Louis Davis “Advogado e também um conhecido”, aquela frase ficou se repetindo na minha cabeça, e eu nem conseguia reagir, saber o que faria, agora. Pela primeira vez na minha vida, tomei uma decisão insana, corri feito louco até o meu carro e pisei fundo naquele acelerador... eu vim para ir atrás dela, então é isso que vou fazer. Marquei o modelo do carro, e como permaneceram na avenida, eu os encontrei com facilidade. Cuidei para não ser visto, parei a alguns metros de onde eles desceram. Fiquei dentro do carro, e observei o que faziam, eu não iria atrapalhar o passeio dela, mas assim eu saberia o horário certo para procurá-la e saberia onde encontrar. O tal Gregory desceu primeiro, e não entendi pra que tanta cordialidade. Ele abriu a porta dela e ainda segurou na sua mão para ajudá-la a descer, ficaram próximos demais, aquilo não tinha nenhuma necessidade. O cara tirou o meu filho dos braços dela, e eu fiquei com uma impressão estranha, de que
Islanne Lima Eu não estava acreditando que o Louis mais uma vez, veio tentando me enrolar. Eu já estou tão cansada disso. Hoje o advogado me explicou certinho como faço para pedir o divórcio, e será fácil, não quero nada que não é meu, então é simples, ele só precisa aceitar assinar. — Diga, Louis... porque quer que eu volte? — ele me olhava daquele jeito que odeio, se fazendo de coitado, como se fosse um santo. — Temos um filho juntos... — nem deixei o cretino continuar e ataquei aquela rosa nele até destruir, que raiva! — Vai embora, daqui! Eu não quero mais saber de você, chega! — fui empurrando ele pra fora, nem chegou a ver o Andrew no carrinho. — O que foi que eu fiz? Você nem me deixou falar! — gesticulou, tentando voltar a entrar, mas eu me irritei mais. — Esse é o problema... você não faz! Você não faz nada, Louis, não entende nada, não sabe como resolver as coisas! “Tudo” o que você faz, alguém precisou te dizer como fazer, a única c
Louis Davis — Eu preciso mudar isso, bebê! A sua mãe está muito brava, como vou acalmá-la? — converso com o Andrew que dorme como um anjo. Islanne está no banho, e já roí as unhas de nervoso, pensando no que fazer para trazer ela de volta pra mim. Já vi mensagens do Igor, Luana e Edineide..., mas já vi que tudo depende de mim, e não deles, mas como fazer? Enquanto eu pensava, cheguei a morder a ponta do dedo quando vi que a Islanne saiu do banheiro com uma lingerie preta, completamente sensual. De que inferno ela tirou aquilo? Os meus olhos, a seguiram, os cabelos soltos e molhados, aquela lingerie minúscula na frente, com uma cinta liga, a parte de cima bem exposta, toda em renda preta e pequenas pedrinhas deixando detalhes em pontos específicos. Tirei o dedo mordido da boca e coloquei no peito, eu estava sem ar. Precisei me conter, o que ela estava querendo com isso? Islanne estava diferente... na nossa casa ela vivia com roupas largas
Islanne Lima Eu não estou conseguindo controlar a raiva que estou do Louis. Aquele safado mexe comigo, me faz ceder, e eu não posso. Eu jamais deveria ter deixado que ele me beijasse, mas que droga! O meu peito está doendo, eu me lembro bem das palavras dele, principalmente chamando ela de querida, então soa falso pra mim, tenho a impressão de que ele está me enganando, me enrolando de novo. Sei que posso parecer louca, pois a Malu morreu e não vai voltar, mas o que posso fazer se isso me machucou, tanto? — Deveria limpar o batom borrado e arrumar o cabelo... — ouvi a voz do Gregory, e quase morri de vergonha. — Aí me Deus, sério que ficou marcado? — passei a mão na boca no mesmo momento e ele sorriu, pude ver pelo retrovisor. — Está tudo bem, eu te entendo. Imagino o quanto esteja sendo difícil, e acredite... eu acho que você deveria ouvi-lo melhor, ele não me parece uma pessoa ruim. — fiquei pensativa. — Às vezes penso que ele pode es
Louis Davis Os ciúmes estavam me matando. Quando vi de longe que o carro do advogado, estava dentro do quintal da casa dela, foi como levar um choque. O portão não estava trancado, eu entrei como um ladrão na calada da noite, temendo o que eu encontraria lá. Cuidei com o barulho dos pés, observei aonde as luzes estavam acesas e andei, por onde estava apagado. Já estava tarde, mas eu não conseguiria dormir se não soubesse o que estava acontecendo, e com a cara e a coragem eu me aproximei do escuro e pequeno corredor entre a sala e a cozinha, e fiquei observando. Estranhei logo de cara... o advogado segurando as pernas dela no sofá, tirou as suas sandálias e ela saiu apressada para o quarto. Olhei bem para o rosto do cara, ele não me via, mas eu vi o seu sorriso de vitória quando ela saiu. Eu sabia que ela estava arrumando a cama, então escorreguei até o chão, sentando na calçada sem saber o que fazer, seria infantil demais eu continuar atrapalha
Islanne Lima Hoje faz uma semana que o Louis sumiu. Ele não me ligou, nem mandou mensagem, simplesmente desapareceu. Fiquei me sentindo estranha, acho que eu já estava acostumada com ele por perto, e quem me manda mensagens para saber do Andrew é a irmã dele, que provavelmente pergunta a pedido dele mesmo. O Gregory continua me visitando, quase todos os dias Nos vemos, mas nunca mais tentou me beijar, é como se aquele momento do beijo tivesse sido apagado da mente dele. Eu já recebi a documentação que solicitei, parece que o Gregory agilizou as coisas e eu já sou oficialmente uma mulher livre, embora eu sempre tenha a impressão que está faltando algo na minha vida. Hoje fui cedo para a galeria de dança, e estranhei quando me chamaram na recepção para receber uma entrega. — Isso é pra mim? — estranhei o tamanho do buquê de flores que recebi, com ele veio uma caixa linda, e eu mal conseguia segurar. — Sim, eu acho que vou levar lá pra
Islanne Lima Dessa vez foi muito diferente estar com ele. Nenhuma vez fomos interrompidos, era estranho ele só olhar para mim, só falar comigo... — E, como você está? Como tem se sentido morando outra vez em Washington? — me perguntou. Eu não me lembro dele me fazer tais perguntas, parecia não se preocupar com isso. — Eu gosto daqui. Mas, eu estranho morar naquela casa, me lembra a minha mãe e também as crises do meu pai. Não consigo dar aulas, apenas dicas, pois não consigo soltar o Andrew nem um minuto sozinho no carrinho, morro de medo, principalmente depois da negligência daquela babá. — desabafei. Louis segurou a minha mão a todo o momento. — Islanne, você pode vender a casa, e então compramos outra! — Eu não quero o seu dinheiro, Louis! — ele abaixou os olhos. — Não precisa aceitar o meu dinheiro, apenas aceite a minha ajuda para vender e comprar outra do seu gosto, você pode descrever como gosta, e eu te ajudo. Tenho muitos contatos, aqui.
Edineide Santos da Rosa O interfone tocou, e fui ansiosa atender, estava esperando o Ulisses, e hoje ele vai passar a noite aqui comigo. Para o meu espanto, era um oficial de justiça, mas a esse horário? Que estranho... O deixei entrar, e quando estava fechando o portão o meu gato chegou e também entrou depois me cumprimentar. Hoje estava mais sério. — Com visitas, gata? — Pode entrar, Ulisses. Vamos atendê-lo na sala... — falei, ele assentiu e o oficial entrou. Sabem que olhando agora, o oficial é tão bonito... quero só ver se o Ulisses vai deixar ele tão à vontade, porque infelizmente descobri o defeito do meu gato... não tem ciúmes de nada, e isso me irrita, dá a impressão que não valho nada pra ele, e hoje se não tiver nenhuma reação, eu colo uma peruca nele, só para arrancar aqueles cabelos depois, de raiva. Ajeitei os meus cabelos e fiz um charme com as mãos, chamaria a atenção desse homem, hoje. Me fiz de normal, mas andei remexendo o