Carolina seguiu o som com os olhos e viu Paola segurando a mão de Henrique com força, lágrimas de alegria cintilando no canto dos olhos.“Henrique aceitou?” Ela ficou pasma.Ela apertou a palma da mão com força, tentando acalmar as emoções que não deveriam existir.Mas foi em vão.As mãos entrelaçadas deles pareciam como espinhos afiados perfurando o coração.A visão dela ficou embaçada, e antes que as lágrimas caíssem, ela se virou e fugiu desajeitadamente.Felipe também percebeu que sua presença ali era inadequada, e disse sorrindo ironicamente:- Estou saindo, continuem.A mão de Paola tinha se apoiado nele no momento em que a porta se abriu. Henrique, momentaneamente distraído, só percebeu depois e rapidamente retirou sua mão. Ele pareceu distante em sua fala:- Descanse. Tenho que ir.Felipe o deteve com expressões exageradas:- Não quer continuar conversando? Não estavam se dando bem até agora? Eu atrapalhei alguma coisa?Henrique apenas lançou um olhar indiferente e
- Paola quer que você a acompanhe mais durante o tratamento de quimioterapia. - Carolina disse com calma, recitando palavra por palavra do que havia ensaiado em sua mente durante toda a tarde. - Eu vou me distanciar de você daqui para frente. Na frente do meu avô, vou colaborar com você. Se necessário, podemos nos mudar de Cidade S, mas se for urgente, você terá que me ajudar a encontrar uma casa.- Então, toda vez que Paola precisar, você vai me dispensar assim? - Henrique entendeu rapidamente e franziu a testa com raiva. - Sem lutar? – Henrique só conseguia pensar que Paola, definitivamente, não o amava.Carolina suspirou e disse a verdade: - Eu quero preservar minha dignidade. - Ela não queria se rebaixar. Antes, ela havia feito para se vingar dos canalhas, mas agora não precisava mais.O carro ficou em silêncio, e um frio intenso se espalhou pelo corpo de Carolina. Henrique de repente afastou o ombro de Carolina e rosnou baixinho com raiva: - O valor do seu amor é realmente baix
A noite se aprofundava, e não havia indício de que a chuva forte diminuísse.Carolina permaneceu imóvel no vento gelado por duas horas, seu rosto delicado e magro empalidecido pelo frio. Ela sabia que não conseguiria um carro e começou a dar passos hesitantes.- Senhor Henrique, a Srta. Carolina parece estar considerando voltar a pé. – Sr. Carlos informou.A expressão sombria no rosto bonito de Henrique era horripilante. Afinal, ele preferiria que ela retornasse a pé do que implorar por sua ajuda.- Acompanhe-a. – Henrique disse.O Sr. Carlos suspirou, não conseguia entender a relação de Henrique e Carolina, ambos tinham sentimentos um pelo outro, mas nenhum deles queria ceder. Mesmo indignado com a situação, o Sr. Carlos foi de encontro a ela, porém, antes dele conseguir alcançar a jovem, um carro branco diminuiu a velocidade e se aproximou de Carolina. Carolina tremia de frio, seus lábios vermelhos começaram a ficar roxos; ela mal notou esse detalhe, só se deu conta quando o carro b
Carolina havia ficado sem beber água por um longo período, sua garganta queimava e sua voz estava rouca: - Água.Henrique, ao ouvir isso, soltou imediatamente a mão dela e trouxe um copo de água.Carolina bebeu em grandes goles, aliviando a secura em sua garganta e acalmando a sensação de ardor. Depois disso, ela caiu em silêncio novamente.Henrique segurou o queixo dela, forçando-a a olhar para ele, sua presença era imponente, exercendo uma forte pressão.- Em que está pensando? – Ele perguntou,- Estou pensando no que você está pensando. – Carolina retrucou com dificuldade.- Adivinhou? – Henrique não desistia de importunar Carolina, nem mesmo naquela situação em que ela se encontrava.- Adivinhei. Você quer ficar com a Paola e me manter também. -Carolina olhou fixamente para ele, com um olhar de desaprovação escondido em seus olhos. Ela só pensava em como todos os homens são todos iguais. Henrique, havia jogado ela para fora do carro pessoalmente, e agora estava fingindo que nada d
Fernanda fixou seus olhos no conteúdo da página de Paola no Baidu Baike e começou a refletir: - Ela é realmente bonita... Mas me dá uma sensação de formalidade, não é tão acessível e simpática como você.Carolina fingiu estar se consolando e riu: - Mas ela é uma famosa violinista, não uma pessoa comum.- Acho que é só pose. – Fernanda retrucou.O celular de Carolina tocou, era Henrique. Ela rapidamente arrumou suas coisas e chamou Fernanda para sair.O carro de Henrique estava estacionado na frente do hospital, e quando ele viu Carolina e Fernanda se aproximando, rindo e conversando, com as bochechas coradas e cheias de vitalidade, ele não pôde deixar de sorrir, pensando que ela estava muito bem recuperada, o que não prejudicaria uma futura gravidez.- Eu te levo para casa. - Carolina abriu a porta do passageiro e convidou Fernanda a entrar.- Não é muito incômodo? - Fernanda se sentiu um pouco envergonhada e perguntou a Henrique. - Não é incômodo. - Henrique respondeu calmamente.O
Henrique acariciou a cabeça dela com impaciência, como se estivesse mimando Luna, o gato: - Já estamos casados, qual é o problema?- Assinamos um contrato com um prazo de três anos. Quando o prazo terminar, teremos que nos divorciar. – Carolina o repreendeu.- Não é necessário nos divorciarmos. Ou você deseja o divórcio? – Henrique perguntou maliciosamente. Carolina balançou a cabeça, falando seriamente: - Não é isso que eu quero dizer. Podemos nos separar em termos de namoro e contrato. Namoro é namoro, contrato é contrato. Os sentimentos se desenvolvem gradualmente, e quando ambos sentirmos que podemos avançar, não precisaremos mais do contrato. - Mas ela ainda planejava pagar os dois bilhões de reais que devia, na forma de um cheque.- Você não acredita que nosso relacionamento pode durar até o final? – Henrique perguntou mais uma vez.Carolina queria muito assentir, mas devido à grande disparidade entre as origens familiares e o status social dela e de Henrique, tinha medo de qu
As palavras de Daniel deixaram Carolina um tanto inquieta.Parecia que Beatriz estava recebendo apoio de alguém nos bastidores, alguém com considerável influência. No entanto, ela não podia deixar essa quantia de dinheiro escapar. Além disso, as coisas já haviam se deteriorado entre ela e a Família Santos há muito tempo. Isso não faria diferença significativa.Carolina aceitou a proposta com entusiasmo, e, para demonstrar sua sinceridade, Daniel transferiu cinquenta mil reais como adiantamento assim que desligaram o telefone."Beatriz é realmente uma pessoa difícil de lidar." Pensou Carolina, até com um pouco de dó, mas logo esse sentimento se dissipou e ela só conseguia pensar que esse um milhão mais e a herança que sua mãe deixou iriam permitir que ela chegasse perto dos dois bilhões, como sempre sonhou.Enquanto fazia planos mirabolantes com todo esse dinheiro, Carolina se lembrou de que Fernanda havia enviado algumas das joias que sua mãe tinha deixado para ela há algum tempo, mas
Beatriz se sentiu momentaneamente tensa, mas manteve um sorriso no rosto:- Minha irmã não vai ficar com ciúmes de você, certo?- Eu não tenho tempo para invejar um homem assim. – Carolina pigarreou.Um colega ao lado puxou levemente a manga dela:- Carolininha, você está difamando o Daniel...- Todos os difamadores dele estão apenas perdendo tempo. - Carolina riu inocentemente. - Você não se tornou diretora de uma empresa de entretenimento? Por que está escolhendo alguém tão sem importância? Deveria pelo menos procurar alguém do nível de um ator famoso, não acha?De repente, todos ficaram em silêncio.Beatriz piscou os olhos, surpreendentemente concordando com o que ela disse. Daniel realmente não se destacava na indústria do entretenimento, considerando sua posição e status atual, ela deveria estar buscando alguém melhor. Beatriz olhou para o homem que não ousou dizer uma palavra após ser repreendido por todos, se sentindo cada vez mais irritada. Carolina, alcançando seu objetivo, n