Simão ficou momentaneamente surpreso, seu olhar brilhante como uma pérola mostrou um lampejo de espanto, mas logo ele recuperou a calma: - Você pode encontrar alguém melhor.Talvez Simão não tenha dinheiro, mas certamente tem um temperamento superior ao de Henrique.- Tudo bem, espero que seja como você diz.- Vou providenciar um carro para te levar para casa, mas terá que esperar cerca de meia hora.- Não se preocupe, já tenho um compromisso. Nos vemos em outra oportunidade.Simão assentiu: - Está bem, até a próxima.- Até a próxima.Pouco tempo depois que Carolina e Simão deixaram o local, ela sentiu novamente a sensação de estar sendo seguida.Ela aumentou o passo e, de repente, virou-se bruscamente.A rua se estendia até o horizonte, havia alguns trabalhadores indo para o trabalho e um homem com fones de ouvido ouvindo música.Carolina não notou nada de anormal e continuou a caminhar em direção ao hotel.O quarto que Simão reservou para ela era um quarto com uma cama grande, equi
O Sr. Carlos ponderou: - Ela pode estar ocupada. Devo ligar e perguntar?Henrique, com o rosto tenso como se estivesse andando em ovos, apertou o celular com tanta força que quase o esmagou: - Não precisa.Ele sempre tinha sido muito indulgente com Carolina. Ele queria que ela soubesse que ele tinha muitas mulheres ao seu redor.Naquela noite, ele faria com que ela sentisse ciúmes, para que no futuro, ela soubesse quando parar.Cidade M, Mansão dos Medeiros.Henrique vestia um smoking de alta costura preto, alto e elegante, com uma presença nobre que o fazia parecer inatingível.Sentada ao seu lado estava Heloísa Medeiros, a neta da família Medeiros.Momentos antes, a cena deles na pista de dança foi capturada com sucesso por jornalistas que visitavam e, a menos que algo inesperado acontecesse, Carolina veria isso na televisão amanhã.Heloísa, com o rosto corado, expressou com timidez: - Henriquinho, por que você não me convidou para ser sua acompanhante? Meu avô disse que você é c
Duarte cuspiu sangue pela boca: - Fique tranquilo, não sou tão desprovido de escrúpulos quanto você.Originalmente, ele planejava utilizar o mesmo método que Henrique tinha usado com Beatriz em Carolina, mas o rosto dela lembrava o de Raquel, e no final ele não teve coragem.Henrique relaxou um pouco, inclinou-se e pegou Carolina nos braços para sair.Ao chegar à porta, ele se virou abruptamente, havia um brilho de sede de sangue em seus olhos: - Você não acha que isso vai acabar assim, não é?Duarte franzia a testa, com raiva em sua voz: - Você ainda quer mais? Não se esqueça de que foi você quem atacou Beatriz primeiro e fez coisas tão terríveis com ela. Você ainda se considera um homem?No coração de Carolina, talvez ela fosse inocente, mas Henrique tinha sido brutal ao extremo.Felizmente, Beatriz era uma mulher forte e não tinha feitonada tolamente.Comparativamente, ele havia sido mais misericordioso com Carolina.Henrique olhou com frieza, soltando quatro palavras: - Beatriz
Henrique tinha um olhar sombrio e beliscou a ponta dos dedos, contendo o impulso: - Se você quiser chorar, chore. Não é como se eu nunca tivesse visto.Carolina fez um bico e estava se sentindo acanhada: - Como você sabia que eu estava chorando?- Fernanda me ligou e eu suspeitei que fosse o Duarte.Carolina se lembrou das palavras que Duarte havia dito a ela e perguntou ansiosa: - Duarte disse que você contratou vários homens para humilhar a Beatriz. É verdade?Henrique assentiu com a cabeça.Sua atitude despreocupada a fez tremer. Esse homem era muito mais implacável do que ela imaginava.Henrique percebeu as mudanças na expressão de Carolina, inclinou-se sobre ela, apoiando as mãos ao lado dela, sua alta figura a envolvendo: - Você tem medo de mim?- Não, você fez isso por minha causa. - Carolina olhou seriamente em seus olhos. - Você veio me salvar. Você ainda se importa comigo, não é?Ela pensou que, desde que Henrique se importasse com ela, ela estaria disposta a ouvir sua e
- Não! - Carolina recusou imediatamente.Henrique riu ironicamente: - E se fosse o Lucas, você aceitaria?Carolina franzia a testa com raiva: - Por que você pensa isso?- Não é assim?- Você pode pensar o que quiser. - Carolina irritada, virou o rosto para olhar pela janela.Quando Henrique ouviu essa resposta, sentiu que ela estava, de certa forma, admitindo. Uma onda de raiva o dominou e ele se levantou abruptamente, batendo a porta ao sair.Os passos gradualmente se afastaram, até desaparecerem.Carolina encolheu-se em um canto, abraçando a si mesma, com um rosto pálido e angustiado.Desta vez, quando Henrique partiu, ele não apareceu mais até que ela fosse liberada do hospital.Num piscar de olhos, um mês se passou.A cuidadora a levou para Cidade T e ficou na Mansão dos Santos por mais dois dias, certificando-se de que ela estava se movendo com facilidade antes de finalmente partir.Antes de partir, a cuidadora disse: - Srta. Carolina, não me leve a mal por me intrometer, mas
Ela hesitou por um momento e então disse: - Marquei uma consulta com um especialista em dermatologia renomado no país. Daqui a alguns dias, vou te levar lá, fazendo o possível para evitar cicatrizes no seu rosto.Lucas apertou o punho, compreendendo o que Carolina queria dizer.Ela realmente não queria dever-lhe um favor....No escritório do Sr. Alberto, parece que chegaram outros clientes importantes, então a secretária pediu que Carolina aguardasse na sala de espera por um momento.Ela esperou cerca de quinze minutos, a porta se abriu, revelando o rosto do Sr. Carlos.Carolina franziu a testa e perguntou: - O que você está fazendo aqui?"Então, a secretária do Sr. Alberto disse que o importante cliente é o Henrique?"- Viemos eu e o Sr. Henrique. Ele está conversando com o Sr. Alberto sobre trabalho.Carolina ficou sem palavras, sentindo que o Sr. Alberto os havia agendado para o mesmo dia de propósito.O Sr. Carlos também estava passando por uma situação bastante complicada e dis
Carolina ficou surpresa por um momento e, em seguida, forçou um sorriso tenso, abrigando uma centelha de esperança. - Vovô, sobre o que está falando?- Você está fingindo! - Ele franzia a testa e falava com raiva. - Acha que, só porque estou envelhecendo, pode se unir a ele para me enganar, não é?Ele lamentava como Henrique havia encontrado uma esposa tão obediente e bonita. Percebia que tinha sido muito ingênuo e caído nas artimanhas de Henrique.Carolina gaguejou, sem entender por que estavam escondendo isso, revelando-se sem motivo aparente.Rodrigo, ao ver que ela concordou, ficou furioso e olhou para o homem ao lado com presença imponente. - Conseguiria se sustentar sem a esposa?Henrique estava relaxado no sofá, as longas pernas cruzadas com indiferença, uma mão apoiada na testa e a outra no braço do sofá, exibindo uma atitude senhorial. Ele respondeu calmamente: - No começo, foi um blefe, mas depois se tornou real.Seus olhos mais velhos se arregalaram como sinos de cobre,
Lá embaixo, Rodrigo estava sentado ereto e sentia-se um pouco desajeitado ao lidar com questões de relacionamento entre os mais jovens.- Conheço todos os pontos de conflito entre vocês. Você enganou Henrique e ele cometeu um... Erro. - Disse o avô.Carolina abaixou os olhos e acenou com a cabeça.Rodrigo assegurou: - Paola não vai mais aparecer na sua frente. Vocês dois devem seguir em frente e cuidar um do outro.Ela arregalou os olhos perplexa. - Vovô...Rodrigo, que tinha sido um soldado a vida toda, tinha a pele enrugada e bronzeada pelo sol, mas sendo olhado daquela maneira, ele ficou constrangido, com o rosto escurecendo ainda mais. Ele se sentiu muito desconfortável. - É isso aí, um camarada meu tem gatos recém-nascidos em casa, tenho que dar uma olhada. Vou nessa.Mesmo que Henrique tenha cometido um erro inesperado, ele ainda teve que defendê-lo. Como ele poderia não se sentir embaraçado?Carolina o deteve: - Vovô, agradeço muito por estar tão decidido a ficar ao meu la