- Quando o exército ficará pronto Cadenlyse? - Indagou Nimesys.
- Os humanos são lentos, preguiçosos. Não são como os guerreiros minha rainha. - Comentou a guerreira.
- Então, precisamos incentivá-los a se esforçarem mais. - Disse a bruxa saboreando um sorriso maléfico no rosto.
- O que pretende fazer? - Indagou a guerreira. - Eles já estão enfeitiçados por você. O que mais pode ser feito?
- Sempre há algo a mais que pode ser feito. Prepare-se para ir ao reino de Sarindhia. Diga a Briana que desejo vê-la sim.
- Sim, majestade. - Disse retirando-se.
- Mandou me chamar majestade? - Falou Briana se curvando diante da bruxa.
- Levante-se minha pequena. - Disse Nimesys erguendo o queixo da garota. - preciso de você agora mais do que nunca.
- O que precisar? - Falou atenta.
- Preciso que vá para o reino das águias e falcões. - Falou a bruxa. - Sinto que a princesa está cada vez mais perto da montanha.
- Então deixe-me ajuda-la aqui.
- Não me interrompa. - Disse Nimesys tocando em seu queixo. - Jurou lealdade a mim, então fará o que eu disser. - Completou alisando o rosto da moça que estremeceu de medo. - Shiii! Não sinta medo, nunca a machucaria, sabe disso não sabe?
- Eu sei minha rainha. Me perdoe! - Falou Briana cautelosa.
- A princesa fará exatamente o que eu mandar para ter seu guerreiro de volta. Não, não. não se preocupe minha cara. Ele será seu, eu prometo. Mas, ela precisa acreditar que o terá de volta, entende?
- E porque preciso ir para o reino das aves? - Indagou Briana confusa.
- Porque com Cadenlyse dominando os exércitos dos humanos e você a frente do exército das aves os guerreiros ficarão encurralados e não poderão atrapalhar meus planos de conquistar o reino das bruxas e entrar no reino das fadas. - Completou a bruxa. - Para entrar no templo e pegar o livro que tanto almejo Moira precisará passar pelo portal que só o reino das aves tem acesso.
- Como isso será possível? Indagou Briana.
- Porque a princesa fará tudo por amor. Agora tome isto. - Falou entregando um rolo de papel que apareceu em suas mãos em um simples movimento dos dedos. - Leve isto para os governantes do reino das aves. Agora você está no comando. - Falou vendo um sorriso se manifestar no rosto de Briana.
- Obrigada minha rainha. - Disse Briana se retirando.
- E Briana...
- Alteza? - Disse a moça virando para a bruxa vermelha.
- Faça-me o favor de matar a todos que lhe resistirem sim? - Falou com um sorriso demoníaco nos olhos.
- Sim minha rainha. - Disse se retirando.
- Agora... - Disse a bruxa caminhando em direção ao poço de águas negras. - Meu senhor, preciso de mais um dos seus favores. - Falou dirigindo sua mão para as águas.
Um vento ensurdecedor entrou na montanha, as águas começaram a balançar e de dentro dela começou a se formar um vulto que emanava ódio e maldade.
- O que você deseja bruxa? Já não lhe dei o suficiente? - Falou malignamente.
- Só peço até alcançar meus objetivos meu senhor. - Disse baixando os olhos.
- Você pede e nunca alcança. Lhe dei poder e morte, porém sempre que me procura percebo suas falhas. Talvez tenha escolhido o ser errado para executar meus planos. - Disse as trevas.
- Não meu senhor. Estou mais perto do que nunca de alcançar meus objetivos. A princesa está vindo para cá, tenho o guerreiro em meu poder. Controlo o reino dos homens e das aves e agora falta pouco para controlar todos os outros. - Disse ansiosa.
- Dezoito anos se passaram bruxa vermelha. Estamos ficando sem tempo. Espero que saiba o que está fazendo, porém devo alerta-la sobre seus inimigos. - Disse a voz.
- O que disse? - Indagou Eveline.
- A princesa e o guerreiro. Eles são mais fortes do que imaginam, não os subestimem. Precisamos do livro, só assim destruiremos a todos os nossos inimigos.
- Nossos... Inimigos? - Perguntou Nimesys.
- Enquanto você brinca de querer dominar todos os reinos, eu desejo destruir aquela que se intitula dona do universo.
- A deusa mãe. - sussurrou Eveline.
- Juntos podemos governar tudo. E quando ela tiver completamente destruída todos os reinos saberão que eu sou o único que pode governa-los e todos saberão o que é a escuridão. Eles nunca mais me ignorarão. - Disse o mal.
- Governar tudo. Os reinos e o universo. Teremos tudo assim que conseguirmos o livro meu senhor.
- Então seja rápida e eficaz bruxa. - Retrucou as trevas.
- Eu preciso que me ajude. - Falou convicta. - Os ogros...
- Eles me pertencem. Porque deseja dominá-los também? - Indagou se erguendo ainda mais.
- Porque eles seriam de grande ajuda para mim... - Falou com brilho nos olhos. - Permita que eu os controle, só enquanto não temos os livros. - Pediu fingindo humildade.
- Não tente me manipular bruxa, nem tente ter mais poderes que eu. Posso substituí-la por alguém mais obediente. - Falou energético.
- Por favor, aceite meu pedido. - Pediu a bruxa novamente.
- Para onde pretende enviá-los?
- Para o reino das fadas, meu senhor. - Disse sorrindo. - Assim faremos os guerreiros saírem de suas tocas e podemos atacar a todos mais eficazmente. Eu já dei ordens a Briana e Cadenlyse, elas atacarão o reino das bruxas assim que tivermos a princesa.
- Quero que me ofereça como sacrifício os gêmeos guerreiros e a vidente, principalmente a vidente. Ela interferiu no passado e temos pendências a serem resolvidas. - Disse o mal.
- E quanto ao príncipe? - Indagou Eveline.
- Para que finalidade tanto o deseja?
- Para poder esfregar na cara das bruxas e da mãe dele aonde ela estiver no universo que ele me pertence. - Disse sorrindo. Quero brincar com seu corpo, ele é lindo e seria o desperdício perde-lo assim. - Disse excitada.
- Está certo bruxa. - Faça como quiser. Mas, isso terá um preço. - Disse as trevas. - Quanto aos ogros... Terás o controle até quando eu decidir que pode ter, entende isso?
- Sim, meu senhor. - Falou falsamente.
As trevas sacudiram a montanha. As águas no poço começaram a se agitar e de dentro dele saiu uma adaga que foi pousada nas mãos da bruxa.
- Use isto para controlar os ogros e matar quem for necessário. Ela é poderosa. O mais antigo mal repousa na sua ponta. Quem for ferida por ela cairá por terra.
- Obrigada, meu senhor. - Disse Eveline se curvando.
Tudo silenciou e o mal se dissipou nas águas do poço.
- Eu terei tudo que eu sempre quis. - Disse apertando o punho da adaga.
Lá estava ela, a montanha negra. Imponente, seu pico coberto com as nevoas, rochoso e montanhoso. Seu caminho era ingrime e Moira sem seus poderes não poderia os transportar para o topo onde se encontrava a entrada para o mundo das trevas que Eveline se encontrava aprisionando Yan.- Como vamos entrar? - Indagou Edward.- Creio que vamos ter que escalar. - Respondeu Eliel sentindo a tensão da sua irmã. - Nós vamos ter que fazer isso irmã, sabe disso. Não há outro jeito.- Aqui, beba. - Disse Mirabel se aproximando de Moira.- Obrigada. - Respondeu a princesa.- Como se sente? - Indagou a vidente.
A montanha começou a se mover e uma fenda foi aberta dando passagem a entrada para o interior dela. E como mágica foi se revelando um grande castelo frio, fedido, negro. Seres de Sarindhia enfeitiçados por Nimesys guardavam suas portas e corredores bem como podia se ver caminhando pelas paredes escorpiões, aranhas e cobras de todos os tipos. Seu teto era uma fumaça negra que relampeava trazendo arrepio a pele e mal odor as suas narinas.- Que mal cheiro é esse? - Indagou Eliel tapando o nariz como todos os outros.- Trevas. - Respondeu Mirabel. - Tomem cuidado. Não sabemos o que Nimesys está tramando, pois a julgar o que aconteceu lá fora ela não facilitará para nenhum de nós.- Meu povo escravizado. -
- Eu não posso lhe dar isto, pois ele não está comigo. - Disse Moira.- Mas, você tem o espírito minha querida. E você pode usá-lo para descobrir como trazê-lo para mim.- Mas, eu não controlo o espírito.- Isso eu posso te ensinar. - Falou com os olhos brilhando. - Viu?! Se a a sua mãe e Bertz não tivessem sido tão protetoras você estaria preparada. - Falou não percebendo a ira de Moira crescer. - Você precisa de mim.- Eu nunca vou precisar de você. - Falou Moira exaltada.- Bom, quanto a isso, acho que posso dizer que está errada. - Disse levantando as m&at
- Meliel, você está bem? - Gritou Edward de uma das celas que os separavam.- Eu não estou conseguindo te ouvir Edward. - Gritava a guerreira desesperada, ora olhando para seu irmão ora para Mirabel.Todos tentavam falar um com o outro em vão, pois o barulho do vento frio que vinha do buraco abaixo deles era ensurdecedor. Cada um deles estava de frente para o outro em celas suspensas no ar. O ar frio e fedido pairava sobre eles os deixando sufocados por causa das trevas.- Senhora... Senhora Mirabel, consegue me ouvir? - Questionava o guerreiro em vão. Parecia que existia uma parede de vidro que os separava mesmo estando tão próximos uns dos outros.De repente, uma voz
Quando a luz se extinguiu todos estavam fora da montanha, eles puderam perceber. Com a ajuda da deusa mãe, Edward tinha conseguido tirar todos dali em segurança. Abraçado a Moira, ele analisava se a princesa estava bem.- Moira você está bem? - Indagou a soltando um pouco apenas para olhar em seus olhos.- Sim Edward, estou. - Respondeu a princesa. - Como conseguiram escapar? Eu vi todos vocês presos. - Indagou confusa.- A deusa mãe nos ajudou. - respondeu aliviado agora que estavam todos fora da montanha, longe por hora das garras da bruxa vermelha.E ao virar-se, a princesa só buscou entre todos um rosto, o do seu amado que estava abraçado a sua mãe de costas para
- Eu quero todos eles destruídos. - Gritou Nimesys em desespero. - Maldita deusa, maldito bruxo. Ah! Edward, quando eu colocar minhas mãos em você terei o maior prazer de sugar cada gota de vida que existe em em seu ser, desgraçado. - Falou fazendo a montanha estremecer.Nimesysestava possuída de ódio. Todo seu corpo emanava pura maldade. Um odor terrível subiu por toda a montanha, nas paredes podia-se vê todas as especies de bichos peçonhentos andando e rastejando. A fonte negra transbordava em negro e vermelho. A bruxa vermelha tocou nas bordas e de repente começou a sorrir. Um sorriso maléfico e cruel. Seu vestido arrastava consigo aranhas e escorpiões.- Tolos. - Falou rindo para si mesma. - Acha mesmo que pode me deter deusa? - Gritou para o ar.
- Será um prazer então, princesa. - Falou Briana esquecendo da ordem da bruxa vermelha de levar a princesa viva para a montanha. - Acho que me cansei de ouvir que dependemos de você e essa maldita profecia para viver.- Não a culpo por ser insignificante Briana. - Disse tirando sua espada avançando em direção a guerreira.- Moira, não... - gritou Yan descendo do cavalo para proteger a princesa.O falcão que pousou no chão balançou suas asas fazendo um vento gélido junto com neve pousar no lugar. As outras águias começaram a atacar os gêmeos, Mirabel e Edward.- Mãe... - Gritou Yan indo em direção a vidente com gr
Moira foi abrindo os olhos lentamente. A luz que entrava pela grande janela a sua frente e o vento trazendo um cheiro de profusões de flores a despertou. Estava deitada em uma grande cama e sentada em uma confortável cadeira estava uma linda moça de cabelos lilás brincando com flores no ar, ela podia notar. Assim que viu Moira desperta sorriu animada e sentou ao seu lado.- Você acordou. - Disse lançando com um aceno de mãos as flores em um vaso que caíram organizadamente nele.- Jasmins. - Comentou Moira. - Elas me lembram...- A pequenina guerreira que conquistou seu coração. Eu sei. - disse completando o pensamento da princesa.- Como sabe?