Bruna Martínez
Acordei com a notícia de que Mia havia sido atropelada. Isso quase me afetou, mas ainda sentia tanta raiva por tudo.
Alonzo me manteve presa no quarto, disse para ele que não deixaria a faculdade, que ele não tiraria isso de mim. No entanto, talvez ele fizesse exatamente isso. Ouvi o barulho de fechadura girando. Então uma cabeleira ruiva passou pela porta.
- Raquel? - Franzi o cenho.
- Ontem a Mia teve alta do hospital. Demoraram para te contar sobre isso?
Sentei na cama.
- Estou neste quarto há quase três dias.
Raquel Jonan Havia uma confusão na pista de dança. Literalmente. O motivo: Alguém havia começado uma briga lá. - É sério que você trouxe a Bruna e o marido maluquinho dela! - disse eu. Nicolas tentava olhar por cima de todas aquelas cabeças. Mesmo diante da bagunça no meio da pista, as pessoas continuavam a dançar. - São meus amigos - amigos? Fala sério? - Você é amigo do Alonzo? Sério isso? - Alonzo está me ajudando a me tornar um bom líder - Não estava gostando daquilo - e Bruna é minha amiga. Soube que você vinha aqui, então resolvi vir te ver, e por que não trazer amigos meus também? Ergui as sobrancelhas. - Continua me vigiando - constatei o óbvio, ele finalmente desistiu de tentar ver a briga e voltou sua total atenção para mim. - Sempre vou manter meus olhos em você - ele inspecionava cada centímetro do meu rosto, enquanto eu encarava sua boca. Corremos um na direção do outro, ele abraçou minha cintura e com outra mão prendeu meus cabelos entre os dedos, minha boca se
Bruna MartinezEstava no parque. O parque. Era uma manhã de sábado.E lá estava ela, minha avó. Ela parecia tão frágil. Imagina ter passado pelo o que ela passou, ter o marido assassinado na sua frente.Ela caminhava tranquilamente, um garotinho estava com ela, era Miguel. Nicolas me contou quem era o garoto, quando levou Raquel e eu para passear. Naquele dia fizemos uma tatuagem juntas.Ele não era meu irmão. Era estranho, e era tão complicado entender a família.O quê eu deveria fazer? Aparecer na frente dela, e dizer: “Oi dona Reg
Pedro JonanTrês dias depoisRaquel ficou completamente arrasada depois da nossa conversa. Percebi isso assim que ela me observou na mesa de jantar, depois de ficar sabendo da minha mudança radical de vida. Ela aceitou ir comigo depois, essa atitude me surpreendeu muito, nunca pensei que realmente iria querer abrir mão da vida dela no Brasil.No dia seguinte acordei com muita dor de cabeça, caminhei até o criado-mudo e tirei uns comprimidos. Fui pegar minha toalha para tomar banho, mas acabei batendo o dedo do pé no canto da cama.- Merda! - Que ótimo!Toc. Toc - Pedro? - era minha mãe - Seu amigo...Nicolas. Ele está aqui. Mia SantanaO campus estava tranquilo.Almocei com Diego e Mel, acredito que eles estavam tentando conviver, Mel sentou bem distante dele como se esse simples fato fosse o manter longe, mas conhecia Diego suficientemente para saber que ele não iria desistir. Meu celular apitou, era uma mensagem da Raquel, não falava desde a noite da boate.Meu aniversário seria no fim de semana, minha mãe e Raquel estavam organizando um festa. Fiquei muito surpresa, pois foi minha mãe que teve a ideia, o evento seria na casa dos pais do Leonardo. Ainda tinha dúvidas sobre a minha mãe, mas descobri que ela não aceitou ser sócia da Fontoura Construção, por minha causa e isso foi um grande gesto para mim. Talvez eu estivesse deixando de ser um negócio para ela.Capítulo 21: Alianças
Melanie Clarke; Idade: 18 anosBato na porta da frente da minha casa ainda assustada pelas palavras que aquela mulher me dizia todos os dias. E todos os dias me perguntava o que meu pai tinha visto nela?- Teta gigante! - Berrei.Estava cansada de todos os dias ter as mesmas discussões. Era difícil admitir que realmente minha mãe tinha me abandonado para fugir com outro homem. Então meu pai resolveu assumir a amante dele como esposa. Uma mulher que vivia para me humilhar. Era nítido para quem quer que visse, que nos odiávamos, quer dizer, exceto, meu pai.Resolvi ir caminhando para a faculdade, já que a tetuda não quis me dar o carro. Pedi para o meu pai dinheiro no dia anterior, poderia pelo menos pagar um Uber ou mesmo um ô
- Não acredito que fez isso! - Alonzo jogou vários objetos no chão. Consegui reunir todas as provas possíveis para que Nicolas descobrisse a verdade, mas infelizmente Alonzo também descobriu coisas, e acabei agindo tarde demais. - Acalme-se senhor - Disse Ruan - Tudo será resolvido. - Ela me delatou Ruan! Entregou meus planos de bandeja para Nicolas, os homens dele já se espalharam pela cidade, muitos estão guardando os Fontoura, outros estão inseridos dentro dos estabelecimentos deles. Tudo o que Nicolas sabe aprendeu comigo, e com ela - Alonzo apontou para mim - papá já está sabendo de tudo! Tiros foram escutados do lado de fora. Alonzo conseguiu tomar a casa de Constantino. - Pelo menos temos a garota.
Bruna Martinez Tantos convidados, a família Fontoura conhecia tanta gente assim, ou era apenas exibicionismo de Lídia. Aposto na segunda opção. Observei quando Diego chegou acompanhado de Mel, aquilo era tão estranho, era como se a vida das pessoas continuasse e eu ficasse sempre para trás. - Tem certeza que não vai entrar? - perguntou Nicolas, estávamos nós dois encostados no carro olhando o desenrolar da festa na casa dos Fontoura. - Preciso apenas ter certeza que vai ficar tudo bem - Disse sem encará-lo. - Você se sacrificou muito por eles - constatou ele - Por que fez isso? - Por que eles podem ser felizes. - Mas e você? - Quando era pequena minha mãe me maltratava muito, me batia, me deixava dias sem comer, mas, quando ela se matou esqueci que ela era uma mãe de merda - Nicolas soltou uma risada baixa - Ela era... - engoli em seco, tentando não lembrar de verdade daquele passado tenebroso - quando ela se matou, tudo o que ficou gravado na minha memória foi aquilo. Essas pe
Sempre pensei que o meu aniversário de 16 anos seria incrível, mas tudo aconteceu de maneira inesperada naquele dia. Estávamos tão felizes, tão realizados, nunca tinha visto minha mãe sorrindo tanto, ela nunca fazia isso comigo por perto. Às vezes tinha a sensação que ela me odiava, mas, meu pai sempre dizia que era impossível alguém me odiar, queria pensar que ele estava certo.Há dois anos atrás tudo mudou.(...)- Não posso acreditar! - sussurrou Nicolas, meu namorado - Entendo que está confusa, seu pai acabou de ser enterrado, mas, por quê?- Eu só não consigo mais - Nicolas segurou meus ombros e levantou meu queixo.Último capítulo