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Durante toda a noite eu não consegui fechar os olhos. Sentia-me a mais miserável das mulheres por ter de partilhar o leito com um homem que me desrespeitava e tratava-me como se eu fosse uma megera.

Virei-me ligeiramente para o outro lado da cama e observei o seu rosto com desprezo, eu também sentia repulsa de mim por ansiar que houvesse uma reciprocidade dos meus sentimentos mais íntimos por ele. Mas, isso é impossível, Antonio desdenha-me e menospreza como se eu fosse um objeto sem valor.

Repudio-me pela falta de amor-próprio e levanto-me da cama, mas o tom da sua voz rouca, detém-me.

__Aonde vai?

Soltei o ar que acabei a prender sem que me apercebesse e encarei os seus movimentos com atenção.

__Eu estou sem sono.__declarei ressentida.__ E a culpa é toda sua. Como tem a ousadia de deitar-se do meu lado, sendo que solta infâmias ao meu respeito e não mede as pa

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