Que os jogos comecemPrendi o microfone no suporte metálico à minha frente e desci pelaescada lateral, ninfa continuou em silêncio acompanhando cada passomeu, então fiquei diante dela e sorri, ignorando os olhares furiosos queseus escravos me lançavam.— Seus cãezinhos não irão se importar. Conceda-me a primeiradança para que possamos iniciar os jogos. — Estendi a mão em umconvite.Ana estreitou os olhos e seus lábios vermelhos se abriram numsorriso malicioso e sensual. No BDSM, o termo correto para os praticantesque se sentiam à vontade trocando de papéis, às vezes dominadores;outras, escravos, é swticher.— Eles não precisam concordar, sou uma Ama e você, como“Dominador”, já deveria saber disso — respondeu, colocando sua delicadamão sobre a minha. — Aceito, Aquiles. Mas acredito que, até ofinal dessa noite, quem estará usando coleira será você.Desaforada. Ao fundo, o tango Por uma Cabeza ressoava em umaharmonia perfeita entre violinos e piano. Dei um pas
Hora do Show— Entendeu? Não quero erros, esteja pronto. — Desliguei o celular evoltei.No display, mensagens de Hunter e fotos em anexo.Julian vive com a família em uma mansão afastada do centro, acaminho da estrada do mar. Eles quase não saem de casa. Casada comPierre Morrice, uma vez por semana, ele visita a galeria de arte situada nocentro. Tem uma filha pequena chamada Angeline, a criança não tem umano. Abri as fotos em anexo. Ela tem uma família, sua desgraçada, voudestrui-la.Na outra mensagem: Diego é cirurgião plástico, trabalha na SantaCasa, vem de família classe média alta, vive com Bella/Ana há setemeses (sem data precisa, os vizinhos não souberam direito quando Anaou Bella começou a morar com Diego). Outra informação importante, elepossui uma conta no PayPal com oito milhões de reais, hackeei seunotebook. Tem um pendrive com um arquivo criptografado, assim queconseguir acessar, entro em contato. Na foto, Diego e Ana dormiam lado alado, ele es
IrresistívelCom a bunda empinada para cima e presa pelas pernas, eucontinuei de olhos fechados, não ousaria desobedecê-lo. Minha peleainda ardia pelo castigo. Ouvi o bipe eletrônico, estamos no elevador, paraonde ele vai me levar desse jeito? Eu ainda segurava na mão a coleira, amesma que o taxista filho da mãe tinha me roubado há dois anos, deslizeios dedos pela palavra ‘Dom’.O bipe soou mais uma vez, som de portas se abrindo e um ventofresco. Rua? Eu quase pelada, e ele me carregando como um homem dascavernas? Talvez fosse melhor manter os olhos fechados.— Tudo pronto, senhor Pipermen — anunciou uma voz masculina. —São quinze minutos daqui até o aeroporto. Lá, o jatinho os aguarda.—Ok! — ele respondeu mecanicamente.Robert me sentou em uma poltrona e prendeu tiras largas que secruzam em meu corpo, ouvi o clique e um barulho familiar de hélicesgirando. Prendi a respiração. Estamos voando.— Pode abrir agora.Abri os olhos, estávamos sobrevoando o hotel S
Entregue-seOlhava-a com os cabelos despenteados e quase nenhuma maquiagem, anão ser o traço do delineador que marcava seu olhar. Minha ninfa perfeita.— O que está pensando? — ela pergunta timidamente.— Em você — respondo honestamente.Ana abre um belo sorriso e dá uma mordida em meu ombro, e entãosai da cama direto para o banheiro, desfilando nua pelo quarto. Eu a sigoe entro na banheira com ela, a água ainda está quente e quasetransborda. Ela brinca com a espuma branca na ponta dos dedos.— Como sabia que ia tirar o meu nome? — ela pergunta curiosa. — E seno sorteio, viesse o nome de outra mulher ou um homem?Dou uma risada alta.— Se fosse um homem, eu tiraria outro papel. Se fosse uma outra mulher,ela estaria no seu lugar agora — debocho com um pequeno sorriso.A ninfa me belisca forte na panturrilha e me lança um olhar furioso.— Era impossível tirar outra pessoa. Só havia seu nome naqueles papéis.— Trapaceiro — ela retruca com uma risadinha sarcástica e m
Lua de MelTive vontade de partir para cima de Pipermen quando ele subiu no palco.Ele a queria só para si, eu e esse outro cara que Bella havia trazido parafesta, o tal de Marcos, trocamos olhares, eu não me importaria se elaresolvesse aumentar seus submissos, mas quando Robert invadiu a cenacomo um leão, um dominador, ficou claro que nenhum de nós a teria essanoite.Ela não vai voltar. Percebo depois que as luzes voltam a iluminar oluxuoso salão de festas e a Gaiola de Faraday é retirada. Quando melevanto para ir embora, a dominadora Cleópatra me segura pelo braço.Sinto suas unhas pressionarem meu bíceps.— Pobre cãezinhos sem dona. A Ama deixou seus escravos em um lugarcomo esse... cheio de lobas e lobos.De onde eu a conheço? Não consigo lembrar, mas sei que já a vi emalgum lugar.— Boa noite. — Marcos se retira e vai embora.— Melhor assim, aquele tem cara de que ainda não foi domesticado —responde ao vê-lo se afastar. — Quer passar o resto da noite cono
Outros PlanosCantei durante todo trajeto, quando chegamos no chalé, Dom me colocouno chão, alongou seus belos e musculosos braços para trás.— Awn, seu lindo. Vou para o banho primeiro enquanto você prepara oalmoço — digo, dando um beijo rápido em seu queixo e subo as escadascorrendo.A cama ainda está com os lençóis desarrumados e, pelo chão doquarto e do banheiro, há um rastro de roupas. Estico rapidamente o lençole a colcha branca, afofo os travesseiros e almofadas coloridos e colocolado a lado. Posso sentir o perfume de Robert, cítrico e viril, pelo quarto.Recolho a trilha de roupas que vai até o banheiro e deixo tudo ao lado daentrada do closet. Sinto como se estivesse arrumando a nossa casa. Douuma risadinha interna. Nossa casa. Eu sei que tudo isso é o namoro e luade mel que não tivemos, arrancados de nós por ela.De um lado do closet, estavam as roupas do Amo, algumascamisetas, calças jeans e bermudas. Do outro lado, roupas femininasainda com etique
Desforra!Para mim, a vida sempre se mostrou como um grande tabuleiro dexadrez, lembro-me de ter perdido apenas uma vez quando Julian meencurralou e me deu um xeque-mate, tão rápido que nem vi como elahavia abalado tudo, me tirando da jogada. Agora era a hora da desforra.Eu estava pronto para minha vingança e, dessa vez, eu tinha umavantagem, sabia seus próximos passos e seria capaz de interceptar suajogada, em breve seria xeque-mate.Foi difícil para mim deixar a ninfa naquele carro. Quando descemosdo avião, ela segurava em minha mão com força, não disse nada, porqueaquilo não seria uma despedida.— Eu te amo. — Sussurrei em seu ouvido antes que ela entrasse nocarro.Ela não respondeu, minha ninfa não conseguia esconder suatristeza.— Se não voltar até o meio dia, entenderei isso como um adeus,Dom. Não suportarei mais despedidas, não nessa vida.Ana bateu a porta do carro, e eu entendi sua clara ameaça. Huntermascava o chiclete aguardando a próxima ordem.
Por que não o fez? A voz da ninfa ecoava em minha mente, aquelacobrança. Seguida de um pedido ressentido: Robert, eu quero que a façasofrer, destrua tudo o que ela ama. Eu estou pronto para cumprir seupedido, ninfa. Custe o que custar.A moto corta o asfalto em alta velocidade, amanhecia quando entreipela estrada Freeway. Não conseguia tirar a imagem de Ana da mente,aquele olhar. Acelero a moto ainda mais, já estava acima de duzentos.Aquele mesmo trajeto em uma velocidade permitida levaria quase duashoras. Reduzo e paro na entrada da luxuosa mansão, cercada por murosaltos e cerca elétrica de ponta a ponta. Sua própria fortaleza. Apenas ergoa viseira do capacete e o guarda se apresenta:— Bom dia, Preciso da identificação do senhor! — Pede o senhor demeia idade inclinando—se pela janela da guarita enquanto ajeita osóculos.— Bom dia. Sou Robert Pipermen. — Tiro a carteira do bolso eapresento a habilitação. — Se puder guardar segredo sobre minhachegada, não