ecoaram simultaneamente no estacionamento subterrâneo. Raquel, furiosa, cobriu a bochecha ardente e correu para puxar os cabelos de Viviane, mas foi fortemente empurrada por ela.Raquel perdeu o controle e bateu no carro esportivo, gritando de dor.Mas ela não se conteve:- Viviane,
Raquel, assustada, corria em direção ao elevador, tropeçando e rolando como se estivesse sendo perseguida por zumbis, freneticamente apertando o botão do elevador.Viviane observava-a friamente, esperando até que sua figura desaparecesse completamente na entrada do elevador, antes de se virar para Rosa:- Vamos.- Claro. - Rosa olhou para Débora com um ar de triunfo, aproximando-se de Viviane e provocando deliberadamente. - Viviane, esse carro esportivo é muito bonito.Viviane sabia que ela estava apenas tentando irritar Débora e sorriu.Quando as duas voltaram ao escritório, Rosa perguntou:- Viviane, após o incidente de hoje, as pessoas de cima não vão mais nos incomodar, né?Viviane conhecia Débora muito bem:- Não vão? A menos que o Grupo Ribeiro feche, ela sempre vai nos causar problemas.- Ah, que chato. - Rosa franzia a testa. - Viviane, não há mesmo uma maneira de lidar com ela?Viviane sorriu levemente. "Enquanto Gustavo quiser proteger Débora, ela poderá viver bem nesta cida