O primeiro encontro
Safira estava atrasada para o seu primeiro dia de trabalho em um bar. Ela terminava de se arrumar, passando um batom rosa nos lábios e vestindo uma roupa qualquer: uma saia curta que chegava ao meio das coxas e uma blusa preta de botões que marcava sua cintura. Safira se olhava no espelho e ajustava seus cabelos. Tinha cabelos negros que iam até os ombros, com franjas que quase cobriam seus olhos. Ela ajeitava a franja e sorria para si mesma, sentindo-se confiante naquele dia. Esperava que seu chefe não a repreendesse por chegar um pouco atrasada.
Correndo em saltos baixos, Safira olhava para sua irmã, que estava em seu quarto, colorindo um livro que Safira havia comprado para ela. A mulher tinha juntado moedas para dar aquele presente.
Sorrindo ao ver a irmãzinha, Safira saía dali e avistava o pai, que xingava algo ao telefone. Ela ignorava o comportamento habitual de seu pai e seguia em direção ao trabalho. Sempre encontrava algum tipo de trabalho para pagar as contas e comprar algumas coisas para sua irmã. Ela andava pela rua, atenta ao seu entorno, apesar de já estar escurecendo e as ruas estarem um pouco desertas. Ela não gostava disso, mas continuava a caminhar até o bar, que não ficava muito longe de sua casa.
Após alguns minutos, Safira chegava ao bar e cumprimentava seu chefe, que tinha uma expressão carrancuda. Ele a repreendia em tom elevado:
— Se você se atrasar de novo, está demitida, sua folgada. Agora vá servir os clientes, ande logo.
Engolindo em seco, Safira agradecia por não ter sido demitida e assentia, pegando alguns copos e colocando-os em uma bandeja junto com as garrafas de vinho. Os homens começavam a levantar as mãos pedindo vinho a Safira.
Ela se dirigia a cada mesa, servindo todos os homens que estavam lá, atendendo aos pedidos de bebida. Assim que enchia os copos deles, os homens agradeciam sorrindo e observavam as curvas da mulher, que chamavam a atenção de todos ali.
Safira seguia para o fundo do bar e, enquanto servia mais um senhor que a chamava, notava, no fundo e longe do alcance de outros olhares, um homem alto com barba por fazer e uma expressão ameaçadora nos olhos. Ele segurava outro homem pela gola da camisa, e havia outros homens ao redor, todos parecendo bastante irritados. Safira se assustava com a cena e percebia que ninguém fazia nada. Aquele bar estava acostumado a tais acontecimentos, embora ela não soubesse disso, mas entendia que ninguém iria interferir. O homem começava a agredir brutalmente o outro homem e fazia perguntas que Safira não conseguia discernir. Ele parecia furioso, socando e chutando o outro homem com violência. Safira deixava a garrafa de vinho cair no chão, assustando a todos e fazendo com que o agressor soltasse o homem, que caía no chão. A garrafa quebrava, derramando vinho pelo chão e fazendo uma bagunça. Os homens que estavam com o agressor e o próprio agressor olhavam para a garota, que estava com os olhos arregalados de medo. Ela via as mãos do homem sujas de sangue, enquanto o homem agredido corria, escapando das garras do agressor. Os outros homens não conseguiam pegá-lo, pois ele havia fugido rapidamente.
Os homens, agora enfurecidos, se aproximavam de Safira com raiva, a ameaçando:
— Sua idiota, olha o que você fez. Você vai pagar por isso. Você nem consegue fazer o seu trabalho direito e ainda atrapalhou nossos planos. O homem fugiu, sua idiota.
Eles também não queriam que ela contasse a ninguém o que aconteceu. Aquele lugar era conhecido por essas situações, tudo era permitido ali, e Safira tinha visto tudo. Se ninguém a defendesse, ela estaria em apuros. Tremendo de medo, ela não conseguia dizer nada. O homem à sua frente estava prestes a agredi-la quando alguém o interrompeu.
O dono do bar chegou para defendê-la e disse ao outro homem:
— Senhor, por favor, não faça isso. Peço desculpas, isso não vai mais acontecer. Ela não vai contar a ninguém, eu prometo.
O outro homem grunhiu de raiva, e o agressor se aproximou de Safira, olhando-a sério e a examinando cuidadosamente. Ele a achava bonita, mas não era do seu interesse.
— Não ouse contar a ninguém o que aconteceu aqui. Vamos te poupar.
Essas foram as únicas palavras que ele disse. O homem chamado Fernando olhou para o dono do bar e saiu com seus homens. Safira sentiu suas pernas pararem de tremer e conseguiu relaxar um pouco. O dono do bar a olhou, passando a mão na testa, e disse:
— Limpe isso. A partir de agora, você vai ficar na cozinha cuidando das coisas por lá. Não quero mais confusão.
Ela assentiu envergonhada e pegou os materiais de limpeza para arrumar a bagunça.
Ela se sentia aliviada por não ter sido demitida...
Mas... Ela já estava sentindo um medo avassalador daquele homem. Ela se perguntava quem ele era e por que estava agindo daquela maneira. E em um bar ainda? Eram muitas dúvidas, mas ela sabia que não deveria se preocupar com isso, não era da sua conta.
Assim que terminou de arrumar a cozinha do bar, a mulher voltou para casa. Ao entrar na sala, ouviu seu pai, parado na cozinha, falando ao telefone com alguém. Ele estava xingando a pessoa do outro lado da linha, mas quando percebeu os passos da filha, virou-se furioso ao vê-la ali e saiu para o quintal, a fim de que ela não ouvisse mais nada.
No fim daquela noite, antes de ir dormir, seu pai bateu à porta do seu quarto. Ela abriu, surpresa, e encontrou o pai segurando algo em suas mãos. Curiosa, ela olhou para o objeto antes de perguntar, mas ele a interrompeu com seriedade.
-- Pegue isso e cave em algum lugar lá fora... Faça isso.
Ela perguntou, achando aquilo totalmente estranho.
-- Como assim, pai? O que é isso?
Ele a repreendeu, zangado. -- Só faça o que estou pedindo, Safira. Obedeça seu pai, por favor.
Na mesma hora em que falou com raiva, ele se desculpou e foi gentil na mesma frase. Safira não entendia por que seu pai estava naquele estado. Ele parecia abatido e cansado. Sabia que ele trabalhava para o chefe da máfia Escorpião Venenoso, e, mesmo que não gostasse disso, compreendia que ele estava fazendo o possível para proporcionar um bom futuro para suas filhas.
Ele olhou para ela mais uma vez, depois saiu, deixando o objeto em suas mãos. Era um pequeno baú, vermelho, com brilhos ao redor. Ela o encarou sem saber o que fazer com ele.
Nos dias que se seguiram à ordem do pai, Safira conseguiu fazer alguns trabalhos temporários para ganhar dinheiro. Levava sua irmã mais nova, Kiara, de dez anos, para a escola e tentava dar a ela toda a atenção que merecia. Kiara a amava e demonstrava isso quando chegavam à escola.
"Te amo, irmã. Até mais tarde."
Safira se abaixou e deu um beijo na bochecha rosada da irmã.
--Eu te amo mais, maninha. Cuide-se, está bem?
Kiara assentiu e acenou para a irmã antes de entrar na escola.
Safira voltou para casa e começou a cuidar do jardim, que não era grande. Regou as plantas e tentou manter tudo organizado. Enquanto se agachava, ouviu um barulho no portão, como se alguém estivesse entrando. Olhou na direção do portão e viu seu pai, que não aparecia em casa há dois dias. Ao observá-lo, Safira se assustou. Ele estava ferido, com o rosto arranhado e marcas de facadas pelo corpo. Ela cobriu a boca, chocada, enquanto seu pai, exausto, a encarava.
-- Filha, quero que faça algo por mim. Saia daqui, vá buscar sua irmã. Vocês precisam sair e seguir para um endereço que está na minha mesa. Por favor, esta pessoa vai protegê-las e ajudá-las. Ele se chama Kosta, mora nos Estados Unidos. Vá buscar sua irmã o mais rápido possível.
Ele gritou e caiu no chão. Safira estava desesperada vendo seu pai naquele estado. Sabia que algo terrível tinha acontecido. Correu até a escola da irmã, que não ficava longe, decidida a trazê-la para casa. Ela seguiria as instruções do pai, mesmo que ele não fosse um pai carinhoso na maioria das vezes. Percebia que ele queria o melhor para elas, e faria o que ele pedia.
Após alguns minutos com a irmã ao seu lado, as duas voltaram para casa em busca do papel que o pai lhes mencionara. Safira estava nervosa, suas mãos tremiam, mas tentava tranquilizar a irmã, assegurando que nada de ruim estava acontecendo.
Finalmente, Safira encontrou o papel com o endereço e o memorizou antes de guardá-lo dentro do sutiã. Quando estava prestes a sair, ouviram alguém abrindo o portão de sua casa.
A fuga Ao escutarem uma voz grossa e alta, o pai das meninas olhava para dentro da casa e quando os olhos de Safira e de seu pai se encontrava, ela sabia que ele dizia com o olhar para ela se esconder, a mulher assentia com a cabeça olhando triste para o homem e corria segurando na mão de sua irmã menor ...Safira guiava sua irmã até um compartimento secreto que havia na casa, elas iam para a sala da casa e nela tinha um piso que era meio solto, lá em baixo era o esconderijo que seu pai havia feito a um tempo, ela ajudava a sua irmã a descer, e assim que ela estava segura lá em baixo, Safira descia com cuidado e colocava o piso no lugar e se encolhia no pequeno cômodo e achava em um canto um abajur e decidia o ligar, havia uma tomada ali em baixo e vários itens de seu pai, estava a maior bagunça ali, ela olhava para a sua irmã que estava amedrontada, mas ela dizia baixo para ela.--- Fique calma, e não fale nada... Confie em mim irmã.A menina assentia com a cabeça e segurava firma
Fugindo Chegando no local onde o velho havia dito a garota, ela se sentava em um dos bancos que tinha ali e descansava um pouco, sua irmã fazia o mesmo, ela olhava ao redor e sentia o seu corpo mole devido ao tanto que caminharam, Safira colocava a mão no rosto da menina, a acariciando e dizia tentando fazer ela sorrir um pouco.-- Logo iremos sair daqui, ok minha linda? Vamos esperar só mais um pouco. Tá bom?A menina assentia pegava na mão da irmã, Safira tentava de todo jeito transmitir tranquilidade a sua irmã, ela falava a menor sobre aonde elas iriam, sua irmã era esperta, ela deixava o papel com ela, do lugar onde elas iriam, que era no país vizinho ao seu, Safira já havia decorado o nome do lugar, endereço e o nome do homem que se chamava Kosta, o seu pai havia dito que ele iria as ajudar, a mulher era boa de memória, por isso ela entregava a sua irmã, que guardava o papel amassado.-- Não perca isso, se acontecer algo... Se nos separarmos por um momento, iremos nos encontrar
o contrato de casamentoA mulher dizia olhando para o homem que a fitava com os olhos negros e sérios, ela achava que já o tinha visto em algum lugar, mas não se recordava totalmente...--- Eu.... Vim pedir a sua ajuda, o meu pai, me pediu para te encontrar, aconteceu algumas coisas... Inesperadas...A mulher sentia o seu coração doer, ela não havia chorado pelo seu pai por conta de sua irmã, ela foi forte por ela, a mulher nunca foi amável com o seu pai e os dois não trocavam carinho de pai e filha, mas ela se sentia mal com a morte dele, ela só tinha agora a sua irmã, que nem sabia onde ela estava... Seus olhos se enchiam de lágrimas e o homem ali, reconhecendo ela no dia do bar, suspirava fundo e dizia a mulher sem paciência.--- Ok, vamos conversar lá dentro, me siga.Ele dizia curto e grosso já andando.Safira despedia-se da prostituta e seguia o homem a sua frente, que era alto, másculo, de barba por fazer, olhos negros e parecia um tanto misterioso para si ...Assim que chegava
novo lar... Uma senhora chamava a mulher e a guiava aos andares de cima, para lhe mostrar o seu quarto, ela seguia a senhora e quando chegava na suite em que ficaria, ela ficava encantada com o lugar, era lindo, ela ficava caminhando por todo o quarto, havia um closet para si, banheiro, e uma sala para refeições em seu quarto enorme, ela sorria por um momento esquecendo da loucura que lhe aconteceu, aquilo ali, era incrível, mas uma parte de si, volta a realidade, ela começava a se sentir mal mais uma vez, se sentando na cama lembrando de sua irmã, ela não sabia onde ela estava e o que fazia lá fora... Aquilo acabava com ela, lhe machucava intensamente... Ela deixava escapar as lágrimas e chorava um pouco em silêncio... Ela queria que aquela dor, saísse de seu coração, ela queria saber se sua irmã estava bem...Antes de Kosta se deitar... O homem era chamado pelo seu advogado, que morava naquela enorme mansão, ele batia na porta e Fernando permitia ele entrar, o homem grandão passav
A amante de FernandoDia seguinte ... O advogado de Kosta batia na porta de seu quarto, o homem se levantava devagar após o barulho, ele calçava seus chinelos e ia lentamente até a porta, ele a abria e encontrava seu advogado desejando um bom dia para ele que desejava o mesmo ao outro, ele entregava os documentos de Safira dizendo.-- Aí está os documentos dela, Senhor. O café da manhã vai ser servido agora.Kosta que era conhecido como Serpente Cinza, por ele ser ameaçador com os seus inimigos e sempre vencer-los usando o seu veneno, usando as fraquezas contra eles, Kosta era muito bom nisso.Ele pegava os documentos agradecendo e dando uma ordem antes de seu advogado sair.-- Peça que a criada responsável por Safira, a chame para tomar café da manhã, e verifique se já compraram algumas roupas para ela.O advogado assentia se retirando, Kosta decidia trocar de roupa e ir tomar o seu café, o dia seguinte teria muitas coisas para resolver em sua mansão, por exemplo, ele queria saber
Safira olhava seria para ela, querendo saber o que ela faria agora, Letícia achando graça, ria alto achando aquela mulher hilária, ela achava que a outra estava zombando de si, ela sabia que Kosta nunca se casaria, ela a respondia ainda sorrindo achando aquilo uma piada.--- Casada?? Com o Kosta? Me poupe querida, não seja ridícula...Safira então a chamava para dentro, dizendo querendo provar para a mulher ali que os dois estavam casados.--- Se não acredite, entre, vou chamar meu marido para vocês conversarem.Safira seguia andando para dentro e Letícia com raiva a seguia, ela queria saber se as palavras de Safira, eram verdadeiras.Ao chegarem no corredor, Safira seguia até o escritório de seu marido, ela havia decorado o lugar, ainda bem que sua memória era boa, ela dava duas batidas na porta e uma voz elas escutavam...-- Quem é?Safira coçava a garganta e dizia.-- Sou eu, Safira.Fernando Kosta ao ouvir que era sua esposa, guardava os papéis que estava arrumando e dizia a ela c
Irmã de Safira...Letícia se gabava após falar aquelas nojeiras, Safira a achava vulgar e mesmo sabendo que aquele casamento não era real para si, algo naquela mulher a incomodava e Fernando sentia isso, o incômodo da mulher, mas ele se divertia vendo aquilo.Letícia continuava a falar, dando em cima de Fernando, ela passava a mão no rosto dele e descia para o peitoral, o alisando por cima da blusa cavada que ele usava, Kosta fazia não com a cabeça, pedindo que a mulher parasse, mas ela não fazia, ela apenas sorria e continuava.— Não está gostando, gostoso? Quer que eu pare?Safira não aguentava e mandava a loira calar a boca.— Cala a sua boca, sua vaca… Para de se insinuar para ele.Safira ia pra cima tirando as mãos dela de cima de Fernando, a loira não gostava disso e olhava para ela sentindo nojo e dizia olhando pra Safira de cima a baixo.— Você não me toca, sua… pobre de merda, tenho certeza que Fernando casou por você por dó, porque está passando por necessidades, porque olha
O paradeiro de Kiara.Safira sorria de orelha a orelha e pulava de emoção e abraçava o serpente no entusiasmo que sentia, assim que ela estava com os seus braços em volta da cintura do homem com o seu rosto em seu peito, ela sentia a loucura que fizera, a mulher se afastava levantando o seu rosto, ela via que ele estava sério, paralisado pela ação que ela fizera, Safira colocava uma mecha atrás de sua orelha e dizia morrendo de vergonha…— Bom, então vamos…Ela se afastava mais, e ele parava de pensar no que aconteceu e começava a caminhar dizendo ignorando tudo que aconteceu.— Vamos logo.Os dois seguiram até o carro do serpente, era um Koenigsegg CCXR Trevita de cor cinza, assim que a mulher via o carro arregalava os olhos o carro era super chique e lindo, ela entrava do lado do copiloto e Kosta ligava o automóvel e acelerava com pressa, ele seguia até o orfanato onde sua irmã estava hospedada. Ele queria chegar lá depressa e tirar a garota de lá…No caminho, Safira ficava olhando