Abel chegou à igreja uma hora antes do planejado, preparou tudo para aquele momento. Não adiantava tentar parar o tempo, pois isso aconteceria de qualquer maneira. Se ele pensasse positivamente, porque era uma oportunidade de colocar em prática tudo o que havia aprendido, por razões óbvias tudo seria mais fácil para ele; concentrar-se no fato e não no assunto, essa era a melhor opção. A igreja estava bem arrumada para a ocasião. A entrada da igreja estava adornada com arranjos florais em ambos os lados da porta da frente, dando-lhe um ar de delicadeza e elegância condizente com o evento que estava prestes a ocorrer. No corredor central, um elegante tapete vermelho foi colocado desde a entrada até o altar, sobre o qual foram espalhadas pétalas de rosas brancas. Todos os bancos tinham lindos cachos de lírios brancos e laços de dopiovalo branco nas bordas dos cantos. O altar, como ponto focal, foi decorado de forma muito marcante, com grandes arranjos florais brancos, em ambos os lad
Marla sentiu naquele momento que acabara de cometer o pior erro de sua vida, embora estivesse disposta a fazer isso para recuperar o que pertencia a seus nonnos, algo dentro dela lhe dizia que o pesadelo estava apenas começando. Eles chegaram ao porto, onde os convidados mais importantes e especiais de Tropea já estavam esperando pelo casal recém-casado. A maioria das pessoas ali era totalmente desconhecida para Marla. Apenas sua amiga Karla, Salvatore e sua mãe eram rostos conhecidos, o resto era simplesmente gente que ela nunca tinha visto antes. Quando viu a mãe, Marla foi até ela. Marcella sentiu o abraço da filha como um pedido de ajuda, a maneira como ela se refugiou em seus braços foi semelhante a quando ela acordava à noite, assustada por um sonho ruim. Naquele momento, bastava sentir a segurança em seus braços e eu abria os olhos. Mas, nesse caso, nenhuma das duas opções era válida, nem o abraço dela, nem abrir meus olhos.-Há algo errado, Marla? por que você está assim?
Na manhã seguinte, Marla acordou e Jerônimo já estava fora da cama. Onde ele foi? se perguntou. Ela pegou o celular e viu a hora, ainda era muito cedo. Tirou o lençol que cobria seu corpo e sentiu um desconforto na virilha. Olhou para seu corpo nu, cheio de fluidos, levantou-se para tomar uma ducha e, de repente, sentiu-se um pouco tonta. Teve de se segurar na cômoda para não cair e respirou fundo, tentando se recuperar da tontura. Quando se sentiu um pouco melhor, foi até o banheiro para tomar um banho. Ele entrou, lavou o rosto e depois entrou na banheira de hidromassagem da elegante suíte. Ela pegou a mangueira da ducha e esfregou o corpo, precisava apagar da pele todas as carícias, beijos e fluidos corporais sujos de Jerônimo. Minutos depois, ela saiu da banheira, cobriu-se com o roupão branco e voltou para o quarto; enquanto penteava os cabelos, ouviu a porta da frente se abrir, seu predador estava de volta.-Bom dia, querida esposa - ele se aproximou e beijou o rosto dela.
-Que mudança de atitude é essa, linda? - perguntou ele, deslizando a mão por baixo da mesa para acariciar a virilha dela. Ela abriu um pouco as coxas e ofegou ao toque dos dedos dele, enquanto saboreava um doce fresco envolto em fondou de chocolate e depois o entregava ao marido. -Pensei muito sobre isso e decidi que é melhor aproveitar o momento - ela ofegou, - do que perder tempo discutindo. Estaremos casados por um ano, portanto, vamos manter a festa em paz. Jerônimo ardeu de desejo com as palavras dela e sorriu maliciosamente. Então ele disse a ela:-Você é muito inteligente, querida esposa. Eu sabia disso desde o momento em que vi você. E veja como você me pegou - disse ele, mostrando a ela a protuberância coberta pelo tecido da calça, - Como resolvemos esse inconveniente, não posso sair na frente de todas essas pessoas e deixá-las ver como você me pegou? -Eu espero por você no banheiro feminino! - ela sussurrou no ouvido dele e se levantou. Os movimentos cadenciados de
Ao saber que Abel estava na vila, Marla se encheu de entusiasmo e ansiedade. -Você quer vê-lo? Você quer vê-lo? - perguntou Marcella, com toda a cumplicidade que essas palavras tinham. -Eu não gostaria de nada melhor, mamãe! Mas... eu não sei se ele quer me ver.-Você não pode saber algo se não arriscar descobrir por si mesma, filha. - disse Marcella. - Eu vi como ele olhou para você. Ele sente o mesmo por você, filha - Marla sentiu uma imensa emoção e motivação ao ouvir a mãe.-Então eu vou falar com ele, mãe - ela beijou as bochechas de Marcella uma a uma. -Se você quiser, eu posso ir com você, vamos dizer à minha mãe que você vai me levar para passear pela vila. Você acha? -Você é incrível, mamãe. Eu já estava pensando em uma desculpa crível para a nonna - ela abraçou a mãe com força. Você não pode mentir para ela tão facilmente!-Sim, eu sei, filha... Marla sorriu, pois nunca pensou que a mãe pudesse colocá-la em uma situação maluca como essa. - Deixe-me me arrumar e va
Serena saiu de sua casa e entrou no carro, já estava escurecendo. O fato de Abel morar no vilarejo permitia que ela fosse e viesse de sua casa sem ter que se explicar tanto.-Pare o carro, eu fico aqui e vou a pé para casa, não quero que eles vejam você vindo aqui todos os dias. - Ela disse um pouco nervosa, enquanto se inclinava em direção a ele para beijar seus lábios.-Não se preocupe, meu amor. Ninguém vai nos ver. - Ele sorriu.-É melhor você não correr riscos. Vejo você amanhã, onde sempre nos encontramos - murmurou ela, antes de beijá-lo apaixonadamente e sair do carro. Salvatore a observou caminhar pela calçada, ainda sem acreditar que aquilo era real. Ele sempre sonhou em estar com Serena, em torná-la sua, e parecia impossível que aquela noite....Na noite do casamento, Salvatore deixou o cais e foi para a cidade. Depois de deixar Marcella na vila, ele dirigiu até a casa de Serena. Ele sabia como ela deveria ter se sentido ao ver que Jerônimo Caligari havia se casado co
Jerônimo voltou da Espanha naquela mesma noite, surpreso por não encontrar sua esposa esperando por ele no quarto. Ele foi até a cozinha para perguntar à governanta sobre Marla. A mulher, um tanto nervosa, disse que ela não havia retornado desde que ele saíra de viagem. Para onde ela tinha ido? ele se perguntou, visivelmente irritado. Ele foi até o bar e serviu-se de um copo de conhaque enquanto tentava falar com ela pelo telefone. Já era quase meia-noite. As dúvidas começaram a surgir em sua cabeça, ainda mais depois que ela mesma lhe disse que se sentia atraída pelo padre como homem. Naquele momento, um carro parou em frente à mansão e Marla saiu. Ela tocou a campainha e a empregada foi atender. A loira entrou e começou a subir as escadas, ouvindo a voz de Jerônimo em um tom um tanto elevado e hostil.-Marla! - Ela se virou para a sala de estar e o viu parado com um copo na mão.-Por favor, leve minha bagagem para o quarto. -Sim, senhora! - A mulher pegou a mala e subiu as e
Marla se sentou na cama, atordoada com a notícia, embora pudesse ser um atraso, tal tontura era incomum para ela. Algo semelhante nunca havia acontecido com ela antes, ela precisava descobrir o mais rápido possível.Ela tomou um banho e se preparou para ir à farmácia comprar um teste de gravidez. Depois de comprá-lo, voltou para a mansão, foi ao banheiro e fez o teste. Enquanto esperava o tempo necessário para verificar o resultado, pensou no que deveria fazer caso o teste desse positivo. Não era uma opção dizer a Abel que ela teria um filho dele, mas também não era uma opção esconder a gravidez. Por outro lado, Jerônimo queria um filho, mas como ela poderia explicar a ele que já estava grávida quando eles estavam casados há apenas alguns dias e ele a havia forçado a ficar com ele? -Que merda! - exclamou ela. O que eu faço? - Ela levou as mãos à cabeça e voltou à pia, pegou o aparelho, respirou fundo antes de olhar o resultado. - Que seja negativo, Deus! – Ela implorou e, abrindo