O rei e a rainha iniciaram a dança, dando o sinal para que todos os outros também pudessem se sentir à vontade para participar. Normalmente, os homens, com um toque de cavalheirismo, tomariam a iniciativa de convidar as moças para dançar. No entanto, o príncipe Leonardo tinha uma certa dificuldade com questões emocionais e românticas, sendo muitas vezes comparado a uma pedra de gelo. Ana Clara, por outro lado, nunca foi do tipo que se intimidava ou que se deixava levar por formalidades excessivas. Com uma determinação que sempre lhe foi característica, ela caminhou diretamente até o príncipe Leonardo e perguntou: - Príncipe Leonardo, você poderia me convidar para dançar? Sua abordagem direta surpreendeu os espectadores. Poucas mulheres eram tão francas, e nenhum cavalheiro recusaria um pedido tão claro.Leonardo, um tanto quanto desconcertado, estendeu a mão em um gesto mecânico e educado.- Claro, Srta. Ana Clara, eu posso convidar você para dançar? Além de tudo, ele admirava Ana
Os jovens nobres ficaram um tanto decepcionados ao ouvirem Diana dizer isso, percebendo que suas esperanças de dançar com Jaqueline foram esmagadas. A beleza recém-descoberta da princesa, que agora se revelou já casada, fez com que os rapazes perdessem a chance de cortejar ela. A transição de uma jovem solteira para uma mulher casada deixou eles desanimados.Naquele momento, alguns se lembraram de Diana. Um grupo de jovens nobres rapidamente se dirigiu até Diana, ansiosos, tentando convidar ela para dançar.- Princesa Diana, posso convidar você para uma dança? A mesma cena se repetiu diante de Diana. Ela sorriu de leve para todos, como se estivesse prestes a escolher um deles. Olhares ansiosos se voltaram para ela, mas de repente, Diana recolheu a mão e disse:- Me desculpem, senhores, mas eu também já encontrei meu parceiro de dança. Dizendo isso, ela passou pelo grupo de jovens talentosos e caminhou em direção a um certo ponto. Que piada, esses caras só lembraram dela depois de ser
Ela ficou parada no lugar, perplexa, desejando poder destruir Samuel. Afinal, qual era o problema de gostar dele? Isso não dava a ele o direito de rejeitar ela e deixar ela constrangida!- Meu irmãozinho bobo não entende nada de romance. Como ele pode recusar uma princesa tão adorável? Querida princesa, posso ter a honra desta dança? - Disse Vitor, o playboy, surgindo no momento crítico, aliviando a situação embaraçosa de Diana, fosse por acaso ou intencionalmente.- Claro. - Respondeu a princesa Diana, aceitando a proposta. Afinal, ela precisava de um par para dançar naquela noite, e Vitor surgiu no momento certo.Os dois começaram a dançar no salão, girando e saltando. Vitor ainda fez um gesto de aprovação para o seu irmão.Vitor apenas queria ficar quieto. Essa princesa insistente queria que seu irmão dançasse com ela, e ele estava lá para resgatar ele.Parecia um final típico de uma história de dormir para meninas, com todos dançando com alegria, mas ainda não havia terminado.Laví
A maior diferença era a presença de alguns jovens a mais e a ausência de alguns idosos, o que dificultava a infiltração de estranhos. No entanto, tudo isso era para garantir a segurança de Jaqueline. O baile terminou rapidamente.Alguns passaram uma noite agradável, enquanto outros tiveram uma experiência triste, entediante ou cheia de inveja. Os plebeus receberam seus presentes e foram satisfeitos para casa, enquanto os nobres se despediam educadamente.Samuel não teve coragem de se despedir de Jaqueline. Apenas se despediu do rei e da rainha antes de partir. Jaqueline notou sua presença, mas decidiu não dizer nada, apenas observando sua partida.Já era tarde quando o rei e a rainha sugeriram que Jaqueline e Valentino passassem a noite no palácio e retornassem no dia seguinte. O quarto de Jaqueline estava sempre limpo e arrumado, então eles aceitaram a sugestão.No caminho para o quarto, um empregado carregava o selo do feudo de Jaqueline, junto com uma coroa e um cetro, todos guarda
Jaqueline mal podia esperar para compartilhar a boa notícia com Valentino, mas ao se virar, viu duas manchas vermelhas de sangue sob o nariz alto e reto de Valentino.- Valentino, por que de repente está sangrando? Será que você bebeu demais ontem à noite? Quer que eu prepare algo para você se sentir melhor? - Jaqueline olhou com preocupação para Valentino, que arqueou uma sobrancelha. Jaqueline, de repente, entendeu o que ele poderia estar pensando e ficou vermelha como um tomate. Ela não quis dizer aquilo!- Eu não preciso de nada disso, só preciso que minha querida esposa pegue um lenço para mim. E da próxima vez, lembre-se que eu estou bem atrás de você quando for se levantar. - Disse Valentino, com um olhar levemente repreensivo, e Jaqueline então percebeu que foi ela quem fez ele sangrar.Sentindo-se culpada, Jaqueline rapidamente foi buscar um lenço de papel, murmurando: - Desculpe, desculpe, Tino, não fique bravo, é que fiquei tão animada e feliz ao ouvir que a Lavínia veio m
- Venham aqui, troquem minhas roupas. Quero ver minha irmã. - Diana disse isso de forma arrogante e entrou no vestiário, esquecendo completamente que ainda estava em confinamento domiciliar. Participar do baile já tinha sido uma concessão após muitas lágrimas e ela até aceitou prolongar sua punição por isso. Mas ela esqueceu e ninguém lembrou ela, nem mesmo havia guardas do lado de fora de seus aposentos.As empregadas ajudaram ela a trocar de roupa, e logo ela e suas acompanhantes seguiram em direção aos aposentos de Jaqueline. No caminho, Diana chamou uma das empregadas e sussurrou algo em seu ouvido: - Vá, faça o que eu te pedi…- Sim, princesa.A empregada correu na frente em direção aos aposentos de Jaqueline, onde Lavínia e Simão tinham acabado de chegar.- Lavínia! Você veio me ver! Eu sabia que você é a melhor. - Jaqueline correu para abraçar Lavínia assim que a viu.Mas Lavínia manteve uma expressão séria e estendeu a mão, bloqueando Jaqueline.- Pare aí, garota sem coração.
Os dois homens tiveram a mesma ideia e trocaram um sorriso cúmplice.- Jaque, eu te vi ontem à noite, você parecia uma verdadeira princesa, descendo do céu em seu vestido. Fiquei completamente hipnotizada. - Disse Lavínia, sorrindo enquanto olhava para Jaqueline, genuinamente feliz por sua amiga.Jaqueline, surpresa e incrédula, respondeu:- Você estava no baile ontem? Deveria ter vindo me encontrar!- Ah, mas você sabe que alguém não me deixou entrar. Mas não importa, hoje estou aqui. Quando te vi, só pensei em uma coisa. - Disse Lavínia, mudando rapidamente de assunto para evitar mais detalhes.Jaqueline, curiosa, perguntou:- O que você pensou? Foi que minha beleza te conquistou?Lavínia riu e balançou com determinação a cabeça.- Não, não. Pensei que finalmente meu sonho de ser sustentada por uma amiga rica estava se realizando! Hahaha!...Jaqueline deu um leve tapa no braço de Lavínia, fingindo estar ofendida.- Lavínia, você não tem jeito!Ela fez uma cara de decepção, pois semp
Assim que as duas chegaram à porta do quarto, deram de cara com alguém.- Irmã, que coincidência! Eu estava indo te ver e você já estava saindo. Estamos mesmo em sintonia. Como você dormiu na noite passada? - Diana cumprimentou Jaqueline com um sorriso falso, que revirou os olhos internamente. Sintonia com ela? Nem pensar!- Maninha, você veio na hora errada. Eu estava prestes a levar minha amiga para tomar café da manhã. Não vou poder te fazer companhia. - Jaqueline respondeu com um sorriso forçado e já puxou Lavínia para sair.Lavínia percebeu rapidamente a mudança de humor de Jaqueline e questionou ela com o olhar:- Quem é essa? O que está acontecendo? - Nada, só uma chata. Depois te explico. Vamos sair daqui agora e não ligue para ela. - Disse Jaqueline, articulando silenciosamente com os lábios, e as duas, em sintonia, se entenderam perfeitamente.Mas a expressão de Diana mudou. As duas estavam trocando olhares e gestos, ignorando ela completamente, como se ela fosse uma idiota.