Mário José chegou à cidade ao fim da tarde e, a partir desse momento, terá ido à procura da sua ruiva para mostrar aos filhos quem é o pai deles. Está preocupado com a saúde do rapaz que deveria estar no hospital.Pede ao irmão para telefonar à Ângela, porque não pode telefonar-lhe porque é óbvio que ela o vai rejeitar, apesar de terem passado a noite anterior juntos e de se ter entregado a ele pela segunda vez, de livre vontade, sem a obrigar e sem lhe implorar. Tudo aconteceu por vontade própria, talvez porque ela também o quisesse e estivesse à espera desse momento de recordar o que era estar novamente com um homem.Sim, Ângela, desde que teve a sua primeira relação sexual com Mário José, nunca mais esteve com outro homem, dedicou-se aos estudos enquanto a tia ou os pais tomavam conta dos filhos. Felizmente, sempre teve o apoio do seu amigo Ariel, a vida não podia ter colocado uma pessoa melhor no seu caminho, Ariel adora-a e ama os seus gémeos como se fossem seus sobrinhos. E é de
Com a autorização do sogro, a jovem Amanda entrou em casa e foi bater à porta do quarto do noivo, mas Mário José não abriu a porta. Ela insistia, pedindo-lhe que se ele não a deixasse ficar com ele, que a levasse até ao seu apartamento, pois ela não tinha trazido o carro porque o sogro a tinha encontrado numa loja de roupa e pedia-lhe que a trouxesse para aqui para dormir no seu quarto, como ele faz nas ocasiões em que dormem juntos, pois estão noivos. - Olha Amanda, eu não te vou deixar no teu apartamento porque não quero sair de casa, preciso de descanso e também de privacidade. Eu vou para o quarto do meu irmão e tu ficas aqui, se queres tanto passar a noite comigo, então não há problema nenhum em passares a noite na minha cama, mas sem a minha presença. Estamos de acordo? - Eu não estou de acordo, quero estar aqui contigo meu amor, quero dormir abraçado a ti e quero que faças amor comigo até eu me cansar. - Nunca fiz amor contigo, só tivemos sexo casual, nada de sério nos nossos
- Não pode ser, não é verdade o que eu ouvi! -diz a rapariga, fechando os olhos com força e falando consigo mesma na sua mente.- Mamita, o que estás a fazer aqui? -perguntou Alex, aproximando-se da mesa onde os pais estavam sentados.- Filho... o que... o que estás a fazer aqui, e o teu irmãozinho? -perguntou ela, preocupada.- Ele também está aqui, mas por agora foi à casa de banho com o tio Owen.- O quê! O tio Owen? -perguntou ela nervosa, sentindo as forças a falharem-lhe ao mesmo tempo.- Sim, mãe, desculpa não te ter contado ontem. Há um novo professor na escola e ele disse-me que podemos chamar-lhe tio, vais conhecê-lo, ele é muito simpático e muito bonito, mamã. Seria bom se ele vivesse connosco, isto é, se ele casasse contigo.- Olá, rapazinho! -Mario José cumprimentou, interrompendo a conversa agradável que o rapaz estava a ter com a mãe, que estava praticamente a insinuar que o tio era demasiado bonito para ela.- Olá senhor, chamo-me Alex. -Cumprimentou, estendendo a mãoz
Mário José está muito aborrecido e diz à rapariga que é melhor irem imediatamente para a empresa. Quando saíram do restaurante, ela disse-lhe que ia apanhar um táxi, agora tem medo dele porque é evidente que ele ficou afetado pela notícia. Mas não, Mário José não a deixou partir noutro carro, mas no seu próprio. Será que vai perder a oportunidade de falar com ela cara a cara sobre os filhos que têm em comum?- Porque é que não vieste ter comigo e me disseste que estavas grávida? -pergunta ela, batendo no volante.- E porque o faria? Para que continuasses a gozar comigo e até a desprezar os filhos, dizendo que não eram teus. Eu preferi ficar calada, graças a Deus, que sempre tive o apoio da minha família e do meu amigo Ariel.- Pelo amor de Deus, Ângela, não percebes que eu nunca os teria julgado ou desprezado. O teu dever era contar-me sem pensar se eu os aceitaria ou não.- Basta, Mário José! Não sejas hipócrita, gritaste-me na cara que tinhas nojo de mim, lembras-te que me disseste
Quando as crianças chegaram ao carro, cumprimentaram calorosamente a mãe e contaram-lhe como tinha corrido o dia de escola. Mário José receava que lhe dissessem que a escola ainda não tinha acabado, mas felizmente não acabou e todo o seu corpo relaxou quando finalmente tocaram noutro assunto.- Mãe, vamos almoçar outra vez com o teu patrão?- Não, meu amor, depois de voltarmos deste sítio vamos diretamente para casa.- Se quiseres, tenho todo o gosto em levar-te a comer o que quiseres.- Não chefe, não te preocupes. Eu preparo o que eles quiserem em casa.- Mas mamã, eu quero hambúrgueres como os da televisão! Porque sempre que te pedimos para nos fazeres uns, dizes-nos que não temos dinheiro suficiente e que se nos comprares um para os dois.- Meninos, por favor, estejam calados. Ela tem pena dos filhos, porque eles estão a mostrar-lhe todos os seus defeitos, em frente da pessoa menos indicada para saber dos seus defeitos.- Vamos fazer rapidamente o que viemos fazer e depois levo-vo
Ângela pede ao homem que os leve de volta a casa, não quer continuar a ouvir as mentiras que ele lhe conta, não acredita nele, já desconfia dele e vai demorar muito tempo a voltar a confiar nele como no passado, porque era uma menina inocente e apaixonada, acreditava em tudo e era uma presa fácil do seu jogo maléfico.- Mamã, porque é que nos vamos separar do tio Mário, ele tem sido muito bom para nós? -Por favor, dá-nos autorização para irmos comer uns hambúrgueres com ele.A rapariga ficou em silêncio, não podia dar-lhes uma resposta porque se sentia entre a espada e a parede. Ela, por seu lado, nunca teria permitido que o Mário se aproximasse dos seus filhos, mas agora eles estão derretidos de amor e gratidão por ele, só porque ele fingiu ser o pai deles na escola, estão tão gratos mesmo sem suspeitarem que ele é realmente o pai deles.- Faz isso por eles, vem connosco para que eu possa passar tempo com eles, quero compensar todo o tempo que perdi da sua infância. -suplicou Mário.
Com os nervos à flor da pele, Ângela pergunta e pergunta quem é ele e o que fez com Mário José. O homem, mudando de voz, respondeu que, se ela não calasse a boca, lhe daria uma pancada para a adormecer, como fazem os seus filhos.Ela perguntou-se porque é que estava a ser levada para o mesmo local onde Mário José veio escolher a sua casa e precisamente ali, em frente à casa escolhida, o homem estacionou o carro.- Aqui estão as chaves da casa, entrem. Eu levo os meus sobrinhos.-Owen! -exclamou a rapariga quando viu que o condutor tinha tirado a balaclava e que era o tio dos seus filhos, ficou aliviada, mas ao mesmo tempo irritada.- É verdade cunhada, não havia maneira mais simpática do que trazer-te assim.- Pregaste-me um susto de morte, seu idiota. Agora diz-me o que estamos a fazer aqui.- Esta é a tua casa, é aqui que vais viver. - E conta-me essa história, de certeza que o idiota que os meus
Nesse dia, como não havia trabalho na empresa, Mário convida a mãe e o irmão para jantar na sua nova casa, ela não sabe que vai conhecer os netos, tal como Ângela não sabe que vai conhecer a futura sogra.- Vamos sair outra vez, tio Mário? Fazem esta pergunta porque acabaram de regressar a casa, pois foram almoçar a um restaurante fino e agora ele pediu-lhes para mudarem de roupa e ficarem ainda mais bonitos, pois tem uma surpresa para eles.- Não, desta vez não é preciso sair, vou preparar um jantar especial para comeres aqui em casa com a tua mãe.- Tio, sabe porque é que ela não se quis juntar a nós hoje?- Ela disse-lhes que queria descansar, por isso agora vou cozinhar para ela descansar.- Tratas muito bem a minha mãe. Se vais viver aqui connosco, podemos chamar-te pai, como se fosses mesmo?- Claro que sim, e na escola também. Agora podem gritar aos quatro ventos que têm o vosso pai ao vosso lado, que ele vos ama de todo o coração.- É tão fixe, é como se fosses mesmo nosso pai