CAPÍTULO 117

— Nada no mundo vai mudar o que aconteceu, e eu sei, sei que ele me culpou todos os dias que se seguiram depois disso. Ele disse isso na minha cara, disse que a culpa era minha. E eu acredito, sabe? Eu acredito que se não tivesse insistido, que se tivesse deixado ele ficar em casa, que se tivéssemos ido ver os patos, nada daquilo teria acontecido. Foi minha culpa? Talvez. Os três morreram? Sim. Essa era a nossa realidade. Meus pais e nossa irmãzinha morreram, e o Bene achava que eu era o culpado.

Engoli em seco secando as lágrimas que insistiam em cair.

Aquilo me pegou em cheio, de um jeito difícil de engolir.

Não porque eu pensava como Benedict, mas porque… porra! Um bebê. Os pais deles, e… Era algo pesado demais.

Agora eu entendia.

— Ty, não é sua culpa. Não… Não pode ser sua culpa, entende? Você só queria um passeio, queria ter uma tarde legal com a sua família, e…

O quê? Como eu o convenceria de que não deveria se culpar de tal forma?

O homem sentado no chão assim como eu, encar
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