— É assim, tenho uma pilha de prontuários que ainda não foram inseridos no computador, você pode me ajudar? — Viviane olhou para a espessa pilha de documentos e, sem hesitar, respondeu: — Claro. — Então vou para o quarto ao lado. — Disse o médico a Viviane, pegando os prontuários e saindo da sala. Com a saída do médico, o ambiente ficou imediatamente silencioso. Viviane, resignada, encarou os papéis e começou a registrar os casos. No entanto, enquanto se concentrava na tarefa, a energia do computador cortou repentinamente. Viviane pressionou algumas teclas, mas nada aconteceu; logo percebeu que não era um problema do computador, mas uma queda de energia no hospital. Viviane ficou em silêncio. A falta de energia era uma grande questão, e o hospital deveria ter geradores; ela só precisava aguardar ali. Nesse instante, dois médicos que se escondiam na esquina do corredor trocavam olhares. — A Sra. Barros está tão calma, eu pensei que ela fosse gritar. — Comentou um médico, um po
Amadeu mal havia virado a cabeça e já se deparou com Viviane, que segurava um copo:— Um fantasma!O grito agudo veio de Amadeu. No instante em que o som ecoou, uma figura apressada saiu do quarto ao lado. No entanto, ao ver a cena do lado de fora, a pessoa estagnou. Viviane estava puxando com força o cabelo de uma "mulher fantasma"... Não, fantasma não podia ser, já que fantasmas não existiam. Era uma mulher, afinal. A mulher gemia de dor e recuava, tentando escapar.Tudo virou um verdadeiro caos. Foi então que o corredor escuro se iluminou repentinamente, revelando o rosto do "fantasma" para todos. Ao reconhecer a figura como Amadeu, tanto Viviane quanto Ricardo ficaram imóveis, chocados.— Como assim, é você? — Viviane segurava em mãos um punhado de cabelos arrancados de Amadeu, perplexa. Logo em seguida, ela se virou para Ricardo, e um lampejo de compreensão surgiu em seu rosto. — Agora entendi. Você planejou essa palhaçada para se passar por um fantasma e fazer alguém vir me res
Amadeu observava, cabisbaixo, a figura de Ricardo se afastando. Embora Ricardo não o tivesse repreendido diretamente desta vez, a indiferença dele foi ainda mais dolorosa para Amadeu do que qualquer bronca. Quando a silhueta de Ricardo desapareceu de vista, Amadeu finalmente se virou e, com um tom tenso, questionou o médico:— Por que você não defendeu o Sr. Ricardo antes?O médico, sem hesitar, respondeu com a calma de quem já havia antecipado a pergunta:— Você viu a situação, não? Mesmo que eu dissesse à Sra. Barros que isso tudo foi ideia minha, você acha que ela acreditaria em mim? Pelo contrário, ela poderia achar que estou do mesmo lado que vocês, e daqui em diante, nada do que eu disser terá crédito. E, caso a situação de hoje se repita, se o Sr. Ricardo se preocupar com ela e não souber como entrar em contato, quem você acha que vai ter que ligar?As palavras do médico tinham lógica, e Amadeu não pôde deixar de ser persuadido:— E agora, o que a gente faz? Pelo jeito, a Sra.
Viviane permaneceu em silêncio. A conversa com Hugo terminou assim, e seus pensamentos logo voltaram ao Ricardo. Aquela noite estava destinada a ser mais uma noite de insônia. Viviane não conseguiu dormir. No dia seguinte, ao acordar, ela encontrou Amadeu na porta. Amadeu a observou, abriu a boca como se fosse falar, mas, por algum motivo, acabou desistindo. No instante seguinte, Viviane finalmente entendeu a razão. Porque Ricardo estava logo atrás de Amadeu. E quando Ricardo viu Viviane, seus olhos nem sequer a encararam. Ele simplesmente passou direto. Uma sensação de irritação cruzou a mente de Viviane. "Ele errou, e ainda assim parece que sou eu quem está errada?" Pensando nisso, a raiva de Viviane aumentou, e ela saiu irritada. No entanto, ela se afastou na direção oposta a de Ricardo. Ao chegar na empresa, ainda muito irritada, Viviane atendeu ao telefonema de Helena, e sua voz carregava um tom de indignação. — O que aconteceu? Quem fez nossa Vivi fica
Viviane permaneceu em silêncio. Ela não se apressou em responder à mensagem de Hugo. Além disso, Viviane sabia que não poderia aceitar a exigência dele de decidir o horário e o local do encontro. Depois de concluir seus compromissos pela tarde, Viviane foi ao encontro de Laura, conforme combinado. O restaurante escolhido por Laura tinha uma excelente privacidade, sem nenhum risco de serem fotografadas pelos paparazzi. Assim que Viviane entrou, Laura foi imediatamente até ela, recebendo ela com um abraço caloroso: — Viviane, quanto tempo! Eu estava morrendo de saudades de você! Viviane sentiu o coração aquecer com aquele gesto e retribuiu o abraço: — Eu também senti sua falta enquanto você estava fora. E como estão as coisas no set? — Está tudo ótimo. As pessoas do set têm sido muito atenciosas comigo. Todos no set sabiam que Laura estava ligada ao Grupo Ribeiro. E, fora o Grupo Barros, que ousava desrespeitar Laura, os outros sempre a tratavam com muito respeito.
Após fazerem o pedido, as três estavam esperando a comida chegar quando, de repente, Laura mencionou Rosa: — É uma pena que a Rosa não pôde vir. Se ela estivesse aqui, nós quatro estaríamos reunidas. Viviane e Helena ficaram em silêncio. Após um momento, Helena, quebrando o silêncio, disse: — Embora a Rosa não possa estar aqui, podemos ligar para ela. Ela está na família Machado, mas o Osvaldo e sua esposa não podem ficar o tempo todo vigiando ela, impedindo que a Rosa fale conosco, certo? O plano de Helena foi aprovado por todas as presentes. No entanto, quando Helena tentou ligar, ninguém atendeu. Ela fez mais duas ou três tentativas, mas ainda sem sucesso. O que elas não sabiam era que, naquele exato momento, Rosa estava sendo interrogada dentro do santuário da família Machado. Enquanto isso, no santuário da família Machado. Embora já fosse noite, o local estava iluminado de tal forma que parecia ainda ser dia. Todas as luzes do santuário da família Machado est
Esse comportamento era ainda mais desprezível do que uma simples cópia. No entanto, todos os dados dentro da empresa de jogos eram confidenciais, e cada funcionário assinou um acordo de confidencialidade. Eles realizaram uma investigação nos computadores, e-mails e celulares dos empregados, mas não encontraram nenhuma prova de que alguém havia traído a empresa. Enquanto ainda não sabiam quem havia feito isso, de repente, receberam uma denúncia anônima. A denúncia anônima afirmava que Rosa era a responsável e dizia que as provas estavam no quarto dela. Essas pessoas correram até a família Machado. Assim que chegaram, queriam agredir Rosa. Uma parte estava furiosa porque o jogo, pelo qual haviam trabalhado tão arduamente, havia sido destruído, e outra parte carregava rancores pessoais. Osvaldo, depois de ouvir aquelas palavras, sentiu que tudo aquilo parecia completamente improvável. Rosa esteve em casa nos últimos dias e não tinha intimidade com essas pessoas, como poderia
No entanto, depois da ameaça de Rosa de expor tudo, eles abandonaram essa ideia, passando a esperar ansiosamente que Rosa cometesse algum erro, para que pudessem encontrar algo que a incriminasse.Inicialmente, pensaram que isso seria impossível, mas para sua surpresa, Rosa, ao descobrir que eles queriam expulsá-la, ousou vazar segredos da empresa.Diante dessa oportunidade que se apresentou, eles, naturalmente, não deixaram passar, mas, por outro lado, ficaram bastante irritados com a suposição de Rosa de que estavam tentando incriminá-la. Esses veteranos, em seus corações, estavam claramente enfurecidos.— Mas você também não pode explicar por que havia um pen drive na sua bolsa, pode? — Abílio finalmente se acalmou um pouco.Até então, Abílio estava desesperado, tentando descobrir quem era o responsável pelo vazamento de informações da empresa, para poder processá-lo e reaver os danos causados.Porém, com o passar do tempo, Abílio foi se acalmando. Muitas coisas que antes ele não ac