Henrique conduz Carolina até o segundo andar, encontrando um local apropriado. Ele segura seu ombro e diz: - Por favor, se sente.Ela acata e observa o primeiro andar lá de cima. Rodrigo está vestido elegantemente, respondendo às perguntas dos repórteres com facilidade.- Primeiramente, Paola não se casará com um membro da família Mendonça. Se estiverem interessados, podem questionar Paola. Em segundo lugar, Carolina não é uma pessoa qualquer que apareceu. Ela é a ex-esposa do meu neto, conforme reconhecido por mim, embora já tenham se divorciado. Em terceiro lugar, se algumas pessoas continuarem difamando Carolininha, farei questão de responsabilizar cada um pelos meios legais... - Carolininha é excelente. Com a minha idade, já vivi muitas experiências, e não vou cometer erros ao julgar.- Muitas coisas são difíceis de lidar, e nós também somos humanos. A única coisa que posso garantir é que, enquanto ela for parte da família Mendonça, eu me responsabilizarei até o fim, não a deixa
Carolina interrompeu as atividades dos subordinados e perguntou: - Avô, o que você quer dizer?- Uma criança é uma vida. Quando ela vem a este mundo, não temos o direito de privá-la de sua existência. Se ela é filha da família Mendonça, a família Mendonça deve ser responsável por ela, concorda?Ela baixou os olhos, ocultando as emoções em seu olhar. - Sim.- Mas isso não quer dizer que a criança será reconhecida como filha legítima pela família Mendonça. No futuro, Henrique não terá direito à herança da família Mendonça, apenas o seu filho terá. Isso é para a sua proteção.A família Mendonça não deixará a criança passar fome, mas também não investirá muito nela. Eles tratam de maneira diferente os filhos de esposas legais e os filhos de outras mulheres.Falando de maneira mais direta, Paola nem mesmo pode ser considerada uma amante.Henrique segurou a mão de Carolina. - Em resumo, nosso filho é o primeiro herdeiro, seja homem ou mulher.Carolina olhou para ele, com olhos sinceros.
Henrique desceu do carro de luxo e entregou as chaves a Carolina:- Experimente.Os olhos de Carolina brilharam ao contemplar o carro, completamente prateado, era exuberante, mas tinha um toque delicado.Ela observou o emblema do carro, impressionada, provavelmente tinha custado sete dígitos.Para Henrique, essa quantia era insignificante, algo que ele poderia gastar facilmente. Ela sorriu, revelando um conjunto de dentes brancos e alinhados, parecendo adorável: - Obrigada, Henriquinho.A mão grande de Henrique se apoiou na parede atrás de Carolina, uma sombra imponente a cobriu, insatisfeito, ele disse: - Apenas um "obrigada"?O coração de Carolina acelerou, se sentindo envolvida pela aura poderosa e única dele. Seu rosto corou, e ela o beijou nos lábios finos.Os olhos indiferentes de Henrique ganharam calor, ele afagou a cabeça dela: - Hoje, você será a motorista, e eu ficarei no banco do passageiro.A boca de Carolina se abriu surpresa: - Nós vamos para a exposição de joias a
O olhar de Henrique permaneceu fixo em Carolina do início ao fim, seus olhos de fênix estreitos exclamavam um sentimento de posse carregado de ciúmes.Ele sempre soube que a Pequena Carolina era bonita, mas agora, ele desejava arrancar os olhos daqueles que a encaravam.Paola franziu os olhos, olhando para Simão à frente.Não sabia por que ele a tinha chamado aqui, apenas para que ela visse Carolina brilhando?Simão, como se percebesse algo, se virou para ela, um sorriso leve nos lábios, se levantou e caminhou em direção ao backstage.Em seguida, Paola recebeu uma mensagem de texto de um número desconhecido: “Venha até mim.”Paola hesitou por alguns segundos e alcançou os passos de Simão.No corredor.Simão tirou o celular de Jacarias, sorrindo enquanto perguntava: - Familiar para você?Paola ficou pálida, os pelos do pescoço se arrepiaram: - Como o celular de Jacarias foi parar nas suas mãos?!- Achei por aí.Ela não acreditou, assustada e alerta: - O que você pretende fazer?- As
Carolina permaneceu imóvel, seguindo obedientemente o homem magro para fora, suas mãos segurando a cabeça enquanto se abaixava.Do lado de fora, reinava o caos total.A maioria das pessoas fugiu durante a confusão, mas um pequeno grupo estava sob o controle do sequestrador, incluindo Simão e Hana.Hana foi a única ferida no interior, com uma bala na coxa e hematomas no rosto, tinha se envolvido em uma briga com eles.No entanto, a luta física era impotente diante das armas brancas.Com várias pessoas sob controle, a polícia tentou negociar.- Agora mesmo, preparem um carro. Vocês têm três minutos, mais um minuto e uma pessoa morrerá! - O chefe dos sequestradores era um sujeito cruel, com a arma apontada para a testa de Carolina, fazendo gestos arrogantes. - Diga a Henrique para preparar quinhentos milhões em dinheiro, senão a cabeça dessa mulher vai explodir.Bruno aparentava conformidade e rapidamente arranjou um carro.Simão, vendo Carolina prestes a ser levada à força, se levantou d
Um calafrio percorreu as costas de Carolina, a deixando horrorizada.O chefe do bando lançou uma faca para o homem magro: - As balas acabaram, use isso para resolver.O homem magro pegou a faca e se aproximou de Carolina.Com o rosto pálido, Carolina viu a porta trancada, sem saída.Ela gritou alto, tentando chamar a atenção do lado de fora.- Socorro! Alguém aí! - Por favor, me ajudem!- Pare de gritar, esta vila foi abandonada há muito tempo, só nós estamos vivos aqui.Carolina sentiu como se tivesse caído em um poço gelado, onde a última esperança foi despedaçada, e seus olhos estavam cheios de desespero.O homem magro vendo a beleza dela, mostrou um lampejo de piedade: - Fique quietinha, não se debata. Vou fazer isso rápido, você nem vai sentir dor.Carolina olhou para uma pedra no canto, decidindo arriscar.Mesmo que suas chances de sucesso fossem praticamente nulas, ela não podia simplesmente esperar pela morte!Sob o olhar do homem magro, Carolina apontou para a garrafa de beb
De repente, uma granada lacrimogênea foi arremessada do lado de fora do muro, caindo aos pés dele. No segundo seguinte, ela explodiu, liberando uma luz branca deslumbrante que causou uma breve perda de visão.Carolina, de repente, contraiu as pupilas. Sem se importar com mais nada, ela rapidamente tirou o casaco e cobriu a cabeça, evitando a inalação de gás, enquanto aguardava o resgate.Um estrondo, a porta de ferro foi arrombada, uma mão gelada segurou a dela: - Não abra os olhos, cubra a boca e o nariz e me siga.Eles haviam se emboscado ali uma hora antes.Apenas não ousavam agir precipitadamente, com medo de que ela fosse novamente coagida.Estavam somente esperando o momento certo para se infiltrarem.Carolina estava surpresa e feliz, era Henrique!Sua voz não pôde deixar de tremer: - Está bem.- Não deixem ela ir! - O líder dos sequestradores agarrou o outro braço de Carolina com força, com a intenção que ela rasgasse ao meio.Se ela fosse embora, estariam todos perdidos.He
Carolina, ainda sonolenta, se levantou e verificou o horário; já eram duas da tarde.Henrique já estava acordado, se vestiu e, com uma atitude despreocupada, abotoou sua camisa: - Vai escovar os dentes e lavar o rosto; não se preocupe em se maquiar, estão esperando lá embaixo há um tempo.- Entendido.Ao lavar o rosto com água fria, a exaustão diminuiu.Ao se olhar no espelho, Carolina notou que suas olheiras estavam um pouco vermelhas.Provavelmente de tanto chorar ontem.Na sala de descanso no andar de baixo.Simão vestia uma camiseta branca simples e uma calça jeans folgada. O penteado que ele fez ontem agora estava bagunçado, com os cabelos macios caindo na testa. Ele baixou a cabeça ligeiramente, parecendo um garoto obediente que cometeu um erro.Ao ver essa cena, Henrique, que desceu as escadas, soltou um leve resmungo.Fingimento.- Querida, você está bem? - Rodrigo foi o primeiro a expressar sua preocupação.Devido ao bloqueio de informações da polícia e como tudo aconteceu