Eu tinha perdido todo auto controle que sempre acreditei ter, naquele momento eu só queria quebrar a cara dos dois homens que fizeram minha Sophie sofrer, dos dois babacas que estavam acabando com a nossa noite perfeita.Mas então no meio de toda minha loucura uma voz se sobressaiu, eu soube que era Sophie me tirando daquelas trevas e dos pensamentos assassinos e trazendo de volta para ela.— Patrick! — meu olhar focou nela e no mesmo instante eu soube que tinha algo de errado com ela.O rosto estava ainda mais pálido e o corpo dela parecia oscilar, foi o tempo de meus dedos soltarem o colarinho do tio dela, para que Sophie fechasse os olhos desmaiando. Por sorte John estava perto dela e agarrou seu corpo impedindo ela de cair no chão.Em dois passos eu estava ao seu lado a puxando para o meu colo antes de correr entre as pessoas buscando a saída.— Sophie! Amor, fala comigo! — repetia incessante enquanto o incomodo no meu coração só crescia, eu sentia que ia sufocar se não visse seus
Estávamos voltando pra casa e eu não via a hora de poder me aconchegar na nossa cama, me enrolar com Patrick sem ficar pensando que alguém podia aparecer e em especial comer a comida da Holly, aquele dia inteiro no hospital me fez desejar mais do que nunca estar em casa.Patrick agora estava aguentando toda a consequência daquela noite, advogados, entrevistas com jornalista, reuniões com o conselho do emprego, queda nas ações da empresa, era daí para a pior. O que me fazia desejar que eu tivesse cortado a mão do meu primo naquela hora, se ao menos eu tivesse feito isso seria uma briga de família, mas no momento em que Patrick agrediu meu primo na frente de todos e meu tio gritou que ele tinha me comprado, deu um circo completo para a mídia fazer o show que quisesse.A única parte boa daquela noite tinha sido ouvir o coração dos nossos bebês, foi a coisa mais emocionante e linda que eu já tinha ouvido na minha vida, e saber que eles estavam crescendo bem dentro de mim me deixava ainda
Deixei Sophie na cama, mesmo depois do dia trancada no quarto de hospital eu queria que ela repousasse e descansasse, o medo de vê-la caindo desmaiada no baile ainda estava rondando minha mente, assim como a mensagem de Emily.Aquela mulher tinha vindo dos quintos dos infernos, apenas para perturbar a minha paz. Eu convoquei toda a família enquanto estávamos no hospital, todos precisavam estar cientes sobre o que estava acontecendo assim como ter a segurança correta. Mas quando coloquei minha ideia de levar Sophie para a ilha com os seguranças e meus pais, fui criticado por todos.Ninguém concordava que ceder as exigências dela seria a coisa certa a fazer, pois se eu cedesse agora iria ceder sempre e não podia ceder para aquela mulher. E eles estavam certos, eu não podia engolir o que ela queria, Emily era uma chantagista de primeira e faria de tudo para não me deixar ser feliz.Tirando Sophie de perto de mim ela não ganharia muito além da minha tristeza, o que significava que ela vir
Eu não queria deixar Patrick, especialmente nessas circunstâncias, mas dessa vez o problema não era entre nós dois, não estávamos nos afastando porque queríamos, mas sim porque estávamos sendo forçados a ficar longe um do outro, tudo por culpa daquela maldita mulher que não sabia deixar as pessoas a sua volta serem felizes.Quando eu ouvi o que ela pediu a Patrick e o que fez ao filhotinho eu soube que ela não iria parar até ter o que queria. Mas ela estava muito enganada se achava que eu iria entregar meu marido de mão beijada a ela!Ela tinha jogado Patrick em um poço fundo e escuro, o abandonado lá com o coração partido. Quando eu cheguei nessa casa Patrick não era nada além de uma pessoa machucada e amargurada com a vida, um homem que não acreditava mais no amor. Eu gosto de pensar que o meu amor, minha insistência e até mesmo minhas brigas com ele, o trouxeram de volta a luz, mostraram para ele o que o amor de verdade é. E agora com nossos filhos eu sentia que Patrick finalmente
A voz de Sophie dizendo que precisava desligar porque algo estranho estava acontecendo, ressoava em minha mente. Algo no fundo do meu ser gritava que ela estava em perigo. Mas se algo tivesse acontecido com Sophie ou na casa, o homem de Cris teria nos informado.— Cris! Entra em contato com Jackson, quero saber o que está acontecendo na casa.— Você sabe que só podemos ficar contatando ele se necessário, não queremos levantar suspeitas e que essa informação chegue a Emily.— Sophie me ligou, mas enquanto estávamos conversando acabou falando que algo de estranho estava acontecendo e que precisava desligar. — mostrei o celular que ele tinha conseguido para mim. — Ela ainda está na linha, mas não consigo ouvir mais do que alguns sussurros.— Vou ver o que consigo descobrir. — ele se virou saindo de perto e eu levei o celular de volta a orelha, tentando ouvir algo, mas as vozes estavam baixas de mais.Não sabia se isso deveria me tranquilizar, afinal não ter gritos do outro lado deveria se
— Seu tio, Charles, ele está fora de si desde que começou a falar com uma tal de Emily. — Magie falou me dando a resposta que eu já esperava. — Aquilo que ele fez com vocês na noite do baile foi horrível, mas tudo piorou depois que ela apareceu na nossa casa.— Emily estava ficando lá? O que você sabe?— Eles sempre ficavam conversando em segredo no escritório e quando Louis sumiu ele ficou ainda mais agressivo. Eu já estava pronta para deixá-lo, estava cansada de todas as agressões, eu estava prestes a pegar algumas joias no cofre quando eles entraram no escritório. Foi quando eu consegui me esconder e ouvi a conversa deles.— Então você sabe? Sabe de tudo o que eles planejam? Se isso for verdade meu tio jamais teria te deixado ir, ele não arriscaria que você contase nada.— Não, ele não sabe que eu estou viva. Depois que me pegou ouvindo a conversa ele me deu uma surra, me deu socos e tapas, até que eu não tivesse mais forças, então pediu ao segurança pra acabar comigo e sumir com o
Depois que Sophie me contou o que Magie tinha escutado tivemos que agir rápido, Cris separou seus homens em dois grupos, alguns estavam disfarçados e eram o grupo que ia para a casa de Alejandro. Os outros estavam indo com meu pai e Cris até o esconderijo daquela víbora, se ela estivesse lá seria um ataque brutal, mas provavelmente ela ainda estaria na casa do tio de Sophie, então seria surpreendida quando chegasse em casa. — Você fica aqui Patrick, não queremos colocar você em risco ou deixar aquela vadia sabendo o que está prestes a acontecer. — Cris falou pela milésima vez enquanto eu insistia em ir com o outro grupo até a casa onde Sophie estava. E eu tive de ficar ali, assistindo eles saírem indo proteger minha mulher enquanto ficava em casa como um inútil. — John já está indo com eles, tente não se preocupar tanto. — Holly parou ao meu lado e tentou me animar. John estava indo para a casa de Alejandro, mas aquilo não me tranquilizava, nada me deixaria calmo enquanto eu não ti
— Ele não é seu marido sua vaca! — gritei mesmo que talvez a melhor opção fosse me manter calada. — Você abriu mão de chamá-lo assim quando tentou matá-lo!A risada doentia dela explodiu dentro da casa seguida de passos. Rosa e Magie estavam fazendo silêncio no andar de cima, o que eu queria, não precisávamos de mais alvos para aquela maluca, já bastava Alejandro machucado.Engatinhei até chegar ao armário onde Rosa guardava as panelas, com toda certeza havia uma panela grande o suficiente para derrubar aquela vaca antes mesmo que ela soubesse o que a tinha atingido.— Sophie se esconda! — Alejandro falou entre dentes enquanto segurava o ferimento no peito. Apesar de todo o sangue que manchava sua camisa e a mão, ele não parecia estar desfalecendo ou cuspindo sangue, o que me garantia que a bala não tinha acertado seu pulmão ou alguma artéria, contanto que a ajuda chegasse rápido ele ficaria bem.— Aqui. — falei entregando um pano limpo a ele. — Pressiona na ferida, logo a ajuda vai c