(Cristian)O olhar da Sara era intimidador, mas eu não me deixei intimidar e me mantive encarando ela até sermos interrompidos pelo atendente, eu não sabia ao certo o que ela estava tentando me provar, mas estava na cara que ela estava querendo bater de frente comigo em tudo.Enquanto estávamos comendo, o celular dela tocou, ela atendeu com um ar de preocupação e logo depois as lágrimas começaram a brotar dos olhos dela, e ao perguntar o motivo pelo qual ela estava chorando, ela apenas disse que precisava ver o meu pai.O nervosismo dela já deixava claro que algo havia acontecido com ele, mas não demorou muito pro meu celular tocar também, então eu pedi as chaves do carro e fomos juntos pro hospital, deixando pra trás todas as nossas diferenças, afinal existia algo bem maior que nossos problemas, que era a saúde do homem que nos criou.Ao chegar no hospital, a médica nos falou sobre as paradas cardíacas que ele teve, fomos até ele, e os olhos dele estavam abertos, e ele estava muito d
(Sara)Você já perdeu alguém a quem ama? Essa é uma das piores dores que existe, não é como se machucasse uma parte do nosso corpo, é algo muito pior, como se não existe nenhum medicamento que fizesse parar a dor.Quando chegamos no hospital, só deu tempo da gente se despedir dele, o olhar do meu padrinho já me preparava pro pior, e algo dentro de mim me dizia que ele estava prestes a partir.Em determinado momento, eu vi o Cristian sair pra conversar com a médica, eu deveria ter ficado com o meu padrinho, mas optei por ir ver o que a médica queria falar com o Cristian que não podia ser dito na minha frente, mas a conversa já tinha finalizado quando eu cheguei, e quando eu fiz uma pergunta pro Cristian, ele me deu uma desculpa fraca, e eu tinha certeza que ele estava mentindo.Não deu nem tempo de pegar ele na mentira, as máquinas começaram a apitar, e logo começou a correria dos médicos pra reanimar o meu padrinho que estava sofrendo outra parada, e definitivamente aquilo era demais
(Cristian)Uma semana depois do enterro do meu pai a Sara sumiu, eu tentei ligar pra ela mas foi direto pra caixa postal, o advogado responsável por fazer valer o acordo do nosso casamento, disse que era necessário eu dar um tempo pra ela, pois ela já havia o avisado que voltaria pra cumprir o desejo do meu pai, eu só não entendi o motivo dela não ter falado isso diretamente pra mim, já que eu era parte desse acordo, e também quanto tempo eu iria ter que esperar? Afinal a empresa estava nas mãos de terceiros até o casamento ser oficializado.Eu não sabia exatamente nada sobre a Sara, nem o endereço da casa que o meu pai instalou ela por anos, eu queria respostas, queria saber se ela iria mesmo querer se casar comigo, eu queria ouvir da boca dela e não pela boca de um advogado. A morte do meu pai deixou a Sara arrasada, eu vi o estado que ela ficou, eu senti também, mas não tanto quanto ela, mas embora eu tentasse ser compreensivo com o sumiço dela, eu tinha pressa em assumir as empre
(Sara)No dia do velório do meu padrinho eu estava em total silêncio, a Brenda respeitou o meu momento e apenas ficou do meu lado, sem dizer nenhuma palavra.Eu coloquei um vestido preto com um sobretudo, coloquei um óculos pra esconder as olheiras, e não falei com ninguém ao chegar lá, afinal ninguém me conhecia além do advogado e o Cristian, que olhou pra mim por diversas vezes com um olhar de pena, enquanto eu só sentia raiva por ele estar tão calmo com a morte do próprio pai.Eu olhei pra todas aquelas pessoas vazias, que não o conheciam da mesma forma que eu, um local cheio de funcionários preocupados com seus empregos, e nenhum pouco comovidos com a morte dele. Tentei ficar isolada o máximo que pude, e me mantive assim até o último adeus quando ele foi enterrado, e mantive o meu anonimato pra evitar perguntas de pessoas curiosas. Eu nunca me senti tão sozinha quanto naquele momento, como se não me restasse mais nada, e apesar da Brenda tentar me provar com atitudes que eu não
(Cristian)O dia do casamento chegou, e eu não sabia dizer em palavras o que eu estava sentindo, era como se eu estivesse abrindo mão de uma vida inteira de farras, era como se eu estivesse entrando em uma prisão com benefícios.Eu fiz questão de fazer a barba, o cabelo, como se eu estivesse realmente animado com aquilo.Eu demorei uma hora pra escolher um palitó adequado pra ocasião, eu poderia ir de qualquer jeito, mas com toda certeza teria alguém pra tirar minha foto e jogar na mídia falando do meu relaxamento com algo que a sociedade julga tão importante.Quando eu cheguei no cartório, a Sara ainda não havia chegado, mas o Olavo já estava lá, pra garantir o maldito casamento por conveniência.— Eu não esperava encontrá-lo aqui Olavo.Olavo: Eu só estou aqui pra entregar todos os documento autenticados dos bens de vocês, e garatir que não resta nenhuma dúvida.— E isso não era pra ser resolvido na nossa casa ou no escritório? Tinha que ser aqui, logo no dia do nosso casamento?Ant
(Sara)Pelo pouco que eu sabia do Cristian, ele odiou ver o rosto estampado na mídia falando sobre o casamento dele, o Olavo já me explicou que aquilo era uma exigência do meu padrinho, como tantas outras que eu ainda não sabia, mas eu já estava rodeada de um quebra-cabeça que até então eu não tinha intenção nenhuma de montar, talvez por medo do que fosse descobrir, ou por pura confiança naquilo que o meu padrinho escolheu pra mim.Ele me deu um futuro, e confiar nele era o mínimo, eu só precisava tentar organizar um pouco a bagunça da minha vida.Eu não podia negar o fato que eu era uma mulher milionária, então eu poderia manter a casa que eu morava e continuar pagando o salário dos funcionários e da Elena, afinal eu jamais a mandaria embora depois de tantos anos cuidando de mim, e que tipo de pessoa eu seria se eu fizesse isso? Sem contar que ela já estava sofrendo muito por saber que eu não moraria mais com ela.— Porquê você está com essa carinha tão triste Elena?Elena: Vou senti
(Cristian)Depois de passarmos no meu apartamentos pra eu pegar algumas peças de roupas, preservativos e tudo mais que eu iria precisar, nós fomos comer algo antes de pegarmos a estrada.Passamos o tempo todo dando indiretas um pro outro sobre a forma selvagem que iríamos conduzir tudo, eu não estava brincando, mas ela parecia estar levando tudo na zombaria. Por algumas vezes eu notei ela trocando mensagens com alguém, e eu fiquei tentado ver o nome da pessoa, mas ela se manteve cuidadosa. — Quando você vai falar da sua vida pra mim Sara?Sara: O que você quer saber?— Tudo, o que faz, no que trabalha, o que gosta de fazer, quem são seus amigos, seus sonhos, planos, projetos. Ela olhou pro lado e ficou pensativa, como se estivesse analisando a resposta que deveria me dar.Sara: Prometo que ainda hoje você vai me conhecer melhor Cristian. — Se você está se referindo ao que você tem debaixo da roupa, não há nada aí que eu já não tem visto em outra mulher.Sara: Talvez você tenha raz
Eu sabia cozinhar, na verdade eu aprendi muitas coisas enquanto morei fora pra estudar, e a minha comida era maravilhosa, mas eu queria ver a disponibilidade dela de se comportar como uma esposa.Ela pegou a mala dela e levou pro banheiro que tinha na lateral, e eu fui conhecer o resto do chalé, e tentei encontrar um outro banheiro pra finalmente esvaziar a minha bexiga.O lugar era muito maior do que aquilo que eu tinha visto, tinha mais dois banheiros, uma sauna, e outro quarto tão lindo quanto o que eu e a Sara vimos.Depois de ver tudo, eu fui preparar alguns petiscos, e uma bebida pra irmos esquentando as coisas antes de eu abatê-la com o meu pau.Depois de 40 minutos estava tudo pronto e eu finalmente tive tempo pra tomar um banho e ficar pronto pra ela.Eu não sabia o motivo de tanta ansiedade, eu literalmente tinha pressa de comer uma mulher que eu sempre achei estranha, aquilo que eu estava sentindo era algo novo pra mim, e embora eu tenha passado a vida toda sendo rodeado po