Islanne Lima Cheguei em Washington e fui direto procurar o barco em que eu morava, mas para a minha surpresa, ele havia sumido. Na mesma hora liguei para o meu pai, pois eu não podia acreditar que ele havia perdido o barco também, embora eu não fosse voltar a morar lá, eu venderia para levantar um dinheiro, agora que vou cuidar do meu Andrew sozinha e ainda trabalhar na galeria daqui. Peguei o celular e comecei a ligar, mas ele não atendia. Reparei duas moças entrando num barco ao lado e estavam rindo de mim. Provavelmente seria por estar com um bebê e duas malas, mais o cobertor dele, e ainda o celular. — Ei! Você não pode ficar nessa área, aqui é apenas para quem tem barco, se não sair vou pedir para o segurança ajudá-la! — eu não estava a fim de responder, então para não mandar a mulher para o inferno, eu a ignorei. — Sai daí, mãe solteira! Traiu o Leno e acabou sozinha e sem dinheiro? — ao ouvir a outra falando, me virei depressa. — Como é?
Louis Davis Eu não sei ao certo por quanto tempo fiquei naquela cadeira. Fiquei olhando por um tempo o agito do hospital e a cada minuto mais pessoas se juntavam com o Matthew e a família deles. Eu me mantive afastado, até por que no momento eu não era mais nada dela além de um amigo, e também sou um homem casado. Olhei para a tela do meu celular e um leve sorriso brotou quando vi a foto da Islanne e do Andrew na imagem, pelo menos eu ainda tenho uma família que me ama em casa. Entrei na agenda para ligar para ela, por que eu precisava dela ali comigo, e estranhei tantas ligações dela, perdidas... eu havia deixado no silencioso e nem percebi. Vi que tinha mensagens, e me apavorei quando li que o Andrew ficou doente. Me levantei de onde eu estava no mesmo instante, indo para o local que ela avisou que estava, mas parei no meio do percurso, quando vi que já fazia três horas que ela havia me enviado, certamente não estava mais ali. Avisei o Matthew qu
Islanne Lima Fiquei feliz em poder dormir sem fome, mas me senti muito estranha naquela casa, sozinha e com tantas lembranças da minha mãe querida. Andrew resmungou e eu me lembrei de algo muito importante... — Ah, querido! Eu já ia esquecendo que a mamãe nunca mas estará sozinha... — olhar para aquele rostinho tão lindo e angelical me deixou emocionada, coloquei ele bem pertinho de mim contra o meu corpo. — O que foi? Também estranhou a casa nova? — eu só espero não deixá-lo triste de ficar longe do seu pai, porque não tinha mais o que eu pudesse fazer. Ao ligar o celular vi inúmeras ligações do Louis,, da casa dele, do celular e até do escritório. Eu ignorei, já sabia que seria assim, ele sempre tenta compensar as coisas que faz, me agradando, mas já chega! Não sou uma mulher idiota que cai todas às vezes, e agora ficou mais fácil porque tenho um motivo bem claro para isso. Ouvi um barulho no portão, olhei pela fresta da cortina e era ele.
Louis Davis “Advogado e também um conhecido”, aquela frase ficou se repetindo na minha cabeça, e eu nem conseguia reagir, saber o que faria, agora. Pela primeira vez na minha vida, tomei uma decisão insana, corri feito louco até o meu carro e pisei fundo naquele acelerador... eu vim para ir atrás dela, então é isso que vou fazer. Marquei o modelo do carro, e como permaneceram na avenida, eu os encontrei com facilidade. Cuidei para não ser visto, parei a alguns metros de onde eles desceram. Fiquei dentro do carro, e observei o que faziam, eu não iria atrapalhar o passeio dela, mas assim eu saberia o horário certo para procurá-la e saberia onde encontrar. O tal Gregory desceu primeiro, e não entendi pra que tanta cordialidade. Ele abriu a porta dela e ainda segurou na sua mão para ajudá-la a descer, ficaram próximos demais, aquilo não tinha nenhuma necessidade. O cara tirou o meu filho dos braços dela, e eu fiquei com uma impressão estranha, de que
Islanne Lima Eu não estava acreditando que o Louis mais uma vez, veio tentando me enrolar. Eu já estou tão cansada disso. Hoje o advogado me explicou certinho como faço para pedir o divórcio, e será fácil, não quero nada que não é meu, então é simples, ele só precisa aceitar assinar. — Diga, Louis... porque quer que eu volte? — ele me olhava daquele jeito que odeio, se fazendo de coitado, como se fosse um santo. — Temos um filho juntos... — nem deixei o cretino continuar e ataquei aquela rosa nele até destruir, que raiva! — Vai embora, daqui! Eu não quero mais saber de você, chega! — fui empurrando ele pra fora, nem chegou a ver o Andrew no carrinho. — O que foi que eu fiz? Você nem me deixou falar! — gesticulou, tentando voltar a entrar, mas eu me irritei mais. — Esse é o problema... você não faz! Você não faz nada, Louis, não entende nada, não sabe como resolver as coisas! “Tudo” o que você faz, alguém precisou te dizer como fazer, a única c
Louis Davis — Eu preciso mudar isso, bebê! A sua mãe está muito brava, como vou acalmá-la? — converso com o Andrew que dorme como um anjo. Islanne está no banho, e já roí as unhas de nervoso, pensando no que fazer para trazer ela de volta pra mim. Já vi mensagens do Igor, Luana e Edineide..., mas já vi que tudo depende de mim, e não deles, mas como fazer? Enquanto eu pensava, cheguei a morder a ponta do dedo quando vi que a Islanne saiu do banheiro com uma lingerie preta, completamente sensual. De que inferno ela tirou aquilo? Os meus olhos, a seguiram, os cabelos soltos e molhados, aquela lingerie minúscula na frente, com uma cinta liga, a parte de cima bem exposta, toda em renda preta e pequenas pedrinhas deixando detalhes em pontos específicos. Tirei o dedo mordido da boca e coloquei no peito, eu estava sem ar. Precisei me conter, o que ela estava querendo com isso? Islanne estava diferente... na nossa casa ela vivia com roupas largas
Islanne Lima Eu não estou conseguindo controlar a raiva que estou do Louis. Aquele safado mexe comigo, me faz ceder, e eu não posso. Eu jamais deveria ter deixado que ele me beijasse, mas que droga! O meu peito está doendo, eu me lembro bem das palavras dele, principalmente chamando ela de querida, então soa falso pra mim, tenho a impressão de que ele está me enganando, me enrolando de novo. Sei que posso parecer louca, pois a Malu morreu e não vai voltar, mas o que posso fazer se isso me machucou, tanto? — Deveria limpar o batom borrado e arrumar o cabelo... — ouvi a voz do Gregory, e quase morri de vergonha. — Aí me Deus, sério que ficou marcado? — passei a mão na boca no mesmo momento e ele sorriu, pude ver pelo retrovisor. — Está tudo bem, eu te entendo. Imagino o quanto esteja sendo difícil, e acredite... eu acho que você deveria ouvi-lo melhor, ele não me parece uma pessoa ruim. — fiquei pensativa. — Às vezes penso que ele pode es
Louis Davis Os ciúmes estavam me matando. Quando vi de longe que o carro do advogado, estava dentro do quintal da casa dela, foi como levar um choque. O portão não estava trancado, eu entrei como um ladrão na calada da noite, temendo o que eu encontraria lá. Cuidei com o barulho dos pés, observei aonde as luzes estavam acesas e andei, por onde estava apagado. Já estava tarde, mas eu não conseguiria dormir se não soubesse o que estava acontecendo, e com a cara e a coragem eu me aproximei do escuro e pequeno corredor entre a sala e a cozinha, e fiquei observando. Estranhei logo de cara... o advogado segurando as pernas dela no sofá, tirou as suas sandálias e ela saiu apressada para o quarto. Olhei bem para o rosto do cara, ele não me via, mas eu vi o seu sorriso de vitória quando ela saiu. Eu sabia que ela estava arrumando a cama, então escorreguei até o chão, sentando na calçada sem saber o que fazer, seria infantil demais eu continuar atrapalha