Nesse momento, alguém tomou a palavra e disse:- Parece que Olívia já trabalhou com o Sr. Kevin no passado, não é?Olívia sorriu com um ar triunfante:- Sim, há três anos, quando ainda estava no exterior como designer, tive a honra de criar uma máscara antienvelhecimento para o Sr. Kevin.- Eu me lembro! Ouvi dizer que Sr. Kevin elogiou muito o seu trabalho e até pretendia fazer um contrato com você. O que aconteceu para que isso não continuasse?- Tive um problema familiar na época e precisei voltar para o país.Todos pareciam profundamente tocados por sua resposta.Então, outra pessoa sugeriu:- Já que Olívia trabalhou com Sr. Kevin há três anos, acho que ela deveria ficar encarregada disso. Tenho certeza de que ela apresentará algo que deixará o Sr. Kevin satisfeito.Os outros concordaram com acenos de cabeça.Entretanto, o olhar de Yago estava fixo em Viviane:- E você, Srta. Viviane, o que acha?Só então o grupo se lembrou de que Viviane era a diretora do departamento de design. N
Viviane retornou ao escritório, massageando as têmporas.Essa era a sua batalha para se provar, e ela tinha que vencê-la.Respirando fundo, Viviane ligou o computador, acessou a intranet e buscou informações sobre Kevin, imprimindo tudo.O arquivo indicava que Kevin tinha suas próprias preferências singulares para embalagens de cosméticos, favoráveis a cores vibrantes e audaciosas, com um estilo preferencialmente ousado e inovador.Viviane visualizou alguns dos designs apresentados e franziu a testa.Ela realmente não conseguia concordar com o gosto de Kevin.No entanto, o design desta vez precisava ser aprovado por Kevin, então Viviane continuou a observar, mesmo relutante.Quando chegou o fim do expediente, Viviane ainda não tinha nenhum lampejo de inspiração.Ela arrumou os documentos e retirou da gaveta o colar que Gustavo lhe deu, preparando-se para sair.No andar térreo, muitos colegas de trabalho que haviam terminado seu dia olhavam para Viviane com interesse.Com confiança, Viv
Nesse momento, uma voz relutante de Gustavo ecoou da porta:- Vovô, voltei.No instante seguinte, ao ver Viviane ao lado do velho senhor, ele parou estupefatamente.Vestida com sua indumentária profissional, Viviane não era mais a mesma mulher tímida do passado. Ela exalava confiança e elegância de uma mulher de negócios, tornando impossível ignorar o brilho que emanava dela.A garganta de Gustavo se moveu, e ele iniciou a conversa:- Quando você voltou?Viviane, com uma expressão serena, respondeu:- Alguns dias atrás. - Completou, virando-se para o velho. - Vovô, vou indo.Ao passar por Gustavo e considerando a presença do velho, Viviane pediu:- Sr. Gustavo, pode vir aqui fora um instante?O suave perfume da jovem pairava no ar, fazendo o coração de Gustavo pular. Quase instintivamente, ele assentiu. Depois de concordar, sentiu um pingo de arrependimento e rapidamente acrescentou:- Pode falar aqui mesmo.Viviane franziu a testa e, sem dar atenção a Gustavo, virou-se e saiu.Gustavo
Após várias curvas, o carro finalmente diminuiu a velocidade. O motorista, sem mudar sua expressão, olhou pelo espelho retrovisor para o veículo que os perseguia, mas que agora estava fora de vista:- Há um pequeno problema com o carro. Levarei para uma revisão esta noite. Não deve ser sério e não afetará a viagem da Srta. Viviane.Viviane franziu a testa, duvidando da afirmação do motorista de que não era um problema grave. Contudo, durante o resto da viagem, o carro não apresentou mais problemas. Ela não disse mais nada, apenas aconselhou ao motorista a ser mais cauteloso no caminho de volta e entrou na mansão da família Morais.- Inúteis, todos vocês são inúteis! - Fernando, furioso, deu um chute em um dos guarda-costas que tinha retornado para informá-lo. - De que adianta mantê-los? Pedi que investigassem e, depois de tanto tempo, ainda não descobriram quem é o adversário! Mandei que ficassem de guarda no aeroporto e, mesmo sob seus olhos, não encontraram ninguém! Agora, vocês nem
Júlio estava desanimado:- Não quero ir.Ricardo não perdeu tempo discutindo com Júlio. Desligou o telefone e enviou-lhe o endereço. Menos de uma hora depois, os dois se encontraram no bar.Júlio havia reservado uma sala VIP. Ao ver Ricardo entrar sozinho, ele torceu o nariz:- Só veio você?Ricardo retirou um cigarro do maço, colocou-o entre os lábios e o acendeu, afundando-se preguiçosamente no sofá:- Queria que viessem quantos mais?- Viviane não veio com você? Ela sabe que você veio ao bar e não se opôs?Com o cigarro entre os dentes, Ricardo respondeu de forma monótona:- Ela não sabe que eu vim.- Brigaram de novo?Ricardo acendeu de repente o isqueiro, e sua luz brilhante iluminou seus traços agudos. Ele baixou o olhar, seus longos cílios ocultando seus olhos, e respondeu com uma voz da qual era difícil decifrar as emoções.- Por que brigar?Júlio, movido pela curiosidade, se aproximou.Ricardo soltou uma baforada de fumaça e, sem responder, esboçou um sorriso:- Dizem que os h
Depois de mais de meia hora, Viviane finalmente chegou ao bar mencionado por Júlio. Observando a movimentação incessante dos veículos e pessoas ao redor, Viviane começou a duvidar profundamente."Não é uma rua movimentada? Como não conseguem chamar um motorista para substituí-los?"Ela não teve tempo para pensar muito nisso, pois avistou Júlio acenando para ela ao longe:- Aqui!Viviane se apressou em sua direção, e viu Ricardo, parado um pouco mais adiante, encostado em uma coluna. Com a iluminação noturna fraca, ela não conseguiu discernir seus traços. Ao se aproximar, percebeu que ele estava com os olhos semicerrados, com uma expressão dolorosa e um cheiro forte de álcool. Parecia que ele havia bebido bastante.- Ricardo!Ela deu leves tapinhas no rosto dele. Ricardo abriu os olhos e seus olhares se cruzaram inesperadamente. O corpo de Viviane estremeceu involuntariamente, como se tivesse visto um gatinho ferido, e suas mãos se moveram com uma suavidade que nem ela percebeu:- Vamos
Naquela manhã, Viviane estava inquieta. A imagem de Ricardo dominava seus pensamentos. Ela tinha razões para suspeitar que Ricardo estava tentando seduzi-la, fazendo-a esquecer completamente o motivo de sua discussão. Era inegável que seu plano estava funcionando bem. Ela estava quase cedendo.Enquanto estava perdida em seus pensamentos, viu Rosa passando pela porta, como uma alma penada. A princípio, Viviane não deu muita importância, mas após Rosa passar, percebeu que algo estava errado.- Rosa...Segundos depois, Rosa, com uma expressão desolada, apareceu à porta. Seus olhos estavam vermelhos e seu cabelo, molhado, grudava em seu rosto, dando-lhe uma aparência de desalento.- O que aconteceu?Rosa baixou a cabeça, apertando os lábios, hesitante em falar.Viviane, firme, apoiou-se na mesa:- Me responda!A presença dominante de Viviane assustou Rosa, que gaguejou:- Eu... Eu estava indo à sala de descanso pegar água e ouvi algumas pessoas falando de você. Eu defendi você e, em respos
Olívia foi pega de surpresa e demorou um bom meio minuto para fechar os olhos e enxugar as gotas de água de seu rosto. Depois de um breve momento, ela ergueu a mão para esbofetear Viviane.No entanto, Viviane segurou seu pulso com firmeza e a repreendeu com um tom gelado:- Não foi o que a vice-diretora disse? Não faça um alarde por pequenas coisas!Olívia sentia uma raiva reprimida, como se estivesse presa no peito, quase a levando à loucura. Ela grunhiu com os dentes cerrados:- Viviane!Viviane deu um leve sorriso e, virando-se para todos os que assistiam ao show, declarou:- Enquanto eu estiver no departamento de design, não permitirei nenhum tipo de bullying. Se isso acontecer novamente, peço que se demitam. Caso contrário, vou detalhar o motivo da demissão no relatório! - Terminando, ela lançou um olhar para Rosa. - Vamos.Rosa olhava para Viviane com admiração e, somente depois que Viviane se distanciou, ela despertou de seu transe e correu para alcançá-la. Ao entrarem no escrit