Esse comportamento era ainda mais desprezível do que uma simples cópia. No entanto, todos os dados dentro da empresa de jogos eram confidenciais, e cada funcionário assinou um acordo de confidencialidade. Eles realizaram uma investigação nos computadores, e-mails e celulares dos empregados, mas não encontraram nenhuma prova de que alguém havia traído a empresa. Enquanto ainda não sabiam quem havia feito isso, de repente, receberam uma denúncia anônima. A denúncia anônima afirmava que Rosa era a responsável e dizia que as provas estavam no quarto dela. Essas pessoas correram até a família Machado. Assim que chegaram, queriam agredir Rosa. Uma parte estava furiosa porque o jogo, pelo qual haviam trabalhado tão arduamente, havia sido destruído, e outra parte carregava rancores pessoais. Osvaldo, depois de ouvir aquelas palavras, sentiu que tudo aquilo parecia completamente improvável. Rosa esteve em casa nos últimos dias e não tinha intimidade com essas pessoas, como poderia
No entanto, depois da ameaça de Rosa de expor tudo, eles abandonaram essa ideia, passando a esperar ansiosamente que Rosa cometesse algum erro, para que pudessem encontrar algo que a incriminasse.Inicialmente, pensaram que isso seria impossível, mas para sua surpresa, Rosa, ao descobrir que eles queriam expulsá-la, ousou vazar segredos da empresa.Diante dessa oportunidade que se apresentou, eles, naturalmente, não deixaram passar, mas, por outro lado, ficaram bastante irritados com a suposição de Rosa de que estavam tentando incriminá-la. Esses veteranos, em seus corações, estavam claramente enfurecidos.— Mas você também não pode explicar por que havia um pen drive na sua bolsa, pode? — Abílio finalmente se acalmou um pouco.Até então, Abílio estava desesperado, tentando descobrir quem era o responsável pelo vazamento de informações da empresa, para poder processá-lo e reaver os danos causados.Porém, com o passar do tempo, Abílio foi se acalmando. Muitas coisas que antes ele não ac
Após um momento de silêncio, uma voz urgente finalmente se fez ouvir:— Vocês não podem chamar a polícia!Todos os olhares se voltaram imediatamente para a pessoa que falou. Quando viram quem era, surpresa se estampou no rosto de todos. A responsável pela intervenção era Isadora.— Por que não podemos chamar a polícia? — Osvaldo fixou o olhar em Isadora, como se fosse capaz de penetrar em seus pensamentos mais profundos.Isadora não soube o que responder.Ela não poderia dizer que a razão era porque ela mesma havia armado tudo, que tinha sido ela quem fez a falsa acusação contra a Rosa. Se a polícia fosse chamada, e se eles descobrissem algo sobre ela... Seria problemático, não era mesmo?Felizmente, Amanda, mais rápida em suas reações, rapidamente encontrou uma justificativa:— Uma pessoa da família roubando de outra, isso por si só já é uma grande vergonha. Se isso vazar, não vai ser ainda mais humilhante? Eu realmente acho que o melhor é resolvermos isso entre nós mesmos.Os mais ve
Ter alguém ajudando nas sombras era sempre bom.Rosa sorriu ligeiramente: — É, desde que não seja algo que eu tenha feito, a polícia não pode me difamar. Mas também acredito que, quando alguém faz algo de errado, sempre deixa um rastro.Isadora estava prestes a falar, quando foi puxada para trás por Amanda, que sorria: — Isso mesmo, sempre que se faz algo de errado, um rastro será deixado. Só o criminoso deixa esse rastro, e a polícia com certeza descobrirá quem foi o responsável pelo vazamento. Agora, vamos esperar os resultados da investigação. Já está tarde, e eu e a Isadora vamos voltar para casa! Dito isso, Amanda puxou Isadora para longe. Isadora foi até a porta, mas só conseguiu se libertar do aperto de Amanda quando chegaram perto dela.— Mãe, por que você não deixou eu falar? A Rosa não percebeu nada, né? — Se eu não tivesse te segurado, você ia acabar contando tudo, não ia? — Amanda perguntou, irritada. "Minha filha nunca consegue esconder suas emoções, isso me de
Viviane retornou ao hospital, mas ao chegar ao corredor, percebeu que o quarto ao lado estava silencioso, sem qualquer movimento. Um silêncio incomum, que a fez franzir a testa em confusão.Normalmente, naquela hora, o quarto de Ricardo estava iluminado, com a luz suave e o cheiro inconfundível de comida deliciosa no ar, como se fosse uma tentativa deliberada de atrair alguém para dentro. Mas, naquela noite, tudo estava estranhamente calmo.Com a lembrança dos acontecimentos da noite anterior, Viviane suspeitou que poderiam estar tramando algo de novo. Tomada por uma sensação de inquietação, ela decidiu entrar no quarto.No entanto, quando Viviane voltou de seu check-up, o cenário era o mesmo: o quarto de Ricardo permanecia com as luzes apagadas. Ela franziu a testa e, após um momento de hesitação à porta, acabou por decidir entrar no próprio quarto.Durante a noite, Viviane ficou atenta ao menor som que pudesse vir do quarto ao lado. Mas nada aconteceu. O silêncio persistia, e isso a
Viviane queria testar se aquele chá perfumado realmente tinha o efeito que diziam, se poderia, de fato, fazê-la adormecer imediatamente após ser consumido. Ela realmente precisava dormir.Após voltar ao hospital, Viviane fez os exames com o médico e, após confirmar que não havia nenhum problema de saúde, voltou para o quarto. Na sala ao lado, a porta permanecia fechada, como sempre.O coração de Viviane deu um aperto.O que poderia estar acontecendo? Foi quando uma enfermeira passou por ali, e Viviane a chamou rapidamente:— Olá, gostaria de saber se o paciente no quarto ao lado teve alta.A enfermeira olhou para o quarto. Sendo Ricardo o paciente mais ilustre daquele hospital, ela o reconheceu de imediato.— A senhora se refere ao Sr. Ricardo, não é? Ele ainda não recebeu alta, mas ele não estará no hospital nos próximos dias.— Mas ele foi fazer o quê? As feridas dele já estão curadas?A enfermeira respondeu educadamente:— Isso eu não sei, ouvi apenas os médicos falarem que o Sr.
Júlio observou as expressões daqueles ao seu redor e achou a situação bastante divertida:— O Amadeu não está em perigo, mas...O coração de Viviane disparou imediatamente.— O quê?— Ah, nada. — Júlio lançou um olhar para Ricardo. — Não é ninguém importante mesmo.Viviane ficou em silêncio, processando as palavras.Júlio, se fazendo de surpreso, perguntou:— Será que você ligou, Viviane, não para se preocupar com o secretário Amadeu, mas sim por causa de outra pessoa?Viviane não hesitou em negar:— Não, eu só fiquei preocupada porque não consegui falar com o Amadeu. Eu não me importo com mais ninguém.No entanto, no fundo de seu peito, uma sensação estranha, como mãos invisíveis, arranhava seu coração. Viviane estava desesperada para saber o que havia acontecido com Ricardo. Felizmente, Júlio parecia ter um pouco de consideração:— O Ricardo também está aqui com a gente. Se tiver algo para dizer a ele, pode falar.Viviane arregalou os olhos. Ela havia se contido o máximo possível e
Aquela gargalhada estrondosa fez os copos de água na mesa quase caírem no chão. Ricardo estreitou os olhos. Ele ouviu novamente a voz do homem do lado de fora. — Eu até pensei que o Ricardo teria algo diferente, mas não imaginava que também seria um homem capaz de pensar demais por causa de uma mulher. Isso é curioso. Você é mais interessante do que eu pensava. Mas é assim: você quer que eu te ajude, mas isso não vai acontecer. Vou dar três dias para vocês. Nesse tempo, não podem usar nenhum outro recurso. Se conseguirem me encontrar entre a multidão, eu os ajudarei sem condições.Júlio se apressou em perguntar: — Você falou "multidão", mas que tipo de multidão está falando exatamente?— Que tal isso: vocês me procuram pela cidade inteira. O que acham? — O homem respondeu, e antes que Ricardo ou qualquer um pudesse reagir, a voz de Ângelo ecoou novamente do lado de fora. — Combinado então. A partir de agora, no mesmo horário, daqui a três dias, se não me encontrarem, nunca mais po