Com a ajuda de Salvatore, Abel conseguiu colocar sua mãe no carro e levá-la ao hospital. Serena foi rapidamente admitida na sala de emergência. Após alguns minutos, o médico o informou que ela estava sob observação, mas que estava fora de perigo. Abel deu um suspiro de alívio. Saber que sua mãe estava bem o deixou tranquilo, embora ainda houvesse algumas questões que ele precisava discutir e esclarecer com a mãe.Ele estava intrigado com tudo isso. Não era fácil para ele entender que sua mãe era amante daquele homem detestável e muito menos que seu melhor amigo estava apaixonado por ela. Ele então se lembrou de algumas coisas do passado, em que seu avô Alessandro lhe enfatizava inúmeras vezes que as mulheres eram como demônios, que estavam sempre tentando os homens e que até mesmo sua filha era a pior de todas. Abel sempre resistiu à ideia, mas agora que havia presenciado a cena de luxúria e perversão entre sua mãe e o homem, as palavras de seu mentor e doutrinador faziam sentido.E
O ciúme o dominou por um momento; de repente, uma forte dúvida o acometeu, e se a criança não fosse de Jerônimo, mas dele? Abel engoliu em seco. Ele estivera com ela várias vezes e nunca se preocupara em engravidá-la. Embora Abel tenha tentado persuadir o amigo a falar com a mãe, não conseguiu convencê-lo. Salvatore estava decepcionado com tudo; as duas mulheres com quem se envolvera preferiam um homem cruel e infiel . Abel o viu entrar no carro, cabisbaixo e derrotado. Depois que Salvatore saiu, ele voltou ao quarto; sua mãe estava com o médico. -Você ela tem algum problema, doutor? - ele perguntou quando viu Serena com lágrimas nos olhos.-O paciente tem uma fratura na costela esquerda. Felizmente, ela é leve e não está deslocada, o que significa que não requer cirurgia, mas apenas imobilização da área. - O médico explicou para ele.-Mas minha mae vai ficar bem? - insistiu ele.-Sim, você só precisa descansar. Amanhã você poderá ir para casa. – o médico disse - Vou prescrever
Quando Abel abriu os olhos, ainda letárgico, sentiu o corpo nu de Isabella movendo-se sinuosamente sobre sua pélvis, ela gemia de prazer e excitação, enquanto seus seios balançavam para cima e para baixo no ritmo de seus quadris. O melhor que pôde, ele agarrou a cintura dela com força, forçando-a a parar e tirando-a de seu colo. -O que você está fazendo, por favor? - perguntou ele, grogue por causa do remédio para dormir.-O que você fez? Você quer dizer, Abel. - Ela disse, olhando diretamente para a pélvis dele. Abel estava seminu. -Não, não! Isso não pode ser, eu não... - Antes que ele pudesse terminar a frase, ela o interrompeu.-Você não vai me dizer que o que acabou de acontecer entre nós foi um erro? Abel se sentou rapidamente e, apoiando-se na borda da escrivaninha, ajeitou as calças. -Isso nunca deveria ter acontecido. O que você fez comigo? - perguntou ele, levando a mão à têmpora direita. -O que eu fiz com você? - perguntou ele sarcasticamente - Minutos atrás você
O fato de ter de viajar naquela mesma noite para Milão obriga Abel a procurar a ajuda da única pessoa com quem ele pode contar, Salvatore, apesar de tudo. Abel liga para seu amigo e pede que vá à sua casa naquela noite. Serena, embora ainda bastante magoada, tenta se levantar e apoiar o filho. A notícia da partida antecipada dele para Milão a deixa um pouco nervosa. -Por que você precisa partir com tanta pressa, filho? -O padre comprou as passagens, mãe. A propósito, vou pedir ao Salvatore para ficar de olho em você. Não quero que você fique sozinha neste lugar. Vou trocar os bilhetes errados antes de partir e, por favor, mãe, não deixe aquele homem se aproximar de você novamente. -Você não conhece o Jerônimo, filho. Ele é um homem perigoso. -Eu sei, eu sei do que ele é capaz, e é por isso que, assim que eu chegar a Milão, vou providenciar para que você viaje para a Lombardia. -Mas, filho, esta é a minha casa, vivi toda a minha vida em Tropea, não quero ser um fardo para v
Abel sorriu levemente, Salvatore realmente amava sua mãe. -Foi isso que ela tentou evitar. Não sei como tem sido o relacionamento entre eles ou quão forte é a ponto de minha mãe poder ficar com ele sabendo que está casado com... - Ele ficou em silêncio por alguns segundos. A ideia de que teria de deixar Tropea e nunca mais ver Marla encheu sua alma de ansiedade e angústia.-Você está apaixonado por Marla Fiorini? - perguntou deixando o homem de cabelos pretos, perplexo - Abel, eu o conheço a vida inteira, sei quem você é e vi como você estava no dia do casamento, e também vi como ela olhou para você naquele dia. Você sabe que pode confiar em mim - disse ele, colocando a mão no ombro dele, - sou seu amigo! - A firmeza dessas palavras fez com que Abel se abrisse e contasse a Salvatore sua verdade.-É difícil explicar a você, Salvatore. - Ele diz, completamente envergonhado. - Todas as minhas convicções mudaram quando Marla apareceu em minha vida. Tentei me controlar, não me deix
-Merda! - exclamou surpreso. Aquelas imagens de seu amigo não eram as mais corretas, considerando o papel que ele desempenhava, muito menos os mais de cinquenta comentários e reações que apareceram naquela publicação. Quem teria feito isso? Quem queria destruir a reputação do padre? Embora imaginasse o que deveria estar acontecendo dentro da vila, ele não teve escolha a não ser interromper o encontro amoroso de seu amigo, mas para informá-lo sobre o que estava acontecendo. Ele saiu do carro e bateu na porta com angústia. Abel teve de interromper suas carícias e ir ver o que estava acontecendo. De repente, uma ideia lhe veio à cabeça: talvez Jerônimo Caligari tivesse descoberto que sua esposa estava com ele e tivesse ido procurá-la. Era algo que já havia acontecido uma primeira vez. Ele ajeitou a camisa, passou as mãos pelos cabelos e saiu do quarto, enquanto Marla, agitada e excitada, se recompunha daquelas carícias linguais e requintadas que o padre acabara de lhe fazer. No mome
Assim que Abel chegou a Milão, foi recebido pela diretoria do bispo, as imagens nas redes já haviam se espalhado por todo o mundo. -Padre Abel, não temos boas notícias para você. - O padre pediu que ele se sentasse. -A que você está se referindo, Monsenhor Benedetti? - Ele perguntou sem entender o que estava acontecendo, embora obviamente tivesse algumas suspeitas.-Isto - respondeu o homem, mostrando no telão a informação do que havia acontecido. Abel baixou o rosto, pois não imaginava que teria de enfrentar tamanho constrangimento. -Eu posso explicar tudo. Estou preparado para aceitar as conseqüências de meus atos, estou sujeito às suas ordens, Monsenhor.-Estamos surpresos que no final de sua carreira você esteja envolvido em algo assim. Sabemos quem você é e é por isso que o episcopado o defenderá nessa situação delicada. -Não é necessário, Monsenhor Benedetti, é minha responsabilidade e eu a assumo, se você precisa me dispensar, faça isso. -Acho que você não sabe ou n
-Perdão a você? - Ela perguntou com o rosto pálido. Marcella sentiu um nó na garganta.-O que foi, filha? Diga-me - Marla se levantou como um autômato e deixou o celular cair no chão. -É a Karla, mamãe. A Karla está morta! - disse ela e começou a chorar. Marcella se levantou e abraçou a filha: - Não, mamãe, a Karla não pode estar morta.-Filha, por favor, acalme-se. Você tem certeza de que ouviu bem?-Sim, mãe. Joel, ele trabalhou conosco por muito tempo e não me diria algo assim. Ela foi encontrada morta em um terreno baldio perto da praia. -Oh, meu Deus, filha. Sinto muito por isso. Sei que você e ela eram grandes amigas.-Não acredito! Quem poderia ter matado Karla? - Ela se lembrou de sua conversa sobre os constantes encontros às cegas de sua amiga. De repente, ela se abaixou e pegou o celular, tinha de contar a Salvatore, ele precisava saber o que havia acontecido com sua amiga. Como uma das hipóteses era feminicídio, ninguém mais além dela saberia que eles pesquisari