Belle Femme As jóias da Máfia
Belle Femme As jóias da Máfia
Por: Ravena
Capítulo 1

Capítulo 1

Ruby Lucchese

Era por volta das quatro da manhã quando meu celular pessoal tocou insistentemente. Algo estava errado, eu podia sentir. Assim que atendi, ouvi uma voz conhecida:

— Tire suas irmãs e seu irmão da casa, minha jóia. Estão...

A ligação caiu. Enquanto as palavras do meu pai ecoavam na minha mente, acordei Safira, Jade e Ônix. Peguei todas as armas que pude e seguimos pela saída de emergência, túneis que meu bisavô mandou construir há muitos anos. Pegamos todas as armas que poderíamos carregar e saímos apressados.

Na metade do caminho, escutamos tiros. Minhas irmãs queriam voltar, mas precisávamos colocar Ônix no quarto seguro antes de qualquer coisa.

— Ruby, o que o papai falou, afinal? — perguntou Ônix.

— Apenas corra, Ônix. Depois conversamos, está bem?

Minhas irmãs nem perguntam, sabem que algo muito errado está acontecendo. Já estão acostumadas. Agora, Ônix talvez precise de mais noção da nossa realidade...

Assim que o coloquei no quarto seguro, liguei as câmeras para saber o que estava acontecendo na mansão. Poeira, muita fumaça, explosões e tiros, muitos tiros. Alguém estava invadindo a casa, mas quem?

Liguei o rádio para ouvirmos o que estava acontecendo:

— Jack, o que está acontecendo aí?

— A La Belle foi invadida, senhorita. Se protejam! Já chamei reforços!

— Vamos ajudar! Meus pais vão chegar a qualquer momento!

O silêncio dele se fez pesado e me deixou incomodada. Tinha algo mais. Escutei ele suspirar fundo antes de me dar a notícia que mudaria toda a minha vida...

— Acabamos de saber que o jato dos seus pais caiu no mar, senhorita Ruby...

Vi os olhos das minhas irmãs se transformarem em fogo puro ao ouvir aquilo. Destravando suas armas, elas arrancaram do lugar.

— Parem agora!

— Ruby, você escutou o Jack! Realmente quer esperar aqui? — Safira me desafiou.

— Safira, precisamos manter Ônix a salvo. Seja quem estiver lá fora, quer acabar com nossa família!

— E você quer deixar que eles consigam? — rebateu Jade.

— Não, Jade. Pelo contrário. Quero que eles pensem que conseguiram...

Deixei meu olhar pesar sobre elas antes de continuar:

— Deixem que destruam tudo, mas quando amanhecer, vamos estar de pé. E vamos atrás de cada bastardo que ousou pisar na La Belle, achar quem derrubou o jato e fazer com que se arrependam até o último maldito suspiro da vida deles!

Elas me olham revoltadas, mas sabem que estou certa. Temos que saber como e quando agir. Meu pai não era chamado de Rei do Inferno à toa. Ele era o rei das artimanhas e sempre pegava o inimigo desprevenido.

Meus pais... Eu nem sei imaginar uma vida sem eles. Mesmo que eu tenha sido treinada a vida toda para substituir meu pai, viver sem eles é outra história. Uma história que vou ter que viver. E ser muito forte pelas minhas irmãs e, principalmente, por Ônix...

Escutando os tiros, os gritos e todo o caos pelo rádio, vimos as horas passarem. A maioria das câmeras foi danificada, e assim perdemos a visão da casa. Até que, de repente, o silêncio tomou conta. A voz de Jack nos despertou dos devaneios:

— Senhoritas, estão me ouvindo?

— Sim, Jack. Acabou?

— Acabou, senhorita. Matamos todos que entraram. Vocês podem voltar.

Não sei em quem posso confiar. Conheço Jack desde que nasci, mas... posso confiar nele?

Me perguntei isso algumas vezes. Eu não sei confiar nas pessoas, e agora, menos ainda...

— Safira, você atira melhor à distância. Fique aqui com Ônix e com o rádio. Eu e Jade vamos até lá. Se realmente estiver seguro, aviso você. Se não escutar minha voz em meia hora, pegue o carro no final do túnel e siga para as colinas com Ônix.

— Eu não vou deixar vocês aqui! — protestou ela.

— Nós vamos encontrar você. Apenas me escute, por favor.

Meio a contragosto, ela assentiu. Coloquei o colete, Jade também. Pegamos as armas e seguimos pelos túneis até voltar à casa.

Estava quase toda destruída. Vários corpos desconhecidos, mas muitos conhecidos também. Ao chegar do lado de fora, encontrei o que sobrou dos meus homens, incluindo Jack.

— Senhoritas, onde estão Ônix e Safira? Eles...

— Estão bem. O que está acontecendo? Quem fez tudo isso?

— De todos que entraram, pegamos apenas um vivo. Mandei para a Sala de Pedra, mas sem o Don...

— Quero buscas por toda a área do mar onde o jato caiu. Não importa o custo, quero isso agora! Quanto ao bastardo, pode deixar comigo e com as meninas. Mande preparar a casa de férias e deixar metade dos homens da equipe tática lá. Vou mandar Ônix para lá.

— Sim, senhorita. Agora mesmo!

— Jack!

— Senhorita?

— Se dentro desses homens que sobraram houver alguma dúvida sobre a fidelidade... mate na hora. Isso não aconteceria se não houvesse alguns porcos infiltrados.

Olhei um por um, tentando distinguir por suas expressões se havia entre nós algum traidor.

No canto mais distante, pude ver o brilho de uma arma apontando para mim enquanto o sol nascia. Jade viu e atirou na cabeça dele. Com isso, mais quatro puxaram suas armas. Sem errar um único tiro, ela eliminou todos. Os outros congelaram no lugar.

— Malditos desgraçados! Tem que ter muita coragem ou ser muito burro para achar que teriam alguma chance contra as Jóias da Máfia! — falei, me virando para Jack.

Antes que eu pudesse dizer algo, ele se adiantou:

— Eu vou atrás da família de cada um e descobrir quem os corrompeu. O erro foi meu por não ter visto essas cobras em nosso meio, senhoritas.

Dei um soco no rosto dele e avisei:

— Quero a cabeça de quem fez isso, Jack. Ou arrancarei a sua!

Ele assentiu e saiu com alguns homens. Fui até a Sala de Pedra, onde o prisioneiro aguardava. No caminho, avisei Safira para trazer Ônix e preparar a ida dele para a casa de campo.

— Então você é o burro que decidiu que seria uma boa ideia invadir a La Belle e enfrentar as Jóias da Máfia?

— Era para eu ter medo de você, princesa?

— Não, claro que não. Se você fosse inteligente, nem aqui estaria. Medo... Bom, medo não vai adiantar nada agora.

Cruzei os braços e continuei:

— Você pode morrer rápido ou devagar. Como prefere?

— Prefiro te foder bem gostoso, princesa. Me desamarra aqui e te garanto que não vai se arrepender...

Sorri de forma sedutora e me aproximei. Sentei no colo dele, olhei no fundo de seus olhos e perguntei mais uma vez:

— Quem te mandou aqui?

— Ah, princesa... Você nem faz ideia do demônio que quer vocês mortas. Agora rebola, vai. Me solta aqui...

Sorri, me levantei e desamarrei uma das mãos dele. Peguei-a e fiz menção de passá-la pelo meu corpo. Em seguida, a estiquei sobre o braço da cadeira, peguei um machado na mesa e arranquei sua mão de uma só vez.

Em meio aos gritos e ao sangue jorrando, segurei seu rosto com força e avisei:

— Vai ser uma morte bem demorada então. Como decidiu... Ferro quente para estancar, e continuem cortando pedaço por pedaço, não terei misericórdia!

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