George estava parado do lado de fora do salão de desfiles, sem saber ao certo o que dizer. A multidão se aglomerava, já que o evento anterior havia terminado, e muitas pessoas estavam se dirigindo apressadamente para o local do desfile.A primeira modelo entrou na passarela ao som de uma música leve e alegre. A temática desta semana de moda era a combinação do estilo juvenil e vibrante das estações de primavera e verão. No entanto, para atrair também mulheres maduras, muitos designers haviam incorporado elementos mais sofisticados em suas criações, resultando em uma fusão entre a jovialidade e a elegância feminina, criando assim um estilo refinado.A primeira modelo desfilava com uma roupa de altíssima qualidade, arrancando elogios do público presente. Muitas mulheres pegaram seus celulares para registrar a peça. A roupa era ideal para mulheres no ambiente de trabalho, equilibrando perfeitamente individualidade e moda sem parecer inadequada ou excessivamente madura.Até mesmo Jaqueline
Enquanto ela se distraía com seus pensamentos, a segunda modelo já havia chegado ao centro do palco. Se a primeira modelo tinha apresentado uma roupa bastante popular e adequada para muitas mulheres, a segunda parecia ainda mais impressionante.A passarela estava iluminada por um suave tom dourado, que destacava os tons sutis da roupa da modelo. Jaqueline ouvia dizer que tanto a roupa da primeira quanto a da segunda modelo foram desenhadas pelo mesmo estilista. A segunda modelo desfilava com um vestido de verão que parecia dançar a cada passo. Para acentuar a elegância e sensualidade feminina, o vestido tinha uma única alça sobre o ombro esquerdo, deixando o ombro direito à mostra, com um decote assimétrico que sugeria tanto mistério quanto sofisticação.A saia do vestido era simples, sem muitos adornos, fluindo como água ao redor das pernas da modelo. O tecido leve e esvoaçante capturava a essência do verão, transmitindo uma sensação de frescor e liberdade. Jaqueline sabia que adicio
A iluminação no local do desfile diminuiu até que não se podia ver nada à frente. A única luz restante estava focada no centro do palco. Foi então que Diana surgiu das sombras, caminhando lentamente até se posicionar sob o feixe de luz. Quando finalmente chegou ao centro, todas as luzes se acenderam de repente, revelando um cenário deslumbrante.O salão brilhava com intensidade, e todos os olhos estavam fixos em Diana. Jaqueline não pôde deixar de arregalar os olhos ao vê-la. O vestido “A Canção do Lótus Vermelho” realmente fazia jus ao nome e à expectativa. O design era impecável, digno de ser o destaque do evento.O vestido tinha como cor principal um vibrante tom de vermelho, que fazia a pele de Diana parecer mais clara e luminosa. Era um vestido longo, mas a barra tinha sido cortada em um padrão diagonal que acentuava as pernas e a silhueta da pessoa que o vestia, sem exagerar nos detalhes.Para realçar a cintura, o designer George havia incluído um cinto de franjas com pérolas. Es
Que tipo de estratégia Diana usou para fazer o designer George ceder? Essa pergunta pairava na mente de Jaqueline enquanto ela observava o desenrolar dos eventos no desfile de moda. Diana estava no centro do palco, envolta em uma aura de autoconfiança que parecia indestrutível. Mas Jaqueline, com sua perspicácia e conhecimento dos bastidores, sabia que havia muito mais por trás daquela fachada.Jaqueline refletiu sobre isso, se lembrando das interações passadas com Diana. A maneira como ela manipulava as pessoas, suas ações calculadas. Era óbvio que Diana tinha recorrido a algum tipo de ameaça. George, afinal, não era qualquer designer. Ele era uma lenda na indústria, conhecido por sua integridade e pelo trabalho impecável. Para ele, ceder às exigências de Diana significava que ela havia tocado em um ponto fraco ou utilizado uma arma poderosa contra ele.Naquele momento, George estava sentado na plateia, com o rosto sombrio. Suas mãos estavam entrelaçadas no colo, os dedos se apertand
Jaqueline, embora não se considerasse a pessoa que mais conhecia Diana, havia aprendido a interpretar cada movimento e expressão dela ao longo de suas interações. Desde o primeiro encontro, Jaqueline se dedicava a entender Diana, observando cada nuance de comportamento, cada mudança sutil em seu rosto. Mesmo agora, enquanto Diana forçava um sorriso para as câmeras, Jaqueline podia ver a raiva borbulhando sob a superfície. Era um talento adquirido ao longo de anos de convivência com figuras públicas, onde a verdade frequentemente se escondia por trás de máscaras bem ensaiadas.As palavras das duas atrizes na primeira fila eram perfeitamente audíveis para Jaqueline, dada a proximidade entre o palco e a plateia. O teatro era pequeno, intimista, projetado para criar uma conexão imediata entre o público e os performers. Diana não conseguia ouvir os comentários, ou os ignorava completamente, ou simplesmente não se importava com o que diziam, ou então tinha algum problema auditivo. Mas Jaque
Depois de descer do palco do desfile, Diana estava determinada a entender por que aquelas duas atrizes disseram tais palavras ofensivas. Suas mãos ainda tremiam de raiva e humilhação enquanto ela seguia a multidão até a área da recepção. As luzes da passarela agora pareciam distantes, mas a dor da humilhação estava fresca e ardente em sua mente.Ao chegar à entrada do salão onde a recepção seria realizada, Diana avistou as duas atrizes conversando e rindo como se nada tivesse acontecido. Sentindo seu coração acelerar, ela avançou decidida e bloqueou o caminho delas, com uma postura que não deixava espaço para desconsideração. Seu rosto, antes marcado por um sorriso forçado para as câmeras, agora era uma máscara de determinação.- Eu ouvi claramente o que vocês disseram no desfile. - Começou Diana, suas palavras afiadas como lâminas. - Gostaria que repetissem, agora, na minha frente.As duas atrizes pararam de repente, confusas com a súbita confrontação. Uma delas, mais ousada, deu um p
Sorrir de alguém era algo que apenas os perdedores se permitiam, mas naquele momento Jaqueline não conseguiu se conter. As imagens insensatas de Diana sempre surgiam em sua mente, como uma sombra indesejada que se recusava a desaparecer. Ela não queria dizer muito, afinal, como alguém tão arrogante poderia se acalmar e ouvir os conselhos dos outros? E a cada vez, Diana estava prestes a enlouquecê-la.- Jaqueline. - Começou Diana, sua voz fria e calculada. - Por que você está rindo? Acha que estou passando vergonha? Olhando para Diana com uma atitude de quem tudo podia, Jaqueline já não sentia mais nada por ela. Seus olhos sempre estavam cheios de compaixão e paciência, agora apagados e frios como o gelo. Não importava o que Diana fizesse nos próximos dias, Jaqueline não ia mais tentar consertar as coisas, pois seria inútil.- O que você quer afinal?Jaqueline só esperava que Diana não envergonhasse a família real, de resto, mesmo que ela hoje fosse enganada por alguém, não era problem
Tudo isso só podia ser culpa da Diana. Cheia de más intenções e sempre achando que estava sendo perseguida, isso era apenas o resultado de suas próprias más ações. Se houvesse alguém a culpar, seria ela mesma, a principal culpada de seus próprios problemas. Jaqueline estava tão perto de dar um soco na cabeça de Diana, mas se conteve. Estavam nos cantos das escadas entre dois andares, escondidas, mas se muitas pessoas aparecessem, certamente notariam a tensão entre elas, o que só pioraria as coisas. A atmosfera estava carregada de eletricidade, como se a qualquer momento uma tempestade pudesse estourar.- Eu não tenho tempo para perder com você, vá embora! - Jaqueline exclamou, a voz cortante como um chicote. Ela quase pisou com força no pé de Diana, apertando firmemente a mão dela que não soltava, causando dor suficiente para quase fazer Diana chorar. O rosto de Diana se contorceu de dor e humilhação, mas ela permaneceu obstinada, se recusando a dar o braço a torcer.- Jaqueline, você