- Do que está falando, Marya? – olhei a menina em minha frente sem entender nada.
- Foi você que abriu a porta para um novo futuro à Luna, Benjamin. – Ela sorriu triste. – Eu tinha deixado na cestinha de Luna, um bilhete e uma pulseira com as inicias de meu nome e do dela para ela se sentir sempre perto de mim e é uma pulseira exatamente como essa.Eu ainda estava perplexo, porque Marya abandonaria a própria filha? Emma não merecia ser abandonada pela mãe. Nunca. Senti um sentimento estranho nascer em mim, era mais pra raiva, raiva de Marya ter sido tão egoísta a ponto de abandonar uma menina adorável como Emma.- Se isso for verdade... – faço uma pausa controlando minha raiva. – Como pode ser capaz de abandonar a Emma, Marya?- Você sabe que eu não fiz por querer, Benjamin e... – a interrompo.- Ah, sei? – Ri debochado me levantando da cama. – VOCÊ TINHA UM BILHÃO DE ESCOLHAS, MARYA LEONEZ, você tinha pessoas pra te ajudar a cuidar de EmPOV BENJAMIN:- Não sei se posso confiar em você. – Marya diz irritada.- Só vamos embora daqui, Mary.Segurei o braço dela sem falar com Riley. Durante o voo para Manhattan, que durava cinco horas, Marya no começo não falou comigo, nenhuma vez. E pra dizer a verdade, eu me arrependo de todas as coisas ruins que eu disse pra ela quando eu estava nervoso. Eu estava fora de mim, só queria saber da minha filha, nada mais.- Marya. – a chamei tirando seu fone de ouvido e conseguindo sua atenção. – Acho que precisamos conversar. – meu tom de voz era calmo.- Não temos nada para falar. - Eu queria pedir desculpas, eu não deveria ter falado aquelas coisas, muito menos ter falado para você sair da minha vida.- Depois que você volta pra Riley você percebe isso, né? – ela fala em um tom de voz que demonstrava que estava irritada.- Mary...- Eu sei que te magoei, acredite, se eu soubesse que você que era o cara que adoto
POV BENJAMIN:Estamos mais de um mês em Manhattan e não conseguimos encontrar nossa furacãozinha ainda, eu estava surtando, nunca tinha ficado longe dela e não seria agora que iria ficar. Theodore pode ser pai biológico de Emma, mas fui eu que a criei e estive presente em todos os momentos de sua vida, ele não tem o direito de fazer isso. Fico imaginando como minha pequena deve está, assustada, com medo, afinal, ela sempre foi assim com quem ela não gosta e uma prova disso é o amor que ela tem pela sua mãe, que mesmo não sabendo que é Marya, sente um carinho enorme, e com Riley ela é totalmente o oposto.Marya está pior do que eu, não consegue dormir, não está conseguindo comer direito e isso me preocupa, pois sei que o seu sonho era de conhecer a filha e agora que isso está tão próximo de acontecer, me acontece isso, tento manter a calma por ela, mas é difícil e por mais que eu não queria admitir, tenho medo de como as coisas irão fluir daqui pra frente quando enc
POV MARYA:Assim que Benjamin desligou a ligação do delegado e garantindo que iríamos lá, nos olhamos e a esperança de ter nossa família unida novamente voltou, Benjamin estava me dando o mais lindo sorriso que já vi em seu rosto, era nítido o amor que ele tinha por nossa filha e eu agradeço muito ao destino por ter colocado ele em nossas vidas, Benj pode achar que ele não é pai de nossa menina, mas além de pai, ele é muito mais que isso e eu vou fazer ele entender de algum jeito, mas irei.Nem notamos, mas quem nesse momento pareciam duas crianças éramos nós dois, Benjamin me abraçou pela cintura me erguendo do chão, me fazendo gargalhar enquanto ele dava voltas comigo, quando se deu por cansado, me colocou novamente no chão e segurou meu rosto com as duas mãos me lançando um beijo o qual retribui sem pensar. Era o melhor beijo da minha vida, que me deixava sem ar, mas isso não importava, não quando eu me sentia leve, me sentia suave ao sentir seus lábios juntos c
POV BENJAMIN:No dia seguinte, após termos levado a nossa furacãozinha para o hotel e avisado aos nossos familiares que a achamos e que ela estava segura, apesar de cansada, resolvi com Marya que era hora de contar a verdade para Emma, ela era muito pequena ainda, mas merecia saber que tinha uma mãe e creio que ela irá reagir bem ao saber que Marya é sua mãe, afinal, ela sempre a adorou.- Benjamin, estou com medo, mais medo do que filme de terror. – Mary disse ao meu lado e eu sorri com isso.Ela parecia uma criança quando queria e isso me divertia muito. Mas sei o quanto ela está nervosa, afinal, será seu encontro oficial com a filha.- Calma, vai ficar tudo bem. Emma irá entender, quer dizer... Luna irá entender. Ela te adora, veja isso como ponto positivo.Nós dois estávamos na varanda abraçadinhos enquanto nossa pequena estava em nossa cama dormindo, eu ainda não tive coragem de acordá-la, ela deveria estar assustada ainda com tudo o
- Posso conversar com ela a sós, Benj? Vai ser melhor assim.Concordo com a cabeça saindo do quarto, eu precisava mesmo respirar um pouco de ar, minha baixinha não poderia agir assim comigo. Não iria conseguir ficar longe. Ela era uma parte de mim, mesmo não sendo de sangue, era como se fosse. E eu a amava muito. Espero que Marya consiga fazê-la entender o que está acontecendo e que consiga fazê-la entender que tudo que fiz foi para seu bem.POV MARYA:Vi o jeito que Benjamin saiu daqui, ele parecia decepcionado demais e não esperava essa atitude de minha pequena. Suspirei, pensando no que eu poderia fazer. Eu não queria afastar os dois, minha intenção era construir uma família ao lado das duas pessoas mais importantes para mim. Luna precisava entender que Benjamin é seu pai tanto como Theodore.– Furacãozinha, por que fez isso com seu pai? – Luna olhou para mim, ainda brava, em meu colo. – Viu como ele ficou triste, você quer ver seu papai assim?
POV MARYA:Eu estava tão feliz que não dava para acreditar. Finalmente estava em casa novamente e, agora, com minha filha e meu amor! O que mais eu poderia querer? Luna era uma gracinha, e Sanchez a criou muito bem.Enquanto Marcos, Vic e Ella estavam conversando, noto na varanda Benjamin e minha menina com Jacob, eles pareciam tão felizes, mas pena que felicidade dura pouco.– Mary, eu... – volto a atenção a meu irmão, notando Vic segurar sua mão. Estremeci. – Tenho uma coisa para lhe falar.– Ih, já vi que é assunto sério, então vou procurar a dona Emma por aqui.Ella saiu da sala, ficando somente nós três, e eu congelei. Quando meu irmão vem com algo mansinho, a coisa não seria boa, não mesmo.– O que é, Marcos?Ajeitei-me no sofá, cruzando as pernas e preparando-me para a bomba.– Sabe, nossa família era apegada ao natal, lembra? – Concordei com a cabeça, relutante. – Sabe como essa data é especial e, bom...
POV BENJAMIN:– Emma! – chamei minha filha enquanto pegava as malas no aeroporto. – Não saia de perto de mim e da sua mãe, pequena.– Mas, papai, eu quero aquele cãozinho. – Emma fez bico, olhando para o cachorro de pelúcia na loja a nossa frente.Marya, eu e nossa pequena estávamos de volta a nossa cidade, pois eu teria que voltar a trabalhar, e Marya, concluir seus estudos. Era seu último ano, e logo estaria formada. Após colocar as malas no carrinho, olhei para frente, notando Marya ir correndo atrás de Emma, fazendo-me rir. Nossa pequena era mesmo um furacão. Fui atrás delas no mesmo momento que Marya consegue finalmente pegar nossa pequena no colo.– Eu lhe avisei que essa aí só corre e faz e bagunça. – dei de ombros, abraçando-a e dando um beijo em Mary.– Tia Mary, fala para o papai comprar aquele cãozinho. – fez bico manhoso, fazendo-me olhar sério para Marya.– Benjamin... – interrompo-a.– Não, nem vem. Marcos
POV BENJAMIN:Natal. Para mim a melhor época do ano, e que agora fazia o meu coração se encher de alegria ao sair da joalheria e ir até uma loja de presente. Faz algumas semanas que Marya e eu estamos morando literalmente juntos, com nossa filha, e esse tempo todo me fez refletir. Eu nunca tinha me sentido com vontade de comemorá-lo, mas depois que minha pequena veio para mim e ganhamos Marya de presente, era como se um espírito natalino se apossasse dentro de mim, trazendo-me uma paz enorme.Eu tinha conseguido duas semanas de férias na empresa onde trabalho, então estava em casa desde ontem com minhas meninas.– Como vão minhas meninas?Cheguei em casa alguns minutos depois de ter comprado todos os presentes necessários e deixá-los no carro, em um lugar onde eu sabia que essas duas não iriam mexer e estragar com a surpresa.– Papááá. – Luna veio correndo até mim, que imediatamente a peguei no colo, enchendo-a de beijos e fazendo-a rir.<