A fuga
Ao escutarem uma voz grossa e alta, o pai das meninas olhava para dentro da casa e quando os olhos de Safira e de seu pai se encontrava, ela sabia que ele dizia com o olhar para ela se esconder, a mulher assentia com a cabeça olhando triste para o homem e corria segurando na mão de sua irmã menor ...
Safira guiava sua irmã até um compartimento secreto que havia na casa, elas iam para a sala da casa e nela tinha um piso que era meio solto, lá em baixo era o esconderijo que seu pai havia feito a um tempo, ela ajudava a sua irmã a descer, e assim que ela estava segura lá em baixo, Safira descia com cuidado e colocava o piso no lugar e se encolhia no pequeno cômodo e achava em um canto um abajur e decidia o ligar, havia uma tomada ali em baixo e vários itens de seu pai, estava a maior bagunça ali, ela olhava para a sua irmã que estava amedrontada, mas ela dizia baixo para ela.
--- Fique calma, e não fale nada... Confie em mim irmã.
A menina assentia com a cabeça e segurava firma na mão da irmã maior...
Assim que elas olhavam sobre a quina do piso, elas conseguiam ver um pequeno pedaço da sala... Safira queria saber o que estava acontecendo, até que ela escuta uma voz... Do seu pai, e do outro homem que havia chegado na casa deles ...
O tal homem e seu pai entravam na sala, pelo que a mulher via, o homem estava nervoso, seu olhar era de fúria...
O homem gritava para o pai da meninas...
-- Onde está o mapa do tesouro? Me dê logo seu merdinha, não estou com paciência. Se não me der, vou acabar com os seus miolos...
A irmã menor ouvindo aquilo, arregalava os olhos, Safira abraçava a irmã para que ela ficasse calma...
A mulher ficava ali escutando tudo atentamente, ela não sabia o porquê daquilo estar acontecendo, tinha muitas coisas que a mulher mal sabia...
O pai delas, dizia negando com as mãos.
-- Eu não vou te dar, Yuri.
O homem dizia firme olhando para o outro, que se chamava Yuri.
O homem não havia gostado da resposta que ouvirá, ele queria de todo o jeito o mapa do tesouro. Mas, ele não daria a ele, o aranha sabia que seria morto mesmo se o entregasse, ele seria firme e não deixará o tesouro nas mãos dele...
Yuri sorria com raiva no olhar, ameaçando o aranha vermelha.
--- Tem certeza disso, seu desgraçado? Vou acabar com sua raça e depois das suas filhas ...
Safira apertava mais a sua irmã e dizia para ela ficar em silêncio. A menina obedecia e cobria o rosto de sua irmã, e Safira tentava ver tudo o que acontecia acima de si...
Yuri ia para cima do aranha vermelha, querendo o matar, ele até desviou dos ataques, mas Yuri era forte e estava com armas, e o aranha não tinha nada para se defender, só as mãos, Yuri sorria diabólicamente e avançava dizendo achando aquilo uma graça...
--- Respire bem, porque sera a última vez que fará isso, seu aranha de merda.
Ele avança correndo em direção ao homem que o derrubava no chão e começava acertando ele com facadas, ele atingia a barriga dele e o rosto, ele tentava se defender, mas era em vão, ele levava mais facadas por todo o seu corpo, ele gritava de dor até que começava a perder a consciência por conta do sangue que escorria no chão da sala, Yuri continuava com os ataques rindo que nem um louco, ele dava mais algumas facadas no corpo do homem falecido no chão e dizia se levantando todo sujo de sangue, havia espirrado na roupa dele e em seu rosto, ele limpava a faca na blusa dizendo ao corpo sem vida.
--- Ahhhh, o que eu disse... Acabei com você seu merda, e vou encontrar o mapa do tesouro e vou torturar as suas filhas ...
Ele dizia rindo dali, caçando as garotas pela casa, elas escutavam o homem gritando para os capangas procurarem por elas...
As duas levantavam a cabeça e viam o sangue ali escorrendo pelo chão da sala, aquilo tinha sido demais e Safira chorava em silêncio, a sua irmã também, ela tremia de medo agarrando a sua irmã, mas Safira a consolava dizendo bem baixo em seu ouvido.
--- Eu estou aqui, me entendeu ? Sua irmã sempre estará do seu lado, nada vai te acontecer.
Safira beijava o alto da cabeça dela e continuava a lhe abraçar, ela iria esperar eles saírem para que as duas pudesse fugir daquele homem perverso, que havia matado o seu pai perversamente.
Yuri e os seus homens procuravam pela casa inteira pelas garotas, ele havia até chutado as coisas na casa pelo caminho com raiva .... Ele se cansava de procurar e dizia aos outros para irem embora, eles passavam pelo portão saindo dali.
Assim que ele saia, Safira decidia que iria vingar o seu pai, ela havia gravado o rosto daquele homem em sua memória... E iria atrás dele em breve.
As duas saiam do esconderijo e assim que olhavam o seu pai falecido elas tampavam a boca sentindo as lágrimas rolarem, mas Safira dizia a irmã que começava a caminhar até o seu pai.
--- Ele se foi Kiara, não podemos fazer mais nada, não podemos nos aproximar do nosso pai... Temos que tentar ficar a distância...
Ela dizia isso por conta das digitais, sua irmã assentia limpando as lágrimas, elas saiam dali sem tocar em nada e se escondiam longe de casa até que não tivessem sinal do agressor de seus pais, Safira não queria esbarrar com ele pelas ruas, pois Yuri estava a procura delas pela cidade, Safira decidia esperar escurecer para ela e sua irmã fugirem para um lugar seguro...
Quando já era noite, as duas haviam conseguido ir até um varal de uma casa próximo a casa delas e pegarem algumas roupas no varal, as duas usavam capas escuras, era o melhor para não serem vistas após saírem pelas ruas, assim que elas olhavam para a rua em frente a casa que haviam pegados as roupas, elas viam homens armados, Safira sabia que estavam a procura dela, por isso, as duas voltavam para a frente de sua casa em silêncio, Safira ia até o local que havia enterrado o baú que o seu pai havia lhe pedido, ela cavava com a mão mesmo e assim que pegava o baú ela tirava o excesso de terra e assim que abria ela não acreditava no que estava em suas mãos...
Era o mapa do tesouro de Gura, o chefão do tráfico, que todos estavam atrás, e aquele tesouro agora estava consigo, a mulher abria os olhos com pavor daquilo, mas decidia o guardar bem, ela colocava o mapa que estava dentro do baú em uma bolsa que ela havia roubado também e colocava a bolsa por dentro da capa que estava usando, para ficar em segurança, ela pegava o baú o cavando de volta no buraco para que se eles achassem aquele baú, pensassem que o mapa estivesse ali dentro, ela terminava e tampava o buraco e limpava as suas mãos se levantando e pegava na mão da sua irmã.
-- Vamos irmã.
Kiara assentia e ia com sua irmã.
Safira beijava o rosto dela e seguiam andando de cabeça baixo e pegando um caminho secreto, bem longe dos homens de Yuri.
Assim que elas andavam muito pelas ruas, ela pararam e compraram algo para comer, Safira tinha algumas moedas e conseguiu comprar um salgado para ela e sua irmã, elas haviam dividido o lanche e seguiam andando alertas a cada pessoa em sua volta, assim que elas andavam um pouco mais se sentindo cansadas, Safira se lembrava que seu pai tinha um amigo naquele bairro, ela tentava se lembrar da casa e assim que achava, ela batia na porta e agarrava a sua irmã, ela tinha medo de que os homens a achassem...
Assim que o homem velho abria a porta, Safira pedia um favor a ele...
--- Senhor, sei que é bastante amigo do meu pai, eu preciso de um favor seu ... Quero a sua ajuda para ir ao país vizinho, Estados Unidos, você pode nos ajudar. Por favor??
O homem olhava sério para as duas e dizia concordando coçando a cabeça.
--- Ok, tudo bem, vão para aquele corredor, lá tem uma pequena casa para vocês se abrigarem, sou o dono daquela casa, podem ir que já vou.
Safira agradecia sorrindo ao homem que acenava para ela.
As duas caminhavam até o local.
O homem ali, pegava o seu celular olhando para as duas que estavam indo em direção a casa que ele as informou...
A ligação era atendida e o homem dizia para a pessoa do outro lado da linha...
--- Eu sei como pagar a dívida que estava te devendo... Venha até a minha casa, tenho uma surpresa pra você ..
O homem dizia não com felicidade no olhar, mas ele tinha que fazer aquilo... Era a vida dele em jogo, ou a delas...
Fugindo Chegando no local onde o velho havia dito a garota, ela se sentava em um dos bancos que tinha ali e descansava um pouco, sua irmã fazia o mesmo, ela olhava ao redor e sentia o seu corpo mole devido ao tanto que caminharam, Safira colocava a mão no rosto da menina, a acariciando e dizia tentando fazer ela sorrir um pouco.-- Logo iremos sair daqui, ok minha linda? Vamos esperar só mais um pouco. Tá bom?A menina assentia pegava na mão da irmã, Safira tentava de todo jeito transmitir tranquilidade a sua irmã, ela falava a menor sobre aonde elas iriam, sua irmã era esperta, ela deixava o papel com ela, do lugar onde elas iriam, que era no país vizinho ao seu, Safira já havia decorado o nome do lugar, endereço e o nome do homem que se chamava Kosta, o seu pai havia dito que ele iria as ajudar, a mulher era boa de memória, por isso ela entregava a sua irmã, que guardava o papel amassado.-- Não perca isso, se acontecer algo... Se nos separarmos por um momento, iremos nos encontrar
o contrato de casamentoA mulher dizia olhando para o homem que a fitava com os olhos negros e sérios, ela achava que já o tinha visto em algum lugar, mas não se recordava totalmente...--- Eu.... Vim pedir a sua ajuda, o meu pai, me pediu para te encontrar, aconteceu algumas coisas... Inesperadas...A mulher sentia o seu coração doer, ela não havia chorado pelo seu pai por conta de sua irmã, ela foi forte por ela, a mulher nunca foi amável com o seu pai e os dois não trocavam carinho de pai e filha, mas ela se sentia mal com a morte dele, ela só tinha agora a sua irmã, que nem sabia onde ela estava... Seus olhos se enchiam de lágrimas e o homem ali, reconhecendo ela no dia do bar, suspirava fundo e dizia a mulher sem paciência.--- Ok, vamos conversar lá dentro, me siga.Ele dizia curto e grosso já andando.Safira despedia-se da prostituta e seguia o homem a sua frente, que era alto, másculo, de barba por fazer, olhos negros e parecia um tanto misterioso para si ...Assim que chegava
novo lar... Uma senhora chamava a mulher e a guiava aos andares de cima, para lhe mostrar o seu quarto, ela seguia a senhora e quando chegava na suite em que ficaria, ela ficava encantada com o lugar, era lindo, ela ficava caminhando por todo o quarto, havia um closet para si, banheiro, e uma sala para refeições em seu quarto enorme, ela sorria por um momento esquecendo da loucura que lhe aconteceu, aquilo ali, era incrível, mas uma parte de si, volta a realidade, ela começava a se sentir mal mais uma vez, se sentando na cama lembrando de sua irmã, ela não sabia onde ela estava e o que fazia lá fora... Aquilo acabava com ela, lhe machucava intensamente... Ela deixava escapar as lágrimas e chorava um pouco em silêncio... Ela queria que aquela dor, saísse de seu coração, ela queria saber se sua irmã estava bem...Antes de Kosta se deitar... O homem era chamado pelo seu advogado, que morava naquela enorme mansão, ele batia na porta e Fernando permitia ele entrar, o homem grandão passav
A amante de FernandoDia seguinte ... O advogado de Kosta batia na porta de seu quarto, o homem se levantava devagar após o barulho, ele calçava seus chinelos e ia lentamente até a porta, ele a abria e encontrava seu advogado desejando um bom dia para ele que desejava o mesmo ao outro, ele entregava os documentos de Safira dizendo.-- Aí está os documentos dela, Senhor. O café da manhã vai ser servido agora.Kosta que era conhecido como Serpente Cinza, por ele ser ameaçador com os seus inimigos e sempre vencer-los usando o seu veneno, usando as fraquezas contra eles, Kosta era muito bom nisso.Ele pegava os documentos agradecendo e dando uma ordem antes de seu advogado sair.-- Peça que a criada responsável por Safira, a chame para tomar café da manhã, e verifique se já compraram algumas roupas para ela.O advogado assentia se retirando, Kosta decidia trocar de roupa e ir tomar o seu café, o dia seguinte teria muitas coisas para resolver em sua mansão, por exemplo, ele queria saber
Safira olhava seria para ela, querendo saber o que ela faria agora, Letícia achando graça, ria alto achando aquela mulher hilária, ela achava que a outra estava zombando de si, ela sabia que Kosta nunca se casaria, ela a respondia ainda sorrindo achando aquilo uma piada.--- Casada?? Com o Kosta? Me poupe querida, não seja ridícula...Safira então a chamava para dentro, dizendo querendo provar para a mulher ali que os dois estavam casados.--- Se não acredite, entre, vou chamar meu marido para vocês conversarem.Safira seguia andando para dentro e Letícia com raiva a seguia, ela queria saber se as palavras de Safira, eram verdadeiras.Ao chegarem no corredor, Safira seguia até o escritório de seu marido, ela havia decorado o lugar, ainda bem que sua memória era boa, ela dava duas batidas na porta e uma voz elas escutavam...-- Quem é?Safira coçava a garganta e dizia.-- Sou eu, Safira.Fernando Kosta ao ouvir que era sua esposa, guardava os papéis que estava arrumando e dizia a ela c
Irmã de Safira...Letícia se gabava após falar aquelas nojeiras, Safira a achava vulgar e mesmo sabendo que aquele casamento não era real para si, algo naquela mulher a incomodava e Fernando sentia isso, o incômodo da mulher, mas ele se divertia vendo aquilo.Letícia continuava a falar, dando em cima de Fernando, ela passava a mão no rosto dele e descia para o peitoral, o alisando por cima da blusa cavada que ele usava, Kosta fazia não com a cabeça, pedindo que a mulher parasse, mas ela não fazia, ela apenas sorria e continuava.— Não está gostando, gostoso? Quer que eu pare?Safira não aguentava e mandava a loira calar a boca.— Cala a sua boca, sua vaca… Para de se insinuar para ele.Safira ia pra cima tirando as mãos dela de cima de Fernando, a loira não gostava disso e olhava para ela sentindo nojo e dizia olhando pra Safira de cima a baixo.— Você não me toca, sua… pobre de merda, tenho certeza que Fernando casou por você por dó, porque está passando por necessidades, porque olha
O paradeiro de Kiara.Safira sorria de orelha a orelha e pulava de emoção e abraçava o serpente no entusiasmo que sentia, assim que ela estava com os seus braços em volta da cintura do homem com o seu rosto em seu peito, ela sentia a loucura que fizera, a mulher se afastava levantando o seu rosto, ela via que ele estava sério, paralisado pela ação que ela fizera, Safira colocava uma mecha atrás de sua orelha e dizia morrendo de vergonha…— Bom, então vamos…Ela se afastava mais, e ele parava de pensar no que aconteceu e começava a caminhar dizendo ignorando tudo que aconteceu.— Vamos logo.Os dois seguiram até o carro do serpente, era um Koenigsegg CCXR Trevita de cor cinza, assim que a mulher via o carro arregalava os olhos o carro era super chique e lindo, ela entrava do lado do copiloto e Kosta ligava o automóvel e acelerava com pressa, ele seguia até o orfanato onde sua irmã estava hospedada. Ele queria chegar lá depressa e tirar a garota de lá…No caminho, Safira ficava olhando
Procurando respostas. Assim que ele dizia a mulher, a outra levantava a cabeça sorrindo para ele, serpente piscava para ela tentando flertar com ela para que a mulher o ajudasse, ela assentia mordendo o lábio dizendo...--- Eu vou tentar...Ela piscava para ele e discava um número no celular...Safira ficava esperando e olhava feio para o serpente, ele não ligava para a raiva que ela sentia, ele estava tentando ajudar, e flertar sempre funcionava com ele... O homem sempre consegue ter a mulher que queria, mas Safira se sentia incomodada com isso, além de que ela achava isso nojento.Ela ficava esperando a mulher lhes dar alguma posição, e ficava batendo os pés no chão, se sentindo nervosa, Serpente segurava os braços dela dizendo aproximando o seu rosto do dela, tentando fazer ela se acalmar...--- Nós vamos conseguir respostas, ok? Se acalme.Ela olhava nos olhos dele que estavam sérios, a mulher tentava se acalmar e assentia com a cabeça... Ela sentia, por um momento, uma sensação