Viviane precisava esclarecer tudo; afinal, se por acaso contratassem uma moça de uma família rica e influente, isso poderia causar problemas. Ela não estava preocupada com a capacidade da candidata, mas sim com a possibilidade de que fosse alguém da família Machado.Pareceu que a assistente notou o que Viviane estava pensando e disse:— Esse mesmo questionamento foi feito pelo Catarino, do RH. Ele também perguntou a essa jovem sobre a situação dela. Ela explicou que sua família gastou todos os recursos para custear seu tratamento médico. Agora, com a saúde recuperada, ela quer trabalhar para retribuir todo o sacrifício que seus pais fizeram por ela. O Catarino verificou as informações dela e viu que era verdade. A família tinha uma empresa no ramo de metais e vivia muito bem, mas a companhia acabou falindo de repente, o que surpreendeu muita gente. O motivo era justamente os custos do tratamento da filha.Viviane pegou o dossiê da moça investigado por Catarino e o examinou. Não encont
Enquanto isso, na entrada do prédio, Ricardo ficou paralisado ao ver Viviane saindo acompanhada de um homem. Quando percebeu que era Samuel, sua raiva aumentou."Como assim, o Samuel apareceu de novo?"Amadeu lançou um olhar cuidadoso para a expressão de Ricardo, receoso de dizer algo. Desde a manhã, Ricardo estava de mal humor, e a última coisa que Amadeu queria era provocar mais irritação. Mas, por outro lado, ele sentia uma certa satisfação."Quem mandou eu me esforçar tanto para ajudar o Sr. Ricardo esta manhã? Ele não só não me agradeceu, como ainda ficou bravo. Agora, finalmente, o verdadeiro rival do Sr. Ricardo apareceu."— Sr. Ricardo, devemos voltar? — Perguntou Amadeu.Ricardo, furioso, respondeu:— Voltar? Para onde? Vamos segui-los!Amadeu olhou para Viviane e Samuel, que já haviam atravessado a rua, e, relutante, ligou o carro para acompanhá-los.Logo, Viviane e Samuel entraram em um restaurante japonês.— Sr. Ricardo. — Amadeu olhou novamente para ele.Ricardo, ainda irr
Amadeu observava Ricardo, que quase parecia querer erguer as orelhas, e sentia uma vontade imensa de dizer: "Sr. Ricardo, se você realmente deseja ouvir o que a Sra. Barros tem a dizer, poderia simplesmente ir até a sala ao lado." No entanto, Amadeu não teve coragem de pronunciar essas palavras.— Nós... — Ao mencionar Ricardo, o sorriso de Viviane murchou visivelmente. — Você sabia que Ricardo era tio do Gustavo?Samuel desviou o olhar de Viviane.Viviane, surpresa, exclamou:— Você não pode estar falando sério! Você já sabia da identidade do Ricardo?Samuel respondeu em um tom baixo:— Viviane, não foi minha intenção ocultar isso de você.O peito de Viviane subiu e desceu rapidamente, mas logo ela esboçou um sorriso suave:— Entendi. Vocês já sabiam da identidade do Ricardo, não é?Samuel decidiu não continuar enganando Viviane:— Sim, nós já sabíamos. E, embora talvez cada um tenha suas próprias razões para não te contar, posso garantir que, entre nós, há uma razão que prevalece: c
— Eu ainda acho que há essa possibilidade. Pense bem, depois que os negócios do Grupo Ribeiro começaram a piorar, foi o Grupo Barros que os manteve de pé, e o motivo pelo qual o Grupo Barros quis ajudar o Grupo Ribeiro foi você. Não, para ser mais exato, foi por causa dessa suposta Viviane. Mas se o David soubesse que a suposta Viviane já estava morta, ele certamente não continuaria a apoiar o Grupo Ribeiro.Viviane estreitou os olhos:— Então, o Hugo, para poder continuar obtendo recursos do Grupo Barros, encontrou uma criança para substituir a Viviane original?! — Quanto mais falava, mais medo sentia. — Mas se eu não sou filha do Hugo, quem são meus pais?Samuel a olhou e disse:— Esse é um questionamento que você só poderá fazer aos seus pais.— Já que eles voltaram para o país, então vou perguntar a eles. — Disse Viviane.Samuel acenou com a cabeça e comentou:— Precisa de ajuda?— Não, obrigada. — Viviane sorriu. — Na verdade, já faz muito tempo que não volto para aquele lar.— Se
Não importava para qual quarto Viviane se mudasse, Ricardo poderia, a qualquer momento, estar ao lado dela novamente.— Está tudo bem, eu gosto do quarto atual. Já está tarde, vou voltar, não quero atrapalhar você, doutor. — Disse Viviane.— Tudo bem. — Respondeu o médico, observando a silhueta de Viviane se afastar.Após deixar o consultório, Viviane caminhou lentamente em direção ao seu quarto. Assim que chegou ao corredor, avistou Amadeu parado em frente à sua porta, aparentemente sem fazer nada.Viviane se aproximou, curiosa:— Amadeu, o que você está fazendo aqui?Amadeu, apressado, exclamou:— Sra. Barros, finalmente você voltou! Me ajude, por favor!Viviane ficou confusa:— O que aconteceu?Amadeu a empurrou em direção ao quarto de Ricardo, sussurrando:— Sra. Barros, não pergunte agora. Se você jantar com o Sr. Ricardo, poderá me salvar!Viviane achou aquilo muito estranho. "Como é que um jantar com Ricardo poderia salvar Amadeu?"— Amadeu, o que você está realmente tramando?
As palavras de Ricardo, inicialmente despretensiosas, foram tomadas por Viviane como uma alfinetada de ciúmes. — Ricardo, com quem eu janto não é da sua conta! Não se esqueça, se não fosse para resolver o problema com o Manuel, eu nem precisaria ver você.Em meio à discussão, a racionalidade se dissipou. Ambos desejavam ferir o outro com as palavras mais cortantes.— Então você realmente não quer me ver? — Ricardo pressionou a mão contra o peito, onde a dor ainda o incomodava.Viviane se virou, incapaz de suportar o olhar dele:— Exato, eu não quero te ver! Sempre que te vejo, me sinto como uma macaca sendo manipulada por você.— Muito bem, se você não quer me ver, então saia! Vá embora!— E se eu quiser sair? Você acha que eu estou morrendo de vontade de ficar aqui? — Viviane, cheia de raiva, saiu do quarto de Ricardo.Ao chegar à porta, ela ouviu um tosse violenta vinda de dentro do quarto. Seu passo hesitou, e ela considerou voltar, mas acabou decidindo seguir em frente.Amadeu não
Ricardo decidiu se levantar da cama e foi até a porta do quarto de Viviane. Ele encontrou a porta ainda firmemente fechada, como ela a havia batido na última vez. O silêncio no interior do quarto era profundo; não se ouvia um som.Ricardo imaginou que Viviane provavelmente já havia adormecido. — Desculpe... — Murmurou ele, em voz baixa, do lado de fora da porta. Somente nesse momento, ele conseguiu enfrentar seus próprios sentimentos.Dentro do quarto, no entanto, Viviane não estava dormindo. Ela se sentava na janela, olhando para a lua brilhante no céu. O pedido de desculpas de Ricardo foi tão suave que ela não conseguiu ouvi-lo. Todos os seus pensamentos estavam concentrados naquela lua, e ela não percebeu nada ao seu redor.Continuou a observar a lua em silêncio até que seus olhos começaram a arder. Lentamente, ela baixou a cabeça, mas uma lágrima escorreu de seu olho. Viviane enxugou o rosto com força, como se quisesse apagar qualquer vestígio de tristeza.— Ricardo! Você é um vil
A Flaviane diante de Viviane era extremamente cortês, não parecia carregar nenhuma hostilidade. Viviane respirou fundo, refletindo: "De fato, eu não descansei bem ontem, por isso pensei em algo tão absurdo. Já pedi ao departamento de pessoal para investigar a Flaviane; não deve haver problemas, caso contrário, o diretor do RH não a teria chamado para trabalhar."— Olá, sou Viviane. — Já sabia o nome da Srta. Viviane antes de chegar aqui. Que coincidência, nossos nomes são muito parecidos. — Sim, espero que você se sinta bem aqui. Se tiver qualquer dúvida, pode me procurar a qualquer momento. — Viviane entregou seu número pessoal a Flaviane. Agora, com um número de telefone particular, ficaria mais fácil para se comunicarem. Flaviane olhou para o número em suas mãos, um sorriso sutil se formando em seus lábios.— A Srta. Viviane tem mais alguma pergunta para mim? Se não, posso ir. — Pode ir, sim. Flaviane assentiu e, ao sair do escritório de Viviane e entrar no elevador, seu o