Carolina achou a reação dele engraçada, e rebateu: - Mas você ousou.Henrique fez uma pausa, suas sobrancelhas se contraíram, e ele respondeu calmamente: - Entendi.Ela o observou enquanto ele caminhava à sua frente, alto e imponente, se perguntando o que ele havia compreendido.A prisão onde Antônio estava localizada ficava nos arredores da cidade.Naquele momento, os detentos estavam participando de uma atividade em grupo, todos vestidos com o uniforme da prisão e alinhados no pátio. Um guarda chamou pelo número de Antônio e o levou para a sala de visitas.Antônio havia raspado a cabeça, mas ainda mantinha aquele olhar astuto.- Carolina, o que você está fazendo aqui? - Ele parecia surpreso e feliz.- Quero saber sobre minha mãe, de onde ela veio, e se meus avós ainda estão vivos.O semblante de Antônio mudou, e ele olhou para Henrique, com os olhos cintilando.- Se vocês conseguirem me tirar daqui, eu vou contar. Afinal, eu sou seu pai de sangue. Você não pode simplesmente permit
O policial consultou o arquivo de Beatriz.- Ela foi liberada sob fiança recentemente.Carolina franziu a testa: - Ela foi liberada tão facilmente?- Eu não sei os detalhes, foi uma ordem superior.- Quando exatamente ela foi liberada? - Perguntou Henrique.- No início de agosto.Henrique ficou batendo os dedos na mesa, um leve sorriso se formou nos cantos de sua boca.O início de agosto coincidiu com a última vez que ele e Simão se encontraram na Grupo Santos.Carolina achou isso estranho, mas não tinha planos de obter informações úteis de Beatriz, sua prioridade era fazer uma viagem ao Sul.O que a intrigava mesmo era o que Henrique havia feito para que Antônio de repente se tornasse tão cooperativo. Ela perguntou o que ele tinha feito e ele respondeu sinceramente:- Eu disse ao guarda que Antônio queria ajuda para escapar. - Disse ele, e Carolina ficou chocada. - Agora, sobre o filho da Paola, vou reconsiderar e lhe dar uma resposta satisfatória.Carolina olhou para ele com a cabeç
- Você é a Srta. Carolina, não é? - A mulher analisou Carolina dos pés à cabeça e estendeu a mão. - Permita-me apresentar-me, sou a esposa do Emanuel, meu nome é Dolores Almeida, e estou aqui hoje para discutir negócios em seu nome.Carolina sentiu algo estranho, mas manteve sua expressão inalterada:- Olá, vamos para o escritório para conversar.- Não, eu escolhi um local, bem em frente à sua empresa, no café.Nesse momento, Carolina não pensou muito:- Espere um momento, vou pegar os documentos.Mas quando chegou ao café, encontrou outro homem esperando lá.O homem tinha cerca de trinta e cinco anos, uma aparência comum, e usava um relógio Rolex. Seu olhar era muito direto.Carolina permaneceu calma:- Sra. Dolores, quem é esse?- Vou ser direta. Você é uma jovem mulher e a vida não é fácil. Além disso, está na idade certa para se casar. Este é meu colega da faculdade, ele já foi casado, mas não se preocupe, ele está bem de vida.O rosto de Carolina, de lábios vermelhos e dentes bran
Os funcionários entregaram prontamente o contrato, e Carolina o pegou para examiná-lo.Após verificar que não havia problemas, entregou o contrato para a Sra. Dolores: - Dê uma olhada. Se estiver tudo bem, assinemos o contrato primeiro. Estou focada no trabalho e não posso me distrair.A Sra. Dolores pegou o contrato, reconhecendo a proposta, mas sem ler com muita atenção. E como não considerava o projeto da pequena empresa como algo significativo, ela assinou o contrato no lugar de Emanuel Costa com agilidade.Carolina sorriu com os olhos brilhando, a luz do sol iluminando seu rosto delicadamente esculpido, hipnotizando o homem, deixando-o com água na boca. Era inegável que Henrique tinha bom gosto.- Então, está satisfeito com a Srta. Carolina? - A Sra. Dolores olhou para seu colega com desdém no coração, mas não demonstrou isso.Ambos não eram pessoas de boa índole.- Estou muito satisfeito. - Os olhos do homem ficaram presos em Carolina, mas ele ainda mantinha alguma cautela. -
Após sair do banheiro, ela voltou como se nada tivesse acontecido. A Sra. Dolores e o homem ocasionalmente olhavam para os copos de suco de laranja à sua frente, enquanto ela saboreava batatas fritas, provocando deliberadamente a conversa. Como era de se esperar, quando Carolina fez uma pergunta ao homem, a Sra. Dolores se envolveu ativamente.Carolina aproveitou o momento e derrubou as duas chaves do carro da mesa no chão. Enquanto a Sra. Dolores e o homem se abaixavam para pegá-las, ela rapidamente trocou seu copo de suco com o da Sra. Dolores. Felizmente, os três tinham pedido suco de laranja e mal o tocaram.Depois de mais um tempo de conversa, com os dois observando, Carolina pegou o copo e deu alguns goles no suco de laranja. A Sra. Dolores estava um pouco satisfeita, mas também começou a hesitar. Entretanto, após vinte minutos, Carolina agia como se nada tivesse acontecido, rindo e conversando animadamente. Enquanto isso, ela começava a sentir-se cada vez mais quente, mes
- Você dormiu bastante. - Henrique sussurrou suavemente no ouvido de Carolina, seu hálito quente roçando a orelha dela, fazendo sua nuca arrepiar.- Estava cansada ontem à noite. - Ela tentou afastá-lo com a mão.Henrique era como uma rocha, firme e inabalável, não cedendo à sua tentativa de afastá-lo.- Faz um tempo desde a última vez que agimos como marido e mulher.Os olhos de Carolina se arregalaram, surpresa com a afirmação dele.Ele estava tão calmo, com seu rosto deslumbrante como uma criação perfeita de Deus. Seus olhos negros, recém-acordados, não mostravam nenhum traço de hostilidade, mas as palavras que saíam de sua boca eram sujas.Na noite anterior, ele tinha se segurado, a viu dormindo profundamente e não a tocou.O rosto de porcelana de Carolina ficou vermelho de vergonha:- Quem disse que quero fazer isso com você? Qual é a nossa relação, sua posição em minha vida?- Você dormiu na minha cama, deitada em meus braços. O que isso faz de nós? - Ele perguntou com calma.Ca
Simão virou a cabeça, ao mesmo tempo em que ocultou perfeitamente a melancolia em seus olhos, um leve sorriso surgiu em seu rosto pálido:- Estou aqui para te ver. Eu te trouxe uns doces. Ouvi dizer que doces melhoram o humor.Carolina pegou a caixa de doces, perplexa:- Melhora o humor?- A transmissão de anteontem, eu vi a gravação.Ultimamente, ela estava ocupada escrevendo um artigo e não tinha mexido muito no celular. No entanto, após terminar o artigo ontem à noite, durante a navegação na internet, ela encontrou o replay da transmissão ao vivo de Paola.A maior parte da controvérsia já havia sido abafada por Henrique, mas ainda havia alguns fragmentos circulando.- Você comprou isso para mim?Simão encontrou o olhar surpreso de Carolina, mentindo sem pestanejar:- Eu comprei enquanto estava fazendo compras no Praça da Figueira.Carolina sentiu que estava pensando demais. Simão podia ser amigável, mas certamente não tinha tempo para ficar se preocupando com ela.- Você acabou de
O Sr. Carlos bateu à porta do escritório da Srta. Carolina com Hana ao seu lado. Quando entraram, ele apresentou as duas:- Srta. Carolina, esta é a guarda-costas que o Sr. Henrique encontrou para você. Ela estará ao seu lado para garantir sua segurança.Hana deu um passo à frente e se curvou levemente:- Srta. Carolina.Carolina desviou o olhar da tela do computador e fixou os olhos na mulher a sua frente.Hana era alta, parecendo ter cerca de um metro e setenta e cinco de altura, com cabelos curtos na altura das orelhas e traços faciais distintos que lhe davam uma aparência masculina.Carolina, com sua altura de pouco menos de um metro e setenta, parecia pequena ao lado dela.- Olá, mas não preciso de alguém sempre ao meu lado. Você tem dias de folga?- Não se preocupe, Srta. Carolina. Normalmente, não estarei dentro do seu campo de visão.O Sr. Carlos acrescentou: - Normalmente, ela tem dois dias de folga por mês, Srta. Carolina. Se você quiser dar a ela um dia de folga, pode decid