— Richie.— Senhora Sydney. — Ele respondeu, e eu não consegui conter a breve risada amarga que escapou da minha garganta. Ele não estava simplesmente me chamando de Sydney outro dia? Agora, qual era o drama com todo esse "senhora"?— Diga-me, Richie, o que você ganharia ao contratar um assassino disfarçado de fornecedor para me matar?Agora tudo fazia sentido. Quando discutimos a nova adição à Vogue-Luxo, obviamente, como chefe de departamento, Bran tinha que estar presente e ele esteve. Ele estava entre os chefes de departamento que até deram suas opiniões.— Que assassino? — Seus lábios tremeram levemente. — Do que você está falando? Eu não entendo. — Ele continuou, tentando fingir ignorância, mas eu podia ver através de tudo isso. Seus dedos inquietos, os lábios trêmulos, as sobrancelhas desnecessariamente franzidas e os olhos semicerrados. Tudo estava ali, os sinais evidentes de culpa.Ergui as sobrancelhas. — É assim que você quer escapar disso? Fingindo não saber de nada?Suas s
Depois de garantir que Richie havia sido levado, convoquei uma breve reunião com todos os funcionários e dei um aviso severo a todos. Se eles sabiam que não estavam prontos para trabalhar, era melhor entregarem suas cartas de demissão. Como eu não estava mais presa a um casamento, a era de falta de supervisão rígida e consistente havia chegado ao fim. Então instruí a equipe de RH a iniciar o processo de recrutamento interno para encontrar a pessoa mais adequada para ocupar o cargo de Richie.Após a reunião, corri para o hospital. Finalmente era o dia em que Grace receberia alta. Finalmente ela sairia daquela cama de hospital desconfortável.Ao sair, encontrei o chefe de segurança e instruí que mantivesse o local ainda rigorosamente seguro. Quem sabe quantos "Bran" como Richie ainda havia por aí?Dirigi até o hospital, parando no caminho para comprar mantimentos e vegetais, pois queria preparar uma refeição caseira para Grace. Ela já estava cansada daquelas refeições de hospital. Ela pr
O sorriso do homem desapareceu e seu rosto pareceu se endurecer ao observar mais de perto. Ele não esperava que ela o encarasse tão diretamente ou que deixasse tão claro suas suspeitas.Ele riu de forma constrangedora, tentando aliviar a tensão no ar, mas já era tarde demais.— Vamos lá, senhora. Só queremos conversar com Grace e ver se conseguimos encontrar uma solução que beneficie ambas as partes.Eu sorri com desdém quando vi seus olhos suavizando por um momento. Essas pessoas não desistiriam de nada. Respondi friamente:— Desculpe, mas já posso adiantar que a senhorita Grace não retirará o processo. Vocês podem poupar o tempo e simplesmente ir embora.Dei um passo para trás quando a porta do quarto de hospital se abriu com um rangido, e Grace saiu. O homem de terno me lançou um olhar sujo antes de se virar para o hospital…Grace também se virou para ele e disse:— Eu sou Grace. Por favor, entrem para tomar uma xícara de café enquanto me explicam os termos que estão dispostos a ofe
— Acho que está perfeito, Grace. Você já está deslumbrante. Mesmo quando estava naquele leito, inconsciente, ainda parecia linda.Ela gemeu e revirou os olhos. — Ah, por favor, não me lembre daqueles dias. Foi horrível me ver daquele jeito. Fiquei apavorada pensando que as cicatrizes nunca sumiriam.Eu ri enquanto me aproximava, observando-a ajustar o vestido. Ajudei-a a colocar o colar em volta do pescoço, aquele de esmeralda que eu mesma fiz para ela. — Bem, elas sumiram.Ela parou de repente, parecendo congelada por um breve segundo antes de gritar de alegria e me abraçar com força. — Você encontrou!— Arranquei do pescoço daquela bruxa, ela estava usando.— Talvez você devesse ter estrangulado ela com ele. — Sugeriu, e nós duas caímos na gargalhada.— Ah não, por favor. — Eu disse em meio às risadas. — Não quero acabar na cadeia como o Richie. Tenho certeza de que o pai dela se certificaria de que eu apodrecesse lá.— Mark não deixaria. — Ela arqueou as sobrancelhas, divertida.Rev
— A princípio, achei que vocês estavam chapados, para ser sincera. — Sorvi meu vinho depois de ter recuperado a sobriedade, meus olhos fixos neles acima da borda do copo. — Mas, olhando mais de perto, percebo que vocês estão apenas sendo os idiotas de sempre. — Soltei secamente. Examinei os dois de cima a baixo. Eles tinham parado de rir e agora estavam ambos a fitar-nos com raiva.— Que conveniente para uma perdedora chamar os outros de perdedores. Faz-te sentir melhor pensar que não és a única fracassada, não é mesmo? — Os olhos de Sandra ter-me-iam assassinado se o olhar pudesse matar.— Bem, para a tua fácil compreensão, Sandra, nós não somos perdedoras, tu és. Tu és a maior perdedora que já vi em toda a minha vida. Quero dizer, só uma perdedora voltaria para casa, na tua idade, a chorar pelos pais para limparem a porcaria que fizeste. Não é verdade, Miss Sandra? — Arqueei as sobrancelhas. — Anda lá, devias agradecer ao teu pai deputado, ele realmente salvou a tua pele patética.De
SEIS MESES DEPOIS.Peguei as chaves do carro enquanto falava ao telefone, preso entre o ombro e a orelha:— Diga ao piloto para desacelerar, ainda estou em casa.Grace riu.— Por que eu não passo o telefone para o piloto e você fala com ele, sua boba?Soltei uma gargalhada, quase deixando o celular escorregar do meu ombro.— Sua pestinha! Espero que não seja só a sua língua que tenha ficado mais afiada durante essa viagem.— Venha me buscar e você descobrirá. — Ela fez uma pausa do outro lado da linha.Mas eu conseguia ouvir vozes abafadas de pessoas ao fundo e uma voz um pouco mais clara dando instruções com suavidade. Devia ser a comissária de bordo.— Por favor, desliguem seus celulares e guardem seus pertences, pois pousaremos em alguns minutos.— Ok, tenho que desligar. — Disse Grace finalmente. — Estamos prestes a pousar. — Então, com uma voz grave e forçada, ela rosnou:— Não me faça esperar, Sydney!— Sim, senhora. — Respondi, mesmo sabendo que a linha já tinha sido cortada.Gu
— Você está ótima, garota. — Sorri para ela.Ela corou e me abraçou de novo. — Ah, por favor. — E se afastou um pouco, acrescentando. — Você também não está nada mal.— Sydney!Grace e eu trocamos um olhar ao ouvir meu nome sendo chamado. Ambas nos viramos na direção de onde vinha a voz.Levantei as sobrancelhas ao reconhecer as pessoas que vinham em nossa direção. Honestamente, eram as últimas pessoas que eu esperava encontrar – Mark e Bella. Que surpresa.Desde que Grace partiu para Paris, ficou a meu cargo cuidar dos assuntos da empresa. Estive tão ocupada organizando tudo e removendo os funcionários que não desejavam o progresso da empresa, que não tive tempo para pensar em Mark, Bella ou qualquer outra coisa que não fosse relevante para o crescimento da empresa.Mesmo quando ia ao Grupo GT, nunca me deparei com ele. Pensando bem, agora me pergunto como isso aconteceu. Afinal, visitei o grupo várias vezes e nunca nos cruzamos. Será que ele estava me evitando? Mas isso não importava
Ponto de Vista de MarkUltimamente, tenho me sentido muito perturbado. Minha mente parecia falhar toda vez que vagava e eu me lembrava daquele chute que senti na barriga de Bella. Na maioria das vezes, era quase como se eu pudesse sentir novamente aquela sensação na palma da minha mão, como se estivesse revivendo aquele momento. Era um lembrete diário de que eu estava prestes a me tornar pai. Eu ia ter um filho e nem sabia ao certo se queria isso. Uma mulher pela qual eu havia começado a ter sentimentos contraditórios estava carregando meu filho, e eu não sabia como lidar com essa situação. Eu me sentia preso.Eu pensei que amava Bella e estava disposto a fazer qualquer coisa para estar com ela. Finalmente, consegui ficar com ela, mas agora já não tinha certeza se ainda a amava. Meu coração não disparava mais ao vê-la ou ao ver seu sorriso. Eu não sentia mais que estava em casa quando ela estava ao meu redor. Pelo contrário, eu me sentia... sufocado, como se quisesse apenas me afastar