Mia Santana
No Sábado
Acordei decidida, iria encontrar a verdade. A briga com Leonardo me devastou, enquanto caminhava para a lanchonete dos pais da Raquel, pensava sobre os acontecimentos recentes, me sentia tão perdida. Foi tão repentinamente que tudo aconteceu.
O amor é muito difícil de ser explicado Perdi o meu pai, e o amava. O amor para mim causava dor. No fundo, penso que nunca realmente tive o amor da minha mãe, e com certeza depois do acidente não restou mais nada, eu era uma assassina que merecia todo o seu desprezo.
Então, deixei a dor me consumir, deixei que ela me levasse. No entanto, no meio de todo aquele mar de incertezas, mentiras e segredos, a pessoa que me fez voltar a me sentir em paz e amada de verdade era ele. Leonardo. Parece uma comple
Bruna MartínezUm dia antesDeixe a foto cair. Agora era somente observar o que a otária da Mia iria fazer. Será que ela desvenda o mistério?Estava cansada de joguinhos, tenho que voltar ao México, meu tempo acabou, e brincar com o psicológico das pessoas quando o meu já está completamente fudido, é uma tarefa árdua. Resolvi colocar um basta nisso, mas, antes preciso fechar algumas pontas soltas.Procurei na agenda telefônica no meu celular, tinha conseguido o número dele no celular de Nicolas.Disquei.Alô. Quem fala?- a voz masculina perguntou do outro lado da linha.Pedro. É a Bruna. Amiga da Raquel.Oh...sim, você é a hóspede do Nicolas. Ele parece bem com você. Fizeram amizade rápido, pensei que ele fosse ficar relutante, odiava a ideia de morar na casa do pai, mesmo sem o velho lá, imagina morar com uma garota que ele nem conhece, é alguma coisa com ele? Aconteceu algo?É sobre amizade mesmo que quero falar, e sim tem relação com o Nicolas - fingi um choro.O que foi?Preciso te
Mia SantanaSeis meses depoisBrunaDesculpe -me,Seu coração diz que a culpa é minha, e entendo você, entendo sua dor. Sei o quanto dói profundamente perder alguém de forma trágica e repentina, estou lidando com a culpa a tanto tempo, que ser culpada por algo mais não me deixa pior. Sempre estou pior.Pensei milhares de vezes se deveria ou não te enviar esse email, mas, porque não?Quanto a sua vingança, você realmente conseguiu. Estou sozinha e culpada nesse momento enquanto lê.Pode não ser o suficiente, mas, saiba que a solidã
Bruna Martínez- Elas ficaram observando cada movimento seu - Victória relatava a situação como se eu não estivesse lá! Se bem que, Mia e Mel deveriam ser mais discretas.- Eu sei! - A aula tinha acabado, e estávamos no carro indo para a casa de Nicolas.- Devemos relatar ao Capo - Encostei a cabeça no vidro da janela, estava bastante cansada desse papo de perseguição, que Victoria insistia em ficar contando. Sabia muito bem o motivo de Alonzo ter colocado essa garota para andar pra cima e pra baixo comigo. Era tudo sobre Diego, nem o vi mesmo, e nem fui na sala de música procurá-lo. E como procurá-lo? Essa garota quer entrar comigo até no banheiro, pelo menos sei que ela tem vida, está fazendo um curso diferente do meu, isso me d&aac
Mia SantanaUm carro. Um acidente.Bip. Fazia o aparelho que media os meus batimentos cardíacos, parecia um sonho, em que eu flutuava para longe do meu corpo.Bip. O som do choro, alguém segurava minha mão e chorava intensamente.- Por que fez isso Lídia? - era a voz da minha avó.- Não foi minha intenção.- Eu vi quando você a empurrou - falou Leonardo com a voz irritada e ao mesmo tempo amedrontada.Todo o meu corpo doía, queria dizer algo, mas não conseguia, meus olhos permaneciam fechados. Tudo o que lembro é de um clarão e então um grande vazio. Lembr
Mia Santana- Bruna é mesmo casada - Mel estava tão chocada quanto eu.- Basicamente sim - Raquel se sentou na ponta da cama.- Ele é um loiro alto? - questionou Mel, o que fez Raquel arregalar os olhos.- Você o conhece?- Não! Eu o vi uma vez na lanchonete de seus pais Raquel, aquela onde você trabalha.- Ah, eu não o convidei, tenha certeza disso.- O que ele tem haver com Bruna não ter vindo aqui?- Perguntei de Bruna para Nicolas, assim que soube que você tinha sido atropelada.- E?- Bruna brigou com o marido. Ninguém consegue falar com ela. Parece que tem algo haver com o Dieguinho aí, o cara que acabou de sair desse quarto.- Esse marido da Bruna. O quê ele faz?- Ele é, bem, como posso explicar? Ele trabalha no mesmo ramo que o Nicolas - Raquel praticamente sussurrou a última frase.- Deveria ter imaginado.- Deveria sim - Raquel alfinetou.- O que quer dizer Raquel. Por que Mia deveria saber? - irritou-se Mel.- Por que Bruna mora com Nicolas! - Raquel suspirou - sete meses a
Bruna MartínezAcordei com a notícia de que Mia havia sido atropelada. Isso quase me afetou, mas ainda sentia tanta raiva por tudo.Alonzo me manteve presa no quarto, disse para ele que não deixaria a faculdade, que ele não tiraria isso de mim. No entanto, talvez ele fizesse exatamente isso. Ouvi o barulho de fechadura girando. Então uma cabeleira ruiva passou pela porta.- Raquel? - Franzi o cenho.- Ontem a Mia teve alta do hospital. Demoraram para te contar sobre isso?Sentei na cama.- Estou neste quarto há quase três dias. Raquel Jonan Havia uma confusão na pista de dança. Literalmente. O motivo: Alguém havia começado uma briga lá. - É sério que você trouxe a Bruna e o marido maluquinho dela! - disse eu. Nicolas tentava olhar por cima de todas aquelas cabeças. Mesmo diante da bagunça no meio da pista, as pessoas continuavam a dançar. - São meus amigos - amigos? Fala sério? - Você é amigo do Alonzo? Sério isso? - Alonzo está me ajudando a me tornar um bom líder - Não estava gostando daquilo - e Bruna é minha amiga. Soube que você vinha aqui, então resolvi vir te ver, e por que não trazer amigos meus também? Ergui as sobrancelhas. - Continua me vigiando - constatei o óbvio, ele finalmente desistiu de tentar ver a briga e voltou sua total atenção para mim. - Sempre vou manter meus olhos em você - ele inspecionava cada centímetro do meu rosto, enquanto eu encarava sua boca. Corremos um na direção do outro, ele abraçou minha cintura e com outra mão prendeu meus cabelos entre os dedos, minha boca se Capítulo 18: Irmão mais velho preocupado
Bruna MartinezEstava no parque. O parque. Era uma manhã de sábado.E lá estava ela, minha avó. Ela parecia tão frágil. Imagina ter passado pelo o que ela passou, ter o marido assassinado na sua frente.Ela caminhava tranquilamente, um garotinho estava com ela, era Miguel. Nicolas me contou quem era o garoto, quando levou Raquel e eu para passear. Naquele dia fizemos uma tatuagem juntas.Ele não era meu irmão. Era estranho, e era tão complicado entender a família.O quê eu deveria fazer? Aparecer na frente dela, e dizer: “Oi dona Reg