Quando ambos estavam prestes a sucumbir ao calor que os circundavam, o celular na cabeceira da cama tocou de repente.Os olhos de Henrique, antes preenchidos com paixão, recuperaram um traço de clareza, e ele olhou para a mulher desnuda, subitamente acordado.No momento seguinte, ele se levantou da cama, pegou o celular e entrou no banheiro.Com uma batida forte ele fechou a porta, a parede inteira pareceu vibrar, misteriosamente misturada com um toque de raiva e confusão.Esta situação era completamente inesperada.Carolina, na cama, ficou atordoada por um bom tempo, até ouvir o som do chuveiro no banheiro. Ela baixou o olhar para o próprio peito."Não é pequeno! O que ele quis dizer om isso, que ele não está satisfeito comigo? Sou tão ruim assim?"Carolina recordou sua iniciativa anterior, e de repente, um imenso sentimento de vergonha e derrota encheu o peito dela. Seus olhos se encheram de lágrimas, ela arrumou as roupas, bateu a porta e saiu.No andar de baixo, não havia sinal de
Carolina foi de ônibus para a Empresa R, atordoada. Ainda não era hora de começar o trabalho, o segurança e a faxineira estavam conversando casualmente no térreo.- Como está aquela sua parente, ela se divorciou?- Sim. E está passando dificuldades agora, ela é analfabeta e cuida sozinha de dois filhos. Eu disse para ela não divorciar, mas ela não me ouviu. Agora se arrepende, mas não há nada a fazer. Só para você saber, o marido dela ganha mais de um milhão por ano. Apesar do temperamento ruim, ele não fez nada de errado. Se ela não tivesse se divorciado, ela não teria que se preocupar com roupa e comida. Agora que se divorciou, quem sofre são as crianças.- Não tem jeito, os jovens são muito impulsivos, não há como detê-los.Carolina parou de prestar atenção no que eles diziam, ela fechou as mãos com força, tão apertado que os nós ficaram brancos.Carolina ficou parada, pensou profundamente por um longo tempo, antes de finalmente desistir da ideia de renunciar."Talvez ficar ao lado
- Não, já encontrei um novo emprego. - Carolina tomou um gole de água e dizendo.- Já? Vai trabalhar para qual empresa? - Lucas perguntou, surpreso.- Uma pequena empresa.- Você tem boas qualificações, por que escolheu uma empresa pequena?Cláudio interveio:- Posso te apresentar algumas oportunidades, não desperdice sua juventude.- Ele está certo, você pode usar isso como um trampolim, mas se quiser desenvolvimento a longo prazo, deve ir para uma grande empresa.- Sim, Carolina, não seja impulsiva em suas decisões.Carolina ouviu os conselhos deles, se sentindo acolhida. Ela sabia melhor do que ninguém, ela só aceitou o acorde de Henrique, justamente porque não podia ser impulsiva. Ela se sentia igualmente grata.- Vocês todos estão certos, vou fazer isso, não serei impulsiva. - Carolina sorriu astutamente, os olhos dela brilhavam como estrelas. - Eu pensei bem antes de tomar minha decisão, só aceitei porque essa empresa oferece um salário maior do que a Empresa R.Lucas olhou em se
Lucas soltou uma risada, achando que seus olhos o enganaram, ele continuou a caminhar até chegar no balcão.- Senhor, a conta da mesa oito já foi paga.Lucas hesitou, pensando subconscientemente que Carolina tinha pago a conta, mas quando voltou à mesa, descobriu que Carolina havia desaparecido.- Onde está Carolina?Cláudio abriu as mãos, sinalizando que não sabia.- Pergunte para Cristina.- Cristina não saiu agora pouco?- Eu estava com muito calor, fui na sorveteria aqui do lado comprar um picolé. Quando voltei, Carolina já tinha ido embora. – Disse Cristina, pegando o celular. – Vou ligar e perguntar. Talvez ela tenha ido ao banheiro.Lucas franziu a testa ligeiramente.- Carolina bebeu bastante, deve ter batido.Na rodovia.Carolina estava deitada no banco de trás do carro, sua cabeça estava zumbindo como se um trem estivesse correndo de um lado para o outro. A paisagem do lado de fora da janela parecia um quadro.Ela estava tonta e pensou em ligar para Cristina, mas o celular to
Carolina resistiu ao mal-estar e se endireitou para olhar o contrato. Os carros eram inúmeros e se movimentavam com velocidade durante a noite, Carolina quase vomitou quando Carlos freou bruscamente.A mão de Carolina, que estava prestes a acender a luz, recuou. Ela se inclinou, uma mão cobrindo a boca e a outra virando o contrato até a última página. Ela encontrou o lugar para assinar e rapidamente escreveu seu nome.Ela não tinha outra escolha, não tinha desejado nada. Henrique não poderia estipular nenhuma "cláusula irregular", pois o salário já havia sido negociado.Carolina passou o contrato e então fechou os olhos imediatamente, segurando a náusea. Os movimentos dela foram rápidos, como se ela não quisesse ter contato com Henrique.Henrique ficou com o rosto sombrio. "Você está me evitando?"Silêncio no caminho, em junho, a pressão do ar dentro do carro estava extremamente baixa.Carlos estava tremendo de frio. "Devo congelar só porque vocês estão brigando?"Rapidamente, eles che
- Sobrinho?Henrique franziu a testa:- Eu não tenho nenhum sobrinho.Carolina pareceu ouvir uma corda tensa se arrebentando em sua mente, a cabeça dela ficou em branco, ela olhou para o homem à sua frente, sem qualquer expressão nos olhos, e ficou parada ali, imóvel.Memórias dos últimos três meses passaram pela mente de Carolina, e ela percebeu que nem tudo estava perdido.Ela só estava com tanta pressa que as ignorou.Então, por que Diego diria que ela e o tio dele tinham um relacionamento nebuloso?Os pensamentos de Carolina começaram a voltar. "É o Lucas. Um parente distante, um ancião."Carolina ofegou, desejando poder se esmagar com um golpe.Henrique percebeu a anormalidade em Carolina, e com as duas mãos segurou seus ombros:- O que aconteceu? Você está se sentindo mal?- Eu estou bem.- Se não estiver se sentindo bem, vá para o hospital. Não seja teimosa, eu não quero ver um empregado trabalhando doente.Carolina olhou nos olhos dele, ficou em silêncio por um momento e depois
Na foto, Henrique estava preguiçosamente sentado no sofá. Devido ao ângulo, apenas metade do rosto dele estava visível, mas era o suficiente para impressionar.Fernanda viu o homem bonito na foto, especialmente a mandíbula marcante dele. Ela recuperou a compostura:- Esse não é o cara incrível que encontramos naquela noite, no bar, com o tio Diego? - A irritação de Carolina estava estampada no rosto. - O que você está dizendo?Fernanda, sem entender, repetiu:- Sim, no dia que nos encontramos, eu também o vi. É uma pena. Se você não estivesse se vingando daqueles canalhas e daquela mulher vulgar, você poderia tentar se aproximar dele.Mesmo no bar e tendo se encontrado apenas duas vezes, o carisma dele era inegável.Uma elegância impecável, uma aura extraordinária.Muitos se esqueceriam, mas com Henrique era diferente. Ele conseguia deixar uma marca.- Não diga isso... - Carolina quase chorou.Ela pensou que Fernanda estava se referindo a outra pessoa, mas na verdade, estava se referin
-O vô sofreu um ataque cardíaco. Venha imediatamente para o hospital.Os olhos estreitaram repentinamente. Sem hesitar, ela concordou imediatamente.Quarenta minutos depois, Carolina estava no hospital, observando pela janela de vidro. Rodrigo estava deitado na sala de emergência, com um tubo de oxigênio nas narinas e um rosto pálido.A cena diante dela apertou o coração:- Como vô pôde ter um ataque cardíaco tão súbito?Henrique tinha uma expressão vaga:- Estávamos jogando um Jogo de Escape com amigos e ele se assustou.- Só isso? – Ela perguntou, incrédula.Henrique assentiu.Carolina tocou o nariz pensativa:- Mas ele tem um coração de criança.- Os familiares do paciente, ele está acordado. - Uma enfermeira saiu do quarto e disse.Henrique olhou para Carolina:- Vai na frente.Carolina concordou e seguiu. Ambos entraram no quarto, Rodrigo os viu e um sorriso afetuoso surgiu no rosto envelhecido:- Estou bem. Por que Luís trouxe vocês aqui?Carolina apertou os lábios e deu conselho