Simão virou a cabeça, ao mesmo tempo em que ocultou perfeitamente a melancolia em seus olhos, um leve sorriso surgiu em seu rosto pálido:- Estou aqui para te ver. Eu te trouxe uns doces. Ouvi dizer que doces melhoram o humor.Carolina pegou a caixa de doces, perplexa:- Melhora o humor?- A transmissão de anteontem, eu vi a gravação.Ultimamente, ela estava ocupada escrevendo um artigo e não tinha mexido muito no celular. No entanto, após terminar o artigo ontem à noite, durante a navegação na internet, ela encontrou o replay da transmissão ao vivo de Paola.A maior parte da controvérsia já havia sido abafada por Henrique, mas ainda havia alguns fragmentos circulando.- Você comprou isso para mim?Simão encontrou o olhar surpreso de Carolina, mentindo sem pestanejar:- Eu comprei enquanto estava fazendo compras no Praça da Figueira.Carolina sentiu que estava pensando demais. Simão podia ser amigável, mas certamente não tinha tempo para ficar se preocupando com ela.- Você acabou de
O Sr. Carlos bateu à porta do escritório da Srta. Carolina com Hana ao seu lado. Quando entraram, ele apresentou as duas:- Srta. Carolina, esta é a guarda-costas que o Sr. Henrique encontrou para você. Ela estará ao seu lado para garantir sua segurança.Hana deu um passo à frente e se curvou levemente:- Srta. Carolina.Carolina desviou o olhar da tela do computador e fixou os olhos na mulher a sua frente.Hana era alta, parecendo ter cerca de um metro e setenta e cinco de altura, com cabelos curtos na altura das orelhas e traços faciais distintos que lhe davam uma aparência masculina.Carolina, com sua altura de pouco menos de um metro e setenta, parecia pequena ao lado dela.- Olá, mas não preciso de alguém sempre ao meu lado. Você tem dias de folga?- Não se preocupe, Srta. Carolina. Normalmente, não estarei dentro do seu campo de visão.O Sr. Carlos acrescentou: - Normalmente, ela tem dois dias de folga por mês, Srta. Carolina. Se você quiser dar a ela um dia de folga, pode decid
Em um prédio de mais de cem andares, o escritório de Henrique ficava no último andar. Era como se ele pudesse tocar as estrelas do céu com um simples estender de mão.Paola entrou no elevador exclusivo de Henrique, e o Sr. Carlos a seguiu de perto.Nesse momento, alguns funcionários entraram. O Sr. Carlos os reconheceu como membros do departamento de planejamento.Eles pararam e olharam para Paola com olhares complicados, eles sabiam que era aquela mulher quem afastou Carolina, e ainda estava grávida do filho do Sr. Henrique. Alguns diziam que o Sr. Henrique e aquela mulher se conheciam desde muito antes, e Carolina que era a intrusa na relação.Eles não sabiam dos assuntos pessoais de Sr. Henrique, mas sentiam que Carolina não era uma mulher comum.Quando a porta do elevador finalmente se fechou, Paola ajeitou o cabelo enquanto perguntava: - Você conhece essas pessoas que estavam aqui antes?O Sr. Carlos, percebendo que ela havia notado, não escondeu a verdade.- Eles eram do meu an
- Sr. Igor, acalme-se. Eu sei que você não quer perder este casamento, afinal, sua noiva é a filha de um líder do governo municipal. Como você pode deixar essa oportunidade escapar? - Paola falava de maneira descontraída, longe da elegância que demonstrava na frente de Henrique.Igor Lima lembrou dos momentos que passou com Paola e lambeu os lábios, sentindo nostalgia:- Como posso ajudar?Com pessoas indo e vindo ao redor, a maioria dos funcionários da Brilhante Max, ela permaneceu cautelosa:- Daqui a meia hora, eu te ligo.Sete da noite.Henrique terminou suas tarefas pontualmente e foi até o Grupo Santos, onde pegou Carolina e seguiram para a clínica veterinária.Luna tinha uma grande capacidade de recuperação, mas seus ferimentos desta vez eram graves. Ela permanecia na gaiola, recebendo soro sem ânimo algum.- Se ela conseguir andar sem problemas, precisaremos continuar o tratamento por mais um mês. - Disse o veterinário.Henrique se abaixou e acariciou a cabeça de Luna com sua
Quando eles saíram do restaurante, já era madrugada. Carolina, pensando em algo, puxou a manga do homem ao seu lado:- Então, o fórum que você mencionou é depois de amanhã. Na realidade, já passou da meia-noite.- Quinta-feira.- Entendi, é depois de amanhã.De volta ao seu prédio, Henrique a seguiu subindo para o apartamento.Ele olhou ao redor, a decoração era simples e as instalações eram modestas, morar em um lugar assim era um pouco desolador.Carolina olhou desconfiada:- Você também vai ficar aqui?- Não fale besteira.- Posso recusar?Henrique a olhou, estendeu a mão e desabotoou a gravata, jogando-a no sofá:- O que você acha?- Pode ficar, mas você não pode me tocar.- Por quê? - Ele franziu a testa, descontente. - Você não está se sentindo mal hoje, e até bebeu água gelada.- Eu simplesmente não quero, e, além disso, não é importante respeitar a vontade do outro nesse tipo de situação? - Carolina abaixou a cabeça, seus cílios longos e curvados escondendo a emoção.Seus lábi
Carolina franziu a testa, mas sem dar atenção, contou o dinheiro com agilidade, totalizando mil reais. A dona do estabelecimento, segurando o dinheiro, satisfeita, devolveu a foto a Simão.- Ainda bem que chegamos até aqui, senão teríamos perdido. - Carolina disse, erguendo as sobrancelhas para ele com um sorriso orgulhoso. – Você confia em mim, certo?- Sabendo que estavam tentando nos enganar, por que você ainda deu o dinheiro? - Simão segurava a antiga foto, acariciando-a delicadamente com a ponta dos dedos.- Porque essa foto é muito importante para você, é um tesouro inestimável em seu coração. Além disso, recuperá-la é uma alegria, e se podemos fazer isso, não vale a pena ficar com raiva por causa de pessoas que não merecem. – Carolina respondeu com a voz suave e calma.O rosto de Carolina, sem maquiagem, era bonito e radiante. A luz da lua se derramava sobre ela como se a envolvesse em uma áurea, quase como um anjo.Simão a olhava, sua mente ficou em branco por um momento. “A
- Só gosto das bonitas, incluindo você. - Igor tinha uma boa aparência, corpo esguio e um par de olhos que pareciam profundamente apaixonados para qualquer um que olhasse.Paola não caiu nessa, mas se aproximou voluntariamente, estendendo a mão para acariciar o rosto dele: - Que tal fazermos amor antes do casamento?- Te ajudar é o meu limite. Lidar com aquela mulher não está dentro desse escopo. - Igor entendeu imediatamente a intenção dela e recusou.A única mulher que Henrique trouxera para um evento público, além da que estava presente, era essa bela mulher que ele conheceu hoje. E a intuição de Igor dizia que esta última era ainda mais do agrado de Henrique, então, ele definitivamente não queria se envolver em confusões desnecessárias.- Além de Henrique, aquela mulher nunca teve relações sexuais com outros homens. Não quer experimentar um pouco? - Paola fez uma maquiagem leve, aplicou um pouco de brilho labial em seus lábios transparentes, revelando uma sensação de fragilidade q
A escada que descia do palco media cerca de cinco metros de comprimento, uma distância que normalmente seria percorrida em apenas um minuto. No entanto, para Carolina, cada passo de Henrique e Paola parecia uma eternidade. De mãos dadas, o trajeto adquiria uma dimensão interminável, como se tivesse se prolongado por uma hora inteira. Um desconforto agudo apertava o coração de Carolina, tornando insuportável continuar assistindo. Movida pela raiva, ela se virou abruptamente e se afastou. Enquanto caminhava, ela ouviu passos atrás de si. Inicialmente, pensou que fosse Henrique percebendo sua ausência e vindo à sua procura. - Carolininha, não há caminho à frente. - A voz do jovem era nítida e única, não era Henrique, era Simão.- Por que você veio atrás de mim? - Carolina, com uma expressão derrotada, se virou para encará-lo. - Vi que você não estava bem, e como não tenho nada para fazer agora, pensei em te fazer companhia. – Simão respondeu. Ela ficou perplexa por um momento e dis