Viviane retornou ao escritório, massageando as têmporas.Essa era a sua batalha para se provar, e ela tinha que vencê-la.Respirando fundo, Viviane ligou o computador, acessou a intranet e buscou informações sobre Kevin, imprimindo tudo.O arquivo indicava que Kevin tinha suas próprias preferências singulares para embalagens de cosméticos, favoráveis a cores vibrantes e audaciosas, com um estilo preferencialmente ousado e inovador.Viviane visualizou alguns dos designs apresentados e franziu a testa.Ela realmente não conseguia concordar com o gosto de Kevin.No entanto, o design desta vez precisava ser aprovado por Kevin, então Viviane continuou a observar, mesmo relutante.Quando chegou o fim do expediente, Viviane ainda não tinha nenhum lampejo de inspiração.Ela arrumou os documentos e retirou da gaveta o colar que Gustavo lhe deu, preparando-se para sair.No andar térreo, muitos colegas de trabalho que haviam terminado seu dia olhavam para Viviane com interesse.Com confiança, Viv
Nesse momento, uma voz relutante de Gustavo ecoou da porta:- Vovô, voltei.No instante seguinte, ao ver Viviane ao lado do velho senhor, ele parou estupefatamente.Vestida com sua indumentária profissional, Viviane não era mais a mesma mulher tímida do passado. Ela exalava confiança e elegância de uma mulher de negócios, tornando impossível ignorar o brilho que emanava dela.A garganta de Gustavo se moveu, e ele iniciou a conversa:- Quando você voltou?Viviane, com uma expressão serena, respondeu:- Alguns dias atrás. - Completou, virando-se para o velho. - Vovô, vou indo.Ao passar por Gustavo e considerando a presença do velho, Viviane pediu:- Sr. Gustavo, pode vir aqui fora um instante?O suave perfume da jovem pairava no ar, fazendo o coração de Gustavo pular. Quase instintivamente, ele assentiu. Depois de concordar, sentiu um pingo de arrependimento e rapidamente acrescentou:- Pode falar aqui mesmo.Viviane franziu a testa e, sem dar atenção a Gustavo, virou-se e saiu.Gustavo
Após várias curvas, o carro finalmente diminuiu a velocidade. O motorista, sem mudar sua expressão, olhou pelo espelho retrovisor para o veículo que os perseguia, mas que agora estava fora de vista:- Há um pequeno problema com o carro. Levarei para uma revisão esta noite. Não deve ser sério e não afetará a viagem da Srta. Viviane.Viviane franziu a testa, duvidando da afirmação do motorista de que não era um problema grave. Contudo, durante o resto da viagem, o carro não apresentou mais problemas. Ela não disse mais nada, apenas aconselhou ao motorista a ser mais cauteloso no caminho de volta e entrou na mansão da família Morais.- Inúteis, todos vocês são inúteis! - Fernando, furioso, deu um chute em um dos guarda-costas que tinha retornado para informá-lo. - De que adianta mantê-los? Pedi que investigassem e, depois de tanto tempo, ainda não descobriram quem é o adversário! Mandei que ficassem de guarda no aeroporto e, mesmo sob seus olhos, não encontraram ninguém! Agora, vocês nem
Júlio estava desanimado:- Não quero ir.Ricardo não perdeu tempo discutindo com Júlio. Desligou o telefone e enviou-lhe o endereço. Menos de uma hora depois, os dois se encontraram no bar.Júlio havia reservado uma sala VIP. Ao ver Ricardo entrar sozinho, ele torceu o nariz:- Só veio você?Ricardo retirou um cigarro do maço, colocou-o entre os lábios e o acendeu, afundando-se preguiçosamente no sofá:- Queria que viessem quantos mais?- Viviane não veio com você? Ela sabe que você veio ao bar e não se opôs?Com o cigarro entre os dentes, Ricardo respondeu de forma monótona:- Ela não sabe que eu vim.- Brigaram de novo?Ricardo acendeu de repente o isqueiro, e sua luz brilhante iluminou seus traços agudos. Ele baixou o olhar, seus longos cílios ocultando seus olhos, e respondeu com uma voz da qual era difícil decifrar as emoções.- Por que brigar?Júlio, movido pela curiosidade, se aproximou.Ricardo soltou uma baforada de fumaça e, sem responder, esboçou um sorriso:- Dizem que os h
Depois de mais de meia hora, Viviane finalmente chegou ao bar mencionado por Júlio. Observando a movimentação incessante dos veículos e pessoas ao redor, Viviane começou a duvidar profundamente."Não é uma rua movimentada? Como não conseguem chamar um motorista para substituí-los?"Ela não teve tempo para pensar muito nisso, pois avistou Júlio acenando para ela ao longe:- Aqui!Viviane se apressou em sua direção, e viu Ricardo, parado um pouco mais adiante, encostado em uma coluna. Com a iluminação noturna fraca, ela não conseguiu discernir seus traços. Ao se aproximar, percebeu que ele estava com os olhos semicerrados, com uma expressão dolorosa e um cheiro forte de álcool. Parecia que ele havia bebido bastante.- Ricardo!Ela deu leves tapinhas no rosto dele. Ricardo abriu os olhos e seus olhares se cruzaram inesperadamente. O corpo de Viviane estremeceu involuntariamente, como se tivesse visto um gatinho ferido, e suas mãos se moveram com uma suavidade que nem ela percebeu:- Vamos
Naquela manhã, Viviane estava inquieta. A imagem de Ricardo dominava seus pensamentos. Ela tinha razões para suspeitar que Ricardo estava tentando seduzi-la, fazendo-a esquecer completamente o motivo de sua discussão. Era inegável que seu plano estava funcionando bem. Ela estava quase cedendo.Enquanto estava perdida em seus pensamentos, viu Rosa passando pela porta, como uma alma penada. A princípio, Viviane não deu muita importância, mas após Rosa passar, percebeu que algo estava errado.- Rosa...Segundos depois, Rosa, com uma expressão desolada, apareceu à porta. Seus olhos estavam vermelhos e seu cabelo, molhado, grudava em seu rosto, dando-lhe uma aparência de desalento.- O que aconteceu?Rosa baixou a cabeça, apertando os lábios, hesitante em falar.Viviane, firme, apoiou-se na mesa:- Me responda!A presença dominante de Viviane assustou Rosa, que gaguejou:- Eu... Eu estava indo à sala de descanso pegar água e ouvi algumas pessoas falando de você. Eu defendi você e, em respos
Olívia foi pega de surpresa e demorou um bom meio minuto para fechar os olhos e enxugar as gotas de água de seu rosto. Depois de um breve momento, ela ergueu a mão para esbofetear Viviane.No entanto, Viviane segurou seu pulso com firmeza e a repreendeu com um tom gelado:- Não foi o que a vice-diretora disse? Não faça um alarde por pequenas coisas!Olívia sentia uma raiva reprimida, como se estivesse presa no peito, quase a levando à loucura. Ela grunhiu com os dentes cerrados:- Viviane!Viviane deu um leve sorriso e, virando-se para todos os que assistiam ao show, declarou:- Enquanto eu estiver no departamento de design, não permitirei nenhum tipo de bullying. Se isso acontecer novamente, peço que se demitam. Caso contrário, vou detalhar o motivo da demissão no relatório! - Terminando, ela lançou um olhar para Rosa. - Vamos.Rosa olhava para Viviane com admiração e, somente depois que Viviane se distanciou, ela despertou de seu transe e correu para alcançá-la. Ao entrarem no escrit
Viviane aceitou o acordo de aposta de Yago, não foi uma decisão tomada por impulso, ela simplesmente confiava em si mesma. Depois de organizar os rascunhos de design que estavam pela metade, Viviane olhou o relógio e percebeu que estava na hora de encerrar o expediente.Ela não hesitou e foi direto para o térreo bater o ponto. Ao chegar na porta, notou que muitos olhares estavam voltados para ela. Franziu ligeiramente a testa. O olhar deles era completamente diferente do dia anterior. Agora, parecia cheio de expectativa e excitação. No instante seguinte, Viviane viu uma Ferrari vermelha estacionada à porta. Sua cor ardente fez com que ela imediatamente chamasse a atenção. Mas o que chamava ainda mais atenção era Gustavo, apoiado ao lado do carro. Com uma aparência atraente e expressão fria, ele era o centro das atenções. Quando ele viu Viviane, caminhou em sua direção, sem mostrar qualquer expressão no rosto.- Vim buscar você. - Disse ele.Como se não tivesse ouvido o que Gustavo dis