— Sebastian finalmente se casou com você, mas não esqueceu do dia em que o deixou plantado no altar. Tinha sido decidido que a cerimônia privativa, onde poucas pessoas seriam convidadas, mas depois que você fugiu, talvez tenha mudado um pouco. — Um pouco? Ele chamou até a imprensa!— É claro que ele chamaria, ele ficou longe da mídia social por sua causa, só assim para pegá-la de surpresa como fez. — Isso explica o porquê que ele se passou por nosso professor. — Falou Rebecca, enquanto estendia sua mão para tomar um copo de água que havia sobre a mesa. — Sebastian é bastante cauteloso, e esperto, talvez ele soubesse que você tentaria fugir. — Disse Luana. Não deixei que elas continuassem quando percebi a volta indevida de Sebastian no salão, ele sentou-se ao meu lado e acompanhado por seu amigo e agora braço direito, Lorenzo. — Por favor meninas, voltem a conversar, finjam que não estou aqui. — Ele pediu, como se soubesse que estávamos justamente dele. — Sebastian, sei que não
— Eu sinto muito por ter falhado com você. — Ela disse, me abraçando de volta.— Você deu o seu melhor, acredite. — Respirei fundo antes que chorasse. — Eu espero que fique bem enquanto eu estiver longe.— Não se preocupe, eu vou ficar bem. — Desfizemos o abraço. Antes que me afastasse ela informou: — Tive uma conversa com Juliano, suas amigas ficarão comigo. Senti um grande alívio por elas, só assim saberei que não estarão naquele ambiente de tortura em que elas estavam. Me aproximei delas e também as abracei, logo depois deixei o andar. Voltei para o salão de festa, agora havia menos pessoas, mas uma boa quantidade para se despedir de nós. Avistei Sebastian e me aproximei dele, sem titubear eu enlacei a sua mão na minha. Ele apenas observou meus movimentos.— Está pronta?— Estou, Sebastian.— Que bom, vamos então. De mãos dadas, fomos direto a limusine e em seguida entramos. O motor foi ligado e logo começamos a sair daquele local, ainda olhei para trás, e a visão das pessoas q
Sebastian começou a avançar para minha direção, seus passos eram ágeis e precisos, seu semblante sério e decidido voltaram a me apavorar.— Espera, Sebastian. Vamos conversar! Ele parou, seu rosto antes sério suavizou por um instante, então, deduzi que ele estava me dando um tempo para começar.— Eu te falei que poderíamos chegar a um acordo, se lembra? Eu sei que fui prometida a você, mas só isso, não precisamos consumar o casamento ou dividir a mesma cama. Assim como eu, você foi obrigado aceitar ordens de outras pessoas tentando dominar nossas vidas, mas agora casamos e não precisamos fazer nada em diante. Eu falava com euforia, sabia que a possibilidade dele aceitar era nula, até porque me deixou claro a vontade imensa de estar dentro de mim.— Eu ainda não ouvi o acordo. — Falou, ao enfiar suas mãos dentro dos bolsos de sua calça.— Eu sei que se casar comigo não foi para salvar a minha família da morte, o único interesse eram nas terras que estão em meu nome, aqui mesmo, na
Eu não sabia bem o que estava sentindo naquele momento, mas dentro de mim, um frio cortante dilacerava meu interior por partes, lenta e dolorosamente ao escutar as palavras ameaçadoras de Sebastian. No fim das contas ele conseguiu o que tanto queria, se casar comigo e consumar a nossa união em lua de Mel. Achei que isso seria suficiente para entretê-lo por horas e esquecer de suas tramas contra mim, de me subjugar e punir por cada ousadia e desobediência. Enquanto ele conseguia o que tanto queria, me tratava como uma égua que acaba de conquistar após uma luta árdua e cansativa. Me xingava e me humilhava em palavras enquanto me fodia, então como esperado eu o enfrentei como se fosse um incapaz, e talvez, só talvez tenha o feito lembrar do que precisa fazer comigo. Estou nua na cama, no meio do mar da Sicília, longe da terra e de qualquer coisa que me pudesse ajudar contra ele. Sebastian está na minha frente, nu e virial como que acabara de acabara de sair de um longo e prazeroso
Sou despertada ouvindo a sua voz bem próxima de mim. Aos poucos vou acordando e abrindo os olhos que imploram para permanecer fechados, recém-abertos eu percebo que o ambiente está iluminado, mas não com uma luz costumeira, era vermelho. Em minha frente estava Sebastian, com suas partes de baixo coberta por uma calça moletom que passava do seu tornozelo, quanto ao seu peitoral, estava completamente exposto aos meus olhos. Olhei para os lados e notei que era um quarto grande e quase vazio, deduzi que fosse, pois assim que fui forçada a entrar neste quarto e quando trocamos algumas palavras, ouvia-se apenas o eco. Pelo pouco que pude virar a cabeça, vi que continha uma cama coberta com um simples lençol de cetim vermelho, algumas cômodas ao lado decorando o leito, um armário de vidros transparente e dentro dela havia várias cintas de couro, da fina a mais grossa, com tiras e resquícios de vidro, um verdadeiro terror. — Que horas são? — Foi a única coisa que eu perguntei. — É hora de
— Ocupado, me pediu que buscasse vocês.— Ocupado é? Tudo bem. Encarei seu corpo de relance antes de entrar de vez no carro, Dante estava coberto por um terno admirável, parecia vir assim de algum lugar. Até passar pelos portões o trajeto até chegar em casa foi em completo silêncio, uma das meninas cochilaram e a outra não conseguia descansar os olhos de tanta preocupação por sua vida e medo. O veículo estacionou e todas nós descemos, passamos pela grande porta até chegar na sala principal, onde Tereza me esperava para saber como foi o casamento da nossa amada Alice.— Boa noite, senhora. — Boa noite, Tereza. Por favor, peça para uma das empregadas que arrume dois quartos para nossas hóspedes, elas passaram uma temporada aqui.— É claro, senhora. Mas antes disso eu me atrevo perguntar... Quem são?— Amigas de Alice, da Califórnia. Tereza as encarou e abriu um enorme sorriso acolhedor, mas antes que pudesse dizer algumas palavras, ela andou rapidamente atrás das empregadas. Assi
Virei-me para encará-lo outra vez fui surpreendida ao vê-lo tão próximo de mim, seu rosto, seu corpo, estava tão perto que me saltou oxigênio. Desci meus olhos para o seu peitoral nu, sem esperar, Dante me estendeu um copo de bebida, eu peguei e bebi o líquido de uma vez.— Você veio. — Ele disse. — Você chama, eu venho. — Respondi, andando até a mesa e depositando o copo em cima. — E também eu não ia conseguir dormir esta noite. — Por quê? Preocupada com sua filha?— O que você acha? — Perguntei com arrogância. — Agora ela está casada com o Mortalla. Foi difícil vê-la beijar aquele desgraçado.— Não adianta se lamentar, não há mais nada que você poça fazer. — Você sabe que há uma coisa que posso, mas é arriscado para todos, até mesmo para Alice, por isso estou insegura de fazer. — Nem você se salvou, por que quer salvá-la desta vida a todo custo? — Porque ela é a minha filha! E é isso que as mães fazem, elas protegem as crias, fazem de tudo para mantê-las longe do perigo. — Al
A algo em Dante que me faz questionar as palavras que acabaram de sair da minha boca, seu olhar antes fixo em mim se distanciaram dos meus olhos e voltaram-se para a garrafa de vinho próxima da cama, sua atitude não me passou confiança. Dante e eu já fizemos parceria quando eu servia secretamente ao Juliano, mas quando mencionei em acabar com Marco, sua expressão foi diferente quando falei o mesmo de Sebastian Mortalla. Ele se levanta e se serve com um pouco de bebida e toma todo o líquido de uma vez, assim que me encarou, questionei:— O que houve? — Uma coisa é matarmos o Marco, e outra muito diferente é tentar matar o Sebastian Mortalla.— Está com medo?— Estamos falando de Sebastian Mortalla! O cara é o chefe de toda a Cosa Nostra, é rodeado de seguranças leais, tem aliados por todas as partes. Acha mesmo que vai conseguir matá-lo?— Está duvidando de mim, Dante? Esquece quem sou?— Você fez algumas missões secretas para Juliano, eu sei disso. Mas inimigos treinados já tentara