Paola ouviu isso e um sorriso de arrogância quase imperceptível surgiu em seu rosto. No segundo seguinte, seu corpo amoleceu e ela caiu nos braços de Henrique.Henrique a ergueu e a levou rapidamente até a ambulância.Carolina segurou o braço dele e o encarou firmemente: - Se eu engravidar, você mandaria a Paola embora?Henrique franziu a testa: - O que você quer dizer? Quer que eu mande ela e a criança dentro dela embora?Carolina balançou a cabeça: - Eu não quero machucar uma criança inocente. Eu só não quero ver ela de novo.A promessa de momentos atrás a deixou enjoada.Henrique deu um tapinha nas costas dela: - Por favor, entenda, eu não posso abandonar meu próprio filho. Espero que você compreenda.Carolina olhou fixamente para ele, perdida em pensamentos.Do ponto de vista de Henrique, não importava mais que era realmente o pai da criança, aquela responsabilidade já era dele.A ambulância estava prestes a partir, e Henrique deu um beijo na bochecha de Carolina: - Ligue par
O médico balançou a cabeça: - Pelo menos dezesseis semanas, cerca de quatro meses. A paciente não está em condições normais, a gravidez já é um grande fardo para ela. O exame mais rápido que podemos fazer será daqui a quatro meses. Se a situação dela piorar, teremos que esperar seis meses.Henrique franziu a testa com força e andou em direção à saída.Paola, que havia acordado sem que ele percebesse, tinha os olhos vermelhos e inchados, e disse antes que ele saísse de vista: - Pode voltar para a Srta. Carolina. Estou bem agora. Eu não consegui controlar minhas emoções esta noite.- Por que você está fazendo esse alvoroço de propósito?O corpo de Paola estremeceu, ela encontrou seu olhar e disse com emoção: - Carolina me fez ser interrogada pela polícia sem motivo aparente. Como figura pública, minha reputação é de extrema importância. Eu não posso permitir que injustiças como essa manchem minha imagem, e, mais importante, eu tenho que proteger o bebê na minha barriga!- Ela não é es
Carolina hesitou por um momento e balançou a cabeça: - Pode deixar, vou carregar o celular e ligar para ele depois. Não deve ser nada importante.- Está bem. Em qual prédio você mora?- Prédio A. E você?- Prédio B. Estamos lado a lado.Carolina arregalou os olhos: - É realmente uma coincidência. Eu pensava que sua universidade era em Cidade M.- Fiz minha graduação em Cidade M, mas estou prestes a começar meu mestrado em Cidade T.As aulas de mestrado geralmente tinham início em setembro, e eles já estavam em agosto.Se ele não morasse no campus, teria que alugar um apartamento. Apesar de que ele poderia comprar o prédio inteiro se quisesse.Os dois continuaram conversando casualmente e se separaram quando chegaram aos seus respectivos prédios.Carolina voltou para casa, carregou o celular e ligou para Henrique: - Quando você me ligou, meu celular estava sem bateria. Acabei de carregá-lo.Do outro lado, a voz de Henrique soou: - Chegou em casa?- E Paola? Como está?- Tudo bem, eu
Lá embaixo, Henrique chegou com seu próprio carro. Carolina entrou no veículo e começou a colocar o cinto de segurança: - Já marcaram a visita à prisão?Ele olhou de lado para ela:- Às duas da tarde hoje. Gostou das bolsas que te dei?- Gostei, mas por que tantas? Não consigo usar todas.- Então deixe como estão.Carolina disse: - Seria um desperdício deixá-las paradas. Guardei apenas algumas que gostei e coloquei o restante à venda.- Tudo bem, você cuida disso. - De forma surpreendente, Henrique não demonstrou nenhuma objeção. Para ele, trocar de bolsa todos os dias não era necessário, já que uma bolsa era apenas um recipiente para carregar coisas.O carro atravessou um cruzamento, o tráfego era pouco, então ele aumentou a velocidade.Durante o percurso, os executivos da Brilhante Max ligaram algumas vezes para consultar algumas questões. Henrique estava usando um fone de ouvido Bluetooth, seus dedos longos e simétricos controlando o volante com facilidade enquanto dava instruç
Carolina achou a reação dele engraçada, e rebateu: - Mas você ousou.Henrique fez uma pausa, suas sobrancelhas se contraíram, e ele respondeu calmamente: - Entendi.Ela o observou enquanto ele caminhava à sua frente, alto e imponente, se perguntando o que ele havia compreendido.A prisão onde Antônio estava localizada ficava nos arredores da cidade.Naquele momento, os detentos estavam participando de uma atividade em grupo, todos vestidos com o uniforme da prisão e alinhados no pátio. Um guarda chamou pelo número de Antônio e o levou para a sala de visitas.Antônio havia raspado a cabeça, mas ainda mantinha aquele olhar astuto.- Carolina, o que você está fazendo aqui? - Ele parecia surpreso e feliz.- Quero saber sobre minha mãe, de onde ela veio, e se meus avós ainda estão vivos.O semblante de Antônio mudou, e ele olhou para Henrique, com os olhos cintilando.- Se vocês conseguirem me tirar daqui, eu vou contar. Afinal, eu sou seu pai de sangue. Você não pode simplesmente permit
O policial consultou o arquivo de Beatriz.- Ela foi liberada sob fiança recentemente.Carolina franziu a testa: - Ela foi liberada tão facilmente?- Eu não sei os detalhes, foi uma ordem superior.- Quando exatamente ela foi liberada? - Perguntou Henrique.- No início de agosto.Henrique ficou batendo os dedos na mesa, um leve sorriso se formou nos cantos de sua boca.O início de agosto coincidiu com a última vez que ele e Simão se encontraram na Grupo Santos.Carolina achou isso estranho, mas não tinha planos de obter informações úteis de Beatriz, sua prioridade era fazer uma viagem ao Sul.O que a intrigava mesmo era o que Henrique havia feito para que Antônio de repente se tornasse tão cooperativo. Ela perguntou o que ele tinha feito e ele respondeu sinceramente:- Eu disse ao guarda que Antônio queria ajuda para escapar. - Disse ele, e Carolina ficou chocada. - Agora, sobre o filho da Paola, vou reconsiderar e lhe dar uma resposta satisfatória.Carolina olhou para ele com a cabeç
- Você é a Srta. Carolina, não é? - A mulher analisou Carolina dos pés à cabeça e estendeu a mão. - Permita-me apresentar-me, sou a esposa do Emanuel, meu nome é Dolores Almeida, e estou aqui hoje para discutir negócios em seu nome.Carolina sentiu algo estranho, mas manteve sua expressão inalterada:- Olá, vamos para o escritório para conversar.- Não, eu escolhi um local, bem em frente à sua empresa, no café.Nesse momento, Carolina não pensou muito:- Espere um momento, vou pegar os documentos.Mas quando chegou ao café, encontrou outro homem esperando lá.O homem tinha cerca de trinta e cinco anos, uma aparência comum, e usava um relógio Rolex. Seu olhar era muito direto.Carolina permaneceu calma:- Sra. Dolores, quem é esse?- Vou ser direta. Você é uma jovem mulher e a vida não é fácil. Além disso, está na idade certa para se casar. Este é meu colega da faculdade, ele já foi casado, mas não se preocupe, ele está bem de vida.O rosto de Carolina, de lábios vermelhos e dentes bran
Os funcionários entregaram prontamente o contrato, e Carolina o pegou para examiná-lo.Após verificar que não havia problemas, entregou o contrato para a Sra. Dolores: - Dê uma olhada. Se estiver tudo bem, assinemos o contrato primeiro. Estou focada no trabalho e não posso me distrair.A Sra. Dolores pegou o contrato, reconhecendo a proposta, mas sem ler com muita atenção. E como não considerava o projeto da pequena empresa como algo significativo, ela assinou o contrato no lugar de Emanuel Costa com agilidade.Carolina sorriu com os olhos brilhando, a luz do sol iluminando seu rosto delicadamente esculpido, hipnotizando o homem, deixando-o com água na boca. Era inegável que Henrique tinha bom gosto.- Então, está satisfeito com a Srta. Carolina? - A Sra. Dolores olhou para seu colega com desdém no coração, mas não demonstrou isso.Ambos não eram pessoas de boa índole.- Estou muito satisfeito. - Os olhos do homem ficaram presos em Carolina, mas ele ainda mantinha alguma cautela. -