Ricardo concentrou toda sua atenção, pressionando o acelerador com força, sem permitir que o carro atrás tivesse a chance de colidir com ele.— No entanto... — O motorista parecia ter percebido algo, e sorriu. — Seus subordinados são tão habilidosos quanto você, mas será que ele vai acabar matando seu próprio mestre?Mal terminou de falar, o carro de trás bateu com tudo, num golpe impiedoso, como se a vida já não importasse mais. O impacto lançou o carro vários metros à frente. Se não fosse pela firmeza com que Ricardo manteve o controle do veículo, naquele momento eles já teriam ultrapassado a barreira de proteção.O motorista no banco de trás, vendo a cena, riu:— Isso aconteceu mais rápido do que eu esperava.Ricardo lançou um breve olhar ao motorista, sem fazer nada.Curioso, o motorista perguntou:— Por que você não me mata?— Quero que você veja como o Gustavo vai morrer.O motorista se agarrou novamente ao encosto do banco do passageiro:— Você está na frente, ele atrás. Se for
Grupo Machado.— Isso está me matando de ansiedade! A festa está prestes a terminar, e nem o Ricardo nem o Júlio apareceram ainda! — Helena resmungou baixinho, olhando impacientemente para a porta.— Srta. Viviane! — Uma voz familiar ecoou.Viviane e Helena se viraram ao mesmo tempo e, ao ver que era Rosa, Helena ficou tão animada que quase foi até ela para conversar, mas foi contida por Viviane.— Parabéns, Srta. Rosa, por ter voltado à família Machado. — Viviane ergueu sua taça de vinho, brindando à distância com Rosa.Helena também percebeu que estavam em um evento público, com inúmeros olhares fixos nelas. A relação delas com Rosa não era mais a mesma de antes.— Preciso realmente agradecer à Srta. Viviane pelo que aconteceu esta noite. Se não fosse por você ter trazido um vestido idêntico ao meu, quem teria passado vergonha seria eu, e não a Isadora. — Rosa sorriu, embora seu olhar carregasse um toque de melancolia.Isadora havia sido atingida por vinho, lançado pela Rosa, e, com
Rosa acompanhou o ritmo daquelas pessoas e saiu.Helena perguntou a Viviane:— Nós devemos ir dar uma olhada?Viviane respondeu calmamente:— Por que não iríamos?Viviane sentia que Amanda estava fazendo isso de propósito, e que essa situação não era tão simples quanto parecia.— Então, vamos! — Helena segurou a mão de Viviane e, juntas, seguiram aquelas pessoas para fora.Quando chegaram à porta, Helena, ao reconhecer quem estava do lado de fora, teve uma mudança instantânea de expressão.— É ela?Duas pessoas estavam paradas à porta. Uma delas, Helena reconheceu imediatamente. Não era a mãe de criação da Rosa, que antes havia insistido tanto para que a Rosa lhe desse dinheiro? Ah, não, agora deveria se dizer que era a mãe adotiva da Rosa.Ao lado da mãe adotiva da Rosa, estava um rapaz de cerca de vinte anos. Se Helena não estivesse enganada, ele deveria ser o irmão da Rosa.— Quem são vocês? — Amanda, ao ver os dois, perdeu rapidamente o brilho de entusiasmo nos olhos.Amanda pensav
Ao ouvir essas palavras, Beatriz rapidamente segurou o braço de Rosa:— Rosa, não fale assim. Ela é a mãe adotiva que te criou por mais de vinte anos...— Criou? Sim, eles me criaram por mais de vinte anos, mas no mês passado, estavam pensando em me vender por um bom preço. Se não fosse pela Srta. Viviane, eu nem saberia onde estaria agora! O que foi? Já gastou aquele um milhão de reais que te dei? E agora, quanto você pretende pedir dessa vez?Rosa não queria mais discutir sentimentalismos. Sentimentos, afinal, só faziam sentido quando eram compartilhados com pessoas que realmente se importavam. E pessoas como Isabela, cujo único foco era o dinheiro, nunca dariam valor a essas coisas.Isabela, de repente, assumiu uma postura humilde:— O que você está dizendo? Quando foi que eu peguei um milhão de reais? Rosa, eu sei que você ficou muito brava comigo por causa do que aconteceu da última vez, mas naquela época eu estava confusa. Depois, eu mesma não fui até você para explicar tudo?— V
Ao ouvir aquilo, Helena não pôde deixar de comentar com Viviane:— É sempre o mesmo truque. Eles sempre usam essa abordagem para falar da Rosa!Viviane respondeu friamente:— Quem manda os espectadores adorarem isso?— E o que faremos? Vamos deixá-los ficar aqui assim?Viviane olhou para Isabela, que já estava segurando os convidados, derramando lágrimas e dizendo o quanto era difícil a sua vida. Com uma leve ruga na testa, ela observou a cena.Depois de alguns segundos de silêncio, Viviane sorriu ao ver a silhueta da mãe adotiva de Rosa.Quando Isabela, em prantos, chegou perto de Viviane, ela segurou a mão de Isabela.Isabela ficou surpresa ao ver que era Viviane. Seu rosto mudou de cor:— Você não é aquela pessoa?Viviane sorriu suavemente:— Ah, então ainda se lembra de mim. Achei que tivesse me esquecido!— Claro que me lembro de você. Você é a chefe da Rosa. O sucesso dela hoje, devo agradecer a você por isso.Viviane sorriu:— Não precisa agradecer. — Disse ela, mudando sutilmen
— Agora eu entendi! Deve ser você, Rosa, a culpada por essa maré de azar, não é? Desde que você chegou à nossa casa, começamos a ficar tão pobres. — Isabela caminhou em direção a Beatriz. — Tenho certeza de que estou certa. A Rosa foi quem arruinou vocês. Basta expulsá-la e aceitar o meu filho como seu filho adotivo, e eu garanto que sua família voltará ao topo!O comportamento de Isabela fez com que Sra. Beatriz franzisse a testa, visivelmente irritada:— Há pouco, você disse o quanto amava a Rosa, e agora fala uma coisa dessas? Parece que o que você ama é o dinheiro da nossa família Machado, não?Só agora, Isabela começou a suspeitar que talvez tivesse sido enganada, e olhou para Viviane, buscando confirmação:— O que você disse antes...— Mãe! — Vicente, já sem palavras diante das atitudes de sua mãe, a puxou pela mão. — Vamos embora, já fizemos papel de ridículo o suficiente!Enquanto observava os dois entrarem no carro, Rosa soltou um suspiro de alívio:— Srta. Viviane, obrigada.
Somente Viviane e Helena olhavam para o caminho de onde vieram, com expressões preocupadas. Ricardo e Gustavo ainda não tinham aparecido, e Helena sentia que isso não era um bom sinal:— Vivi, o Ricardo ainda não te mandou nenhuma mensagem? Viviane pegou o celular e olhou rapidamente: — Não. — Que tal eu ligar para o Júlio? Viviane apertou as têmporas, visivelmente cansada: — Boa ideia. Helena pegou o celular e ligou para Júlio. No entanto, ninguém atendeu, o que a deixou ainda mais apreensiva. Ela apertava o celular com força, pensando repetidamente: "Por favor, atende... Por favor, atende!" Depois de incontáveis tentativas mentais, finalmente alguém atendeu do outro lado da linha. — Júlio... — Sou eu. — A voz de Júlio transparecia cansaço. — O que houve? Helena olhou na direção de Viviane e, depois de pigarrear, disse: — Você não disse que viria à festa? Ela está quase acabando e vocês dois ainda não apareceram. Júlio deu uma risada leve: — Helena, você
Ricardo e Júlio chegaram à festa de boas-vindas já no final. Embora o renomado título de médico prodígio do Júlio no país M fosse suficiente para atrair a atenção dos presentes, e a beleza de Ricardo encantasse todas as jovens no salão, o foco da maioria ainda permanecia na ausência de Gustavo. Depois de muitas discussões em voz baixa, a conclusão geral era que Gustavo não tinha aparecido porque a família Machado havia abruptamente interrompido a cooperação com a família Barros, além de cessar suas ações contra o Grupo Ribeiro, o que teria deixado Gustavo bastante irritado. Esses rumores, como borboletas agitadas, logo chegaram aos ouvidos de Osvaldo, que já não estava de bom humor. Isso só piorou ainda mais seu estado de espírito. Ao final da festa, Amanda aproveitou o momento e chamou os membros da família Machado que estavam prestes a sair. — Ainda tem algo a tratar? — Osvaldo franziu a testa, olhando para Amanda com irritação. Já era tarde, e com tantas situações estres