O tempo passava lentamente, segundo a segundo. Com a hora do banquete se aproximando, Helena olhou para o lugar de Gustavo e comentou:— Onde está o Gustavo?Faltavam apenas cinco minutos para o início da festa.Viviane balançou a cabeça. Nesse momento, avistou o casal Machado descendo com sorrisos do segundo andar.— A Rosa já está quase saindo.Helena também direcionou o olhar para Osvaldo e sua esposa:— Sim, ele deveria ter chegado por agora.Enquanto isso, os pensamentos de Viviane estavam longe de Gustavo, focados no casal que descia lentamente.Do outro lado da cidade, Gustavo, cercado, foi forçado a pedir ao motorista que parasse o carro.— Senhor! — O motorista olhava nervosamente pela janela, vendo os veículos que os cercavam.Seis carros, no total, estavam ali, quase na mesma quantidade do deles, mas, por alguma razão, o motorista se sentia muito ansioso.— Eu disse para você parar! — Gustavo falou com frieza, sua expressão inalterada.O motorista obedeceu e estacionou. Assi
"Meu tio realmente quer que eu morra! Mas, tudo bem, quem manda eu também querer que meu tio morra."— Tio, você me chamou aqui para evitar que eu revele sua identidade para a Viviane na festa, não é? — Já que você sabe o que eu quero, por que ainda insiste em fazer isso? — Ricardo olhou para Gustavo. Gustavo soltou uma risada: — Tio, você acha que eu vou desperdiçar uma oportunidade dessas? Durante todo esse tempo, você tem colocado vários membros da guarda-sombra para me vigiar, impedindo que eu me aproxime da Viviane. Agora que finalmente consegui uma chance de vê-la, por que eu desistiria? Ricardo ergueu os olhos para Gustavo e, de repente, com um movimento rápido, agarrou o pulso dele, torcendo ele com força até o braço de Gustavo cair inerte. Ao verem essa cena, os capangas de Gustavo ficaram chocados. Apenas alguns segundos depois, eles se lembraram de apontar suas armas para Ricardo. Os homens de Ricardo também reagiram rapidamente, surgindo do lado de fora do carro
Família Machado. Não apenas Gustavo ainda não havia aparecido, mas até Rosa também estava ausente. As pessoas no salão já haviam começado a discutir isso em voz baixa. — O que está acontecendo? Já se passaram cinco minutos, por que a Rosa ainda não apareceu? — Helena perguntou ansiosa. — Será que algo aconteceu com ela? O olhar de Viviane percorreu os membros da família Machado. Diante do atraso de Rosa, alguns rostos revelavam preocupação, outros alegria, e havia até quem demonstrasse desprezo. Foi então que Isadora e Amanda, da mesa da família Machado, caminharam juntas até a mesa principal. Isadora se aproximou de Osvaldo e perguntou, preocupada: — Tio, por que minha prima ainda não apareceu? Será que aconteceu alguma coisa com ela? O olhar de Viviane imediatamente se fixou em Isadora. "Aquela voz que ouvi no banheiro... Era a voz da Isadora!" Beatriz também olhou para o segundo andar: — Acho melhor eu subir para ver como está a Rosa. — O que você está faze
Amanda, no entanto, não se mostrou nem um pouco preocupada: — Ela ouviu, e daí? Ela não tem nenhuma prova, tem? Eu duvido muito que ela consiga transformar isso em um vestido para a Rosa. Isadora olhou para o andar de cima, se certificando de que não havia sinal da Rosa, soltando um suspiro aliviado: — Mãe, você tem razão. Não há como a Viviane conseguir encontrar um vestido para a Rosa em tão pouco tempo, a menos que ela já tivesse planejado isso com antecedência. Enquanto as duas se regozijavam, o som de uma porta se abrindo ecoou do segundo andar. Todos os olhares se voltaram para lá. Ao ver Rosa sair lentamente, um sorriso de satisfação começou a se formar no rosto de Isadora. No entanto, no segundo seguinte, a expressão de Isadora congelou. Porque! O vestido que Rosa usava era exatamente o mesmo que ela havia escolhido na loja antes. — Como pode ser? Como pode ser? — Murmurou Isadora em voz baixa. Amanda, com sua experiência superior, rapidamente se recompôs
Todos fizeram questão de prestigiar Osvaldo. Afinal, como ele já havia falado, os demais convidados levantaram suas taças e beberam juntos, criando um ambiente de muita alegria. Isadora e Amanda, ao observarem a cena, ficaram profundamente irritadas. Com o jantar já na metade, Isadora e Amanda trocaram um olhar ao ver Rosa saindo e decidiram segui-la. Rosa parou no jardim, e Isadora, cheia de rancor, apertou os punhos antes de se aproximar: — Prima, você realmente está de ótimo humor, aproveitando a vista por aqui. Rosa, ainda segurando sua taça, se virou lentamente, sorrindo enquanto olhava para Isadora: — Quem disse que estou aqui para apreciar a vista? Na verdade, estou esperando por você. A expressão de Isadora mudou imediatamente: — Esperando por mim? — Sim, claro. Você deve estar muito curiosa agora, se perguntando por que meu vestido não foi arruinado por você, não é? — Prima, do que você está falando? Não entendi nada... Sem dizer mais nada, Rosa jogou o v
Gustavo já tinha uma resposta em mente, mas ele ainda se recusava a acreditar naquilo que seu coração lhe dizia:— É por causa da Viviane?— Você acha que está dizendo algo novo?— Então, pela Viviane, você não se importa com as consequências? — Gustavo apertou os punhos com força. — Ricardo, me diga... Se desde o começo a Viviane tivesse se apaixonado por mim, o louco aqui seria você!— Se seria eu, eu não sei. Mas de uma coisa eu tenho certeza: eu jamais machucaria a Vivi!Gustavo respirou fundo, mas aquela sensação sufocante no peito ainda não havia desaparecido. Sem outra opção, ele fechou os olhos com força. Só depois de um longo tempo, os abriu novamente e disse:— Chega de conversa fiada. Já que fui eu quem propus essa aposta, se eu morrer nesta corrida, não vou me arrepender, e a família Barros não vai te incomodar.Ricardo respondeu com tranquilidade:— Então vamos assinar um termo de consentimento.Gustavo assentiu:— Mande seus homens prepararem isso.Em poucos minutos, o do
Os dois motoristas da frente não faziam ideia de que, no banco de trás, não estavam seus verdadeiros líderes. Assim, com a inocente intenção de vencer, cada um deles desejava que seu carro fosse o primeiro a chegar ao topo da montanha.Enquanto isso, os dois ocupantes do banco traseiro permaneciam muito mais calmos. Especialmente Ricardo, que observava a paisagem recuar pela janela, tendo apenas um pensamento em mente: voltar o quanto antes para ver Viviane.De repente, o carro em que Ricardo estava foi atingido com força. Ele olhou pela janela e viu que era o carro de Gustavo. Após a colisão, o veículo de Gustavo disparou para frente como uma flecha solta da corda de um arco.Do banco da frente, o motorista gritou com raiva:— Droga, Sr. Gustavo, devemos ir atrás deles?— Sim. — A resposta de Ricardo foi calma e controlada.Em um estado de alta tensão, o motorista não percebeu a leve diferença no tom de voz de quem estava no banco de trás. Ele simplesmente pisou fundo no acelerador, c
Ricardo concentrou toda sua atenção, pressionando o acelerador com força, sem permitir que o carro atrás tivesse a chance de colidir com ele.— No entanto... — O motorista parecia ter percebido algo, e sorriu. — Seus subordinados são tão habilidosos quanto você, mas será que ele vai acabar matando seu próprio mestre?Mal terminou de falar, o carro de trás bateu com tudo, num golpe impiedoso, como se a vida já não importasse mais. O impacto lançou o carro vários metros à frente. Se não fosse pela firmeza com que Ricardo manteve o controle do veículo, naquele momento eles já teriam ultrapassado a barreira de proteção.O motorista no banco de trás, vendo a cena, riu:— Isso aconteceu mais rápido do que eu esperava.Ricardo lançou um breve olhar ao motorista, sem fazer nada.Curioso, o motorista perguntou:— Por que você não me mata?— Quero que você veja como o Gustavo vai morrer.O motorista se agarrou novamente ao encosto do banco do passageiro:— Você está na frente, ele atrás. Se for